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Vem aí complicação

por Eduardo Louro, em 20.01.16

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O governo prepara-se para aprovar, amanhã em conselho de ministros, o draft do Orçamento de Estado para este ano, a enviar de seguida à consideração de Bruxelas.

E as coisas não estão fáceis, longe disso. A insistência de António Costa na quadratura do círculo já o o deixava prever, só que o Banif tornou tudo muito mais difícil. Arredondou muitos mais as curvas e acentuou ainda mais os ângulos rectos...

Não vão ser fáceis os tempos que aí vêm, para gáudio da direita que gosta de se olhar ao espelho. Que já vai fazendo a festa, na transversal lógica portuguesa do quanto pior, melhor. Anuncia a visita da troika (na próxima semana, como previsto e programado) como se de um regresso se tratasse. Prevê até com evidente deleite um novo resgate. E antecipa a quebra de confiança dos mercados - cria o lobo, e grita que ele vem aì ... - como quem quer acordar monstros adormecidos.

Vem aí complicação. Ai vem, vem...

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Frase do dia

por João António, em 02.07.15

"Prefiro cortar o braço" a assinar acordo que não seja sustentável"

Entretanto : 

... Grécia precisa de mais 50 mil milhões nos próximos três anos. FMI diz ainda que Atenas precisa de um período de carência de 20 anos antes de começar a fazer pagamentos aos credores estrangeiros...

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Pantominices

por Eduardo Louro, em 17.12.13

Ficamos ontem a saber, já sem qualquer dúvida, pela própria boca do Sr Mario Drahgi, que as pantominices e o relógio de count down de Portas não são mais que isso mesmo: pantominices.

A troika não vai embora coisíssima nenhuma e o segundo resgate aí está, travestido de uma coisa qualquer, chame-se-lhe programa cautelar - como o governo gosta -, contrato de seguro - como a ministra das finanças acabou de inventar – ou programa de assistência para a transição, como o número 1 do BCE lhe chamou.

Não há nisto qualquer novidade, há muito que se sabe que assim teria de ser. Vale simplesmente a pena salientar que, ao dizer o que disse agora, Mario Draghi, dilui o álibi do Tribunal Constitucional. O governo – e a troika e tutti quanti, incluindo as últimas imbecilidades e pantominices de Braga de Macedo – tudo tem feito para pressionar e culpar o Tribunal Constitucional. Se ainda há pouco o responsabilizava por um ameaçado segundo resgate, melhor agora o responsabilizaria.

O governo da Irlanda recusou assinar qualquer espécie de programa de transição porque, estando em condições de arriscar directamente os mercados, entendeu que não poderia aceitar as exigências da troika. Não recusou esse programa apenas porque pôde, mas também porque quis. Mas esse é o governo que já negociara um programa com um ajustamento orçamental bem menos exigente e um bem menor poder de destruição social e económica.

Andaram sempre a dizer-nos que Portugal não era a Grécia. Que nos colaríamos à Irlanda para, na carruagem de trás, seguir o mesmo percurso e atingir o mesmo destino. Tretas!

A Irlanda tem, agora que justamente concluiu o programa, acesso aos mercados financeiros a taxas de juro sustentáveis, que rondam os 3%.

Para Portugal as taxas de juro não baixam do dobro disso, e são evidentemente incomportáveis. E não é nem por especulação dos mercados, nem por nenhum Tribunal Constitucional. É porque os mercados perceberam, quando Vítor Gaspar desistiu e reconheceu que falhara, que falhara ele e tudo o que representava, ele e o programa em que acreditara. Porque, ao contrário da Irlanda, a economia foi destruída e não tem condições de crescimento. E porque ninguém consegue pagar uma dívida que, mesmo privatizando tudo o que havia para privatizar – as receitas das privatizações são para abate directo na dívida -, não tem parado de crescer, e já ultrapassa os 130% do PIB. E porque só nestas condições de austeridade, à custa da procura interna - reduzindo importações e aumentando exportações à custa do excesso de produção (face à redução do consumo) de combustíveis - Portugal consegue controlar o défice externo. E porque o país está a envelhecer, sem natalidade e com os jovens a emigrar. E porque o país empobreceu dramaticamente, e perdeu a massa crítica da classe média. E porque tem uma política de redistribuição de rendimento terceiro-mundista…

António José Seguro, passa ao lado de tudo isto, e protesta que o governo está a negociar o programa nas costas e à revelia do PS. Programa que Passos, voltando a mentir, garante ser para um ano … Para que sinta dispensado de tudo e mais alguma coisa. Até de negociar, o que quer que seja, com quem quer que seja… Mesmo que seja o novo programa. E mesmo que seja com a troika, com os técnicos ou com o topo da hierarquia!

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Hoje...

por Eduardo Louro, em 21.10.13

... Hoje cantou-se Grândola no Funchal. Fez-se festa na tomada de posse do novo presidente da Câmara, falou-se de mudança e de Primavera. Falou-se de cidadania e cantou-se que o povo é quem mais ordena dentro de ti … ó cidade. No Funchal, na Madeira…

Em Lisboa, uma bancária de 50 anos  e de apelido a condizer, cansada do anonimato, para se dar a conhecer decidiu agradecer não se sabe bem o quê à troika. Coitada, não sabe cantar…

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Tudo bem: notas positivas!

por Eduardo Louro, em 03.10.13

 

 

Duas semanas depois – na realidade, e mesmo que ninguém os tivesse visto, parece que estiveram cá bem mais tempo, se calhar por causa dessa novidade do marketing do dois em um, da oitava e nona avaliações numa só vista – os homens da troika estão de partida. E diz – dirão mais logo, na companhia do Moedas, a Maria Luís e o Paulo (a dupla maravilha que ainda há pouco não se podia ver), porque há muito que deixamos de saber essas coisas pela viva voz da troika – que com avaliação positiva, quer dizer, avaliações positivas, porque são duas.

Ainda bem. E andamos aqui nós todos a dizer mal disto, a dizer que assim não vamos a lado nenhum, a castigar o governo nas autárquicas... Todos enganados, é o que é. Isto está tudo a correr bem, como nos dirão aqueles dois.

E afinal Cavaco tem razão!

 

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Há cães e cães. Ora bem!

por Cristina Torrão, em 24.09.13

 

Se tiverem dificuldades em ler, cliquem aqui e, depois, na imagem, para aumentar.

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A verem passar navios

por Daniel João Santos, em 17.09.13

Os funcionários da Troika, que estão em Lisboa, conseguiram algo inédito em Portugal: Patrões e sindicatos em sintonia, mas também a verem passar navios.

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Quem se queimou?

por Daniel João Santos, em 04.09.13

Parece que a dupla Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque, que agora são grandes amigos, está a conseguir das diferentes instituições que andam a visitar um valente zero. Portas achou que vice-PM com a coordenação das negociações com a Troika era o lugar certo. Posso estar enganado, a ver vamos, mas no final quem poderá vir a sair por cima é Passos Coelho que arranjou alguém para queimar nestas negociações com a Troika.

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As insuspeitas críticas à troika

por Eduardo Louro, em 13.06.13

O Presidente da República e chefe do governo, resolveram atacar a troika. Isto, é claro, é que é notícia. Criticar a troika até já é moda, mas esta era gente que a qualquer mata-se da troika respondia sempre com esfola-se. Sempre para a frente, para além da troika!

Cavaco, lá para Estrasburgo, disse que o FMI não estava lá a fazer nada. Que o melhor era mesmo fazer as malas e deixar-nos só com as instituições europeias, porque eles só se preocupam com reestruturações financeiras, não querem saber de desenvolvimento, nem de crescimento. O BCE e a Comissão Europeia são outra loiça, sabem que a Europa precisa de se desenvolver harmoniosamente…

Depois do que lhe temos andado a ouvir, não admira!

Já o ataque de Passos Coelho, não sendo tão sectário, é bem mais violento.

Revolta-se contra o memorando? Não. Não pode, era o seu programa de governo!

Invoca as dificuldades por que o país está passar? O desemprego ou o empobrecimento, que Cavaco ainda ousou aflorar no Parlamento Europeu?

Nada disso. Para Passos Coelho o problema é que é muito mau que as instituições da troika se não entendam. Que o FMI diga uma coisa e as instituições europeias outra. Que o FMI diga que errou e que a Comissão Europeia ache que isso não se diz…

Já nem nos lembrávamos que há quem diga que Cavaco é o mais esperto dos políticos portugueses! Vejam lá se não foi para lá dizer que era o FMI que estava a mais?

 

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Fogo de artificio

por Daniel João Santos, em 12.06.13

Passos Coelho critica a Troika. Cavaco Silva critica o FMI.

 

A época assim o exige. No Santo António convém muito fogo de artificio para entreter o povo.

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