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Pela vida

por Cristina Torrão, em 06.07.13

No Chile, uma menina de onze anos foi, desde os nove, violada e abusada sexualmente pelo padrasto. Agora, está grávida. Os médicos são de opinião que a vida dela, assim como a do feto, está em perigo (a notícia, em alemão, não explicita as razões). Mas o aborto é, neste país, proibido. Já houve tentativa de modificar a lei, em caso de violação, entre outros, mas o governo conservador do Presidente Sebastián Piñera recusou qualquer proposta.

 

Se são «pela vida», porque desprezam tanto a vida das mães em perigo, nomeadamente, quando se trata de uma criança inocente?

 

 

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A moda pega

por Cristina Torrão, em 07.04.13

Estupro e roubo em van chocam até mesmo policiais experientes no Rio
Jovens estrangeiros ficaram seis horas sob poder dos criminosos.
Policiais dizem nunca terem visto 'algo parecido'.

 

A leitura desta notícia é um autêntico murro no estômago.

 

Tudo começou com uma violação coletiva, dentro de um autocarro, na Índia. Se, para a maioria de nós, notícias dessas causam revolta e indignação, para alguns parecem causar fascinação. Imagino que gentalha dessa acrescente barbaridades desse tipo ao seu rol de fantasias sexuais e, na primeira oportunidade, aqui vai disto! A prova é que este tipo de "divertimento" tem feito escola.

 

Desculpem o desabafo, mas, às vezes, apetece-me mesmo dizer que os humanos são os piores dos animais!

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A questão da legitimidade

por Cristina Torrão, em 23.08.12

The underlying assumption of your statement is that women and their experiences are not to be trusted. That their understanding of rape must be qualified by some higher, wiser authority.

 

Quem se dá bem com o inglês, pode ler esta carta que Eve Ensler escreveu a Todd Akin, o tal senador americano que disse que raramente uma mulher engravida na sequência de uma violação, o que implica que, quando há gravidez, a violação não é legítima (legitimate rape).

 

Entenderam? Eu não! Deve ser um problema de neurónios.

(Ele há cada anormal)!

 

Via 2 dedos de conversa, onde podem ler o post da Helena Araújo, em português.

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Ora deixa ver... hum... nem sei como classificar isto.

por Daniel João Santos, em 20.08.12

Todd Akin, próximo dos conservadores do Tea Party, estava a dar uma entrevista à estação de televisão KTVI-TV quando foi questionado sobre a sua posição contra o aborto, sem qualquer exceção, nem mesmo quando a gravidez resulta de uma violação. “Parece-me, pelo que sei dos médicos, que isso é muito raro. Se for uma legítima violação, o corpo da mulher tem formas de tentar resolver essa questão”, respondeu.

 

A classificação que eu procurava era... afirmações estúpidas e ignorantes, de alguém que só nos Estados Unidos é que podia ser candidato ao Senado.

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