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E ainda apor cima lhes pagam...

por Eduardo Louro, em 26.01.14

Televisões e jornais andam numa roda-viva, empenhados em abrilhantar a festa que o poder decidiu abrir por esta altura, para promover o circo eleitoral que aqui se está a instalar para estes próximos dois anos. Fazem lembrar a orquestra do Titanic, não percebendo que o país se continua a afundar cada vez mais.

Nunca como agora sobraram tantas razões de crítica ao comportamento da comunicação social, e em especial das televisões. E nem sequer me estou a referir ao clássico capital de alienação e ao papel anestésico das programações das generalistas.

Repare-se como as televisões estão cheias, a toda a hora, de políticos no activo, ainda no poder ou com o lugar que lá deixaram ainda quente, sempre no mesmo registo, sempre com a mesma mensagem… Como são pagos – e alguns como verdadeiras estrelas – para alimentar as suas ambições e promover os seus projectos políticos pessoais. Não têm apenas acesso gratuito a estas poderosas máquinas de popularidade e de publicidade. Não, ainda por cima lhes pagam!

Marcelo Rebelo de Sousa anda há anos a construir nas televisões a sua candidatura presidencial. Chegou a hora certa e, como se viu há uma semana, não se preocupa nada com essas coisas da vergonha na cara. Não hesitou em aproveitar aquele tempo que lhe é pago para dar o golpe de misericórdia em tudo o que pudesse ser adversário potencial, reservando logo ali o seu lugar ao mesmo tempo que dava um simpático empurrão no calendário. Que, evidentemente, lhe permite prolongar o mais possível o seu espaço semanal de contacto com os portugueses. Líder de audiências!

Também Marques Mendes, ainda ontem, aproveitou o espaço televisivo que lhe pagam para usar, para exibir um documento que, supostamente, o defenderia da acusação de ter participado num negócio nada claro de venda de acções, que os jornais trouxeram a público no início da semana que hoje acaba. Como é evidente, e tenha ou não responsabilidades na operação – as menos graves das quais seriam sempre as fiscais – não há documento fiscal nenhum que o possa neste momento ilibar. No entanto, e mesmo sabendo que (quase) toda a gente percebia isso, não hesitou em usar aquele espaço para fazer aquele número.

Quando tanto se fala de indicadores, isto poderá não ser um indicador, mas é certamente um indicativo da decadência do regime. Do cheiro a fim de regime que sente por todo o lado!

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Inquéritos parlamentares

por Eduardo Louro, em 10.01.14

Se alguém ainda tem dúvidas que este regime está esgotado e que já só pode levar o país ao definhamento final, basta que olhe para o espectáculo dos inquéritos parlamentares: se a maioria parlamentar não está interessada em que se mexa no assunto, pura e simplesmente não há inquérito. Se há inquérito, a verdade apurada é invariavelmente a da maioria…

Ainda está quente o escandaloso relatório da senhora (ou será menina?) deputada que responde pelo apelido Marques Mendes, da Comissão Parlamentar de Inquérito aos Swaps, e já a maioria inviabiliza o inquérito aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Este não é apenas um problema da actual maioria, esta é simlesmente a mais despudorada de todas. É um problema que cada maioria repete. É um problema de respeitabilidade. De responsabilidade e de credibilidade. É um problema do regime!

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Os nossos génios

por Eduardo Louro, em 09.10.13

Vivemos num regime que se alimenta de génios, e em particular de génios da economia e das finanças. E o seu mais básico instituto de sobrevivência leva-o a apostar na sua produção intensiva o que, não se tratando de bens transaccionáveis, não deixa de se contraproducente. É que não servem para nada, ninguém os quer em lado nenhum, servem apenas para consumo interno.

Tinha a impressão que Daniel Bessa era um desses génios da nossa produção intensiva. Agora tenho a certeza!

 

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10 de Junho

por Eduardo Louro, em 10.06.13

Mais do que o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, o 10 de Junho é o dia em que o regime olha para o seu umbigo.

Mais do que o dia em que o país honra os seus melhores, é o dia em que o regime condecora os seus… Às vezes, os melhores dos seus!

Cada vez mais do outro lado, cada vez mais...assobiam e apupam...

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UMA ASFIXIA ESTRANGULANTE QUE ENFORCA

por joshua, em 03.03.11

Não chega dizer que o poder político é abjecto e imoral, enorme promotor de desigualdades na Economia e na Justiça, esforçado num confisco compulsivo para que ele continue mais igual que qualquer de nós, cada vez mais diferentes, esmifrados. Estranha-se que, sendo ele um desastre, uma traição completa aos desígnios de bem estar nacionais, ainda assim tenha bastantes defensores, os mais imprevistos e, naturalmente, os mais interessados. Agora que o rei do socialismo-socratismo e de um certo PSD equivalente, mesmíssima esterqueira clientelar, vai esquelético e nu, a denúncia dos problemas de tesouraria e de interferência espúria desse tal poder político onde não lhe diz respeito vai sendo feita. Aos bochechos, mas feita: «A PJ está a ser vítima deste poder político.» Um poder político de micas chupistas que nos deu rainhas maçónicas, como Almeida Santos, e maçónicas princesas sempre em pé, como Rui Pereira e o seu mentor. Quem é que os remove sem se sujar de lixo e da sensação abominável de que essa gente nos escraviza, despreza, manipula, medra acima de qualquer lei e além dos mínimos de decoro? Alguma vez se viu tamanha fixação aos cargos?! Não. Nunca. Marca socialista-socratista é apodrecer tudo, todos, para poder passar passar incólume, de dedo apontado, com respaldo no passado alheio. Um dos rumores mais gastos é o de que para pior já basta assim. Mentira. O socratismo-socialismo pode ir ainda muito mais longe na urdidura do pior. Com a bênção de Pacheco, ex-teórico da asfixia democrática, vai leproso e não seguro

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NO PAÍS DE BERLUSCÓCRATES

por joshua, em 28.01.11

A espécie humana não cessa de surpreender-se a si mesma nos seus espécimens mais cruéis e mais excêntricos. Ele é o marido brasileiro que reclui a mulher num local à mão, mas hermético e indigno do mais insignificante dos bichos. Ele é o Governo que esgalha manter-se em funções der por onde der, apesar do absoluto descrédito dentro e fora de portas. Certamente, os mercados largariam o osso português com actores políticos mais credíveis, pelo menos limpos de trapaça e isentos de aldrabice, pelo menos com melhor carácter, e, portanto, sem o historial socialista-socratista de mentir grosseiramente, mentir por sistema, mentir alegremente, mentir em dias de sol, mentir em dias de chuva, mentir na dúvida, mentir na certeza. Mentir a rir. Mentir! Se empobreces, português, é por causa do registo mentiroso de quem te governa e tu deixas. Se empobreces, português, é por causa da protecção à corrupção e por causa das prendas com que o Regime se verga aos amigos e te carrega de taxas, coimas, cortes, confisco criativo, preços de morrer no gás e na gasolina, e tu deixas. Tu gostas, português, de ser pisado e enganado... Admite, Tuga! Tu gostas de miragens e palhaços ricos, português palhaço pobre! Está bem. Fazemos uma troca: em troca de mais Sócrates, Berluscócrates, mais juros acima de sete por cento. Negócio fechado? Negócio fechado.

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PÍCARO RESUMO NACIONAL

por joshua, em 26.01.11

Ontem foi dia de Eusébio, e muito bem!, mas foi dia também de uma dose apreciável de Carlos Silvino, para grande pasmo nacional quanto ao conteúdo das suas supostas revelações contraditórias, nada mais que um guião de desdizer caído do céu. Tudo isto resume-nos. Bastam-nos um ou dois absurdos, uma ou duas hipérboles, uma ou duas palhaçadas espalhafatosas, para ficarmos resumidos e bem resumidos ao mesmo tempo que tramados e gratos. Desde sempre vai por aqui um povo pícaro, repleto de actores pícaros, sem norte nem cerne rijo. Tenhamos calma, que ainda não terminámos de beber o cálice completo da nossa queda. À parte um possível terramoto iminente, não faltarão episódios semelhantes da nossa decadência.

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ÉTICA RATOBLICANA

por joshua, em 03.10.10

O socialismo, quando no Governo, não consegue apenas surpreender-nos com laivos de tirania e tiques de partido único. Não. Consegue pôr em pantanas o Estado Social e assassinar a economia sem tirar o pé do regabofe despesista com o seu pessoal político. Guterres era um homem decente. Mas, tirando Guterres, é o fim da picada. Porque tudo se lhes admite. Toda a entorse aos factos brutos da economia. Toda a ocultação das contas reais. Toda a espécie de rasura à verdade, à honestidade, toda a espécie de omissões e falta de explicações. Não respeitam as pessoas. Não têm consideração pelos cidadãos. O Governo começa por se defender das próprias irresponsabilidades com a irracionalidade dos mercados. Afinal, havia um enorme buraco e é obrigado a enforcar a economia em 2011 para estancar o défice público. Com isto os mercados internacionais deixam de ser irracionais e o nível dos juros exigidos à dívida pública portuguesa decresce ligeiramente, apesar de continuar acima de 6%. A ética dos ratos é sempre fugitiva. Ora para trás, como Guterres. Ora para a frente, como Sócrates, mas excluindo sempre a decência, valor inteiramente desconhecido da Situação. O amor do Poder sobreleva qualquer outra coisa, o que explica em grande parte o ponto em que nos encontramos.

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À CIGANADA PORTUGUESA

por joshua, em 29.08.10

Agora que Sarkozy se encheu de coragem para conduzir a "ciganada" ao seu ponto de origem, mas com direito a voo e a cheque dentista, os roma tomaram-lhe o gosto e da próxima não porão os pés em França, mas, sim, em Espanha ou na Inglaterra. Com um pouco de sorte e mau aspecto, podem ser deportados de novo e ao fim de duas ou três deportações, dados os números de cada agregado, poderão alcançar uma pequena fortuna. As novas deportações são chiques porque não envolvem longas marchas da morte, os deportados sentem-se tímido-contentes com a atenção das câmeras do fugaz, pois os media degustam isto com a mais despudorada hipocrisia. De repente, todo o Arco Político se compadece da higiene precária, das pulgas, dos percevejos, da liberdade para moinar, das mulheres-máquina de parir. Sob um ângulo completamente imprevisto, temos mais, nós portugueses, é que pôr os olhinhos na "ciganada" deportada. As políticas em Portugal têm consistido em fazer a mesma coisa aos portugueses e cada vez com menos disfarce. Deportá-los do cerne da decisão e do centro da legitimidade política. Os deputados respondem perante os líderes políticos, não perante cidadãos que os não puderam conhecer e escolher. Os portugueses são ciganos no seu próprio País, pelo menos é assim que o Executivo e o Regime os trata. Quem, por todos os meios de fazer corar Armando Vara, não tem dinheiro em off-shores, é cigano. Quem se inscreve nas Novas Oportunidades e obtém quase instantaneamente um diploma com o qual já agora poderia ter nascido, é cigano. Quem paga o Fisco monstruoso que pagamos e não vê os problemas do défice e da dívida resolvidos, mas, pelo contrário, a Despesa a crescer descontrolada e o rating da República a encarecer sucessivamente os juros da própria dívida, é cigano. Quem nunca foi indicado para um cargo por Almeida Santos ou Mário Soares, longe da maçada de um concurso, é cigano. Quem recebe o RSI e progressivamente desaprende da procura de emprego, absorve uma cultura de dependência do Cacique, descrê da importância de estudar, para quê?, é cigano. Quem não é amicíssimo do Procurador Geral da República e não está metido em sucessivos berbicachos com grossas maquias de dinheiro surripiado com a sofisticada engenharia oportunística, só pode ser cigano. Portanto, portugueses, bem-vindos ao vosso admirável mundo cigano de ciganos. A vossa deportação faz-se de pasmaceira espiritual e passividade para com chulos. O vosso nomadismo consiste na indignidade de um Povo indiferente ao próprio destino e a quem o reja. Pode ser o Diabo. Pode ser a Europa, porque o seu único e grande lema resume-se no indiferentismo contido nisto: «Eles [nunca Nós!] é que sabem!»

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PERGUNTAS

por joshua, em 07.08.10

 

O facto de estar quase todo o País em férias deverá fazer descansar a atenção aos sérios problemas do Regime e da sua economia terminal? E se, de repente, nos acontecer um Agosto criminalmente quente, como o de 2007, continuará o plácido Povo impávido e sereno? Será que por um português ser beirão, transmontano ou algarvio, já não está abrangido pelo sentido da decência, demitindo-se quando ficam demonstradas jogadas viciadoras de um processo ou o atrito nele inoculado? Então por que permanece Pinto Monteiro no seu posto tendo em conta a sua subalternidade total relativamente a nada mais que um homem, o Primadonna "Deus Nosso Senhor"?

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