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Marcelo Rebelo de Sousa criticou os candidatos presidenciais que apresentam "programas de governo" e "promessas de referendo", quando deviam ter a "humildade" de compreender o papel de Presidente.
Resumindo: quem vier deve manter a atitude mumificada dos últimos 10 anos de presidência.
Pois, assim o parece.
Não me recordo de na história recente do nosso país de outra situação idêntica a esta, pois ou se demite o governo e se convocam as necessárias eleições ou se deixa o mesmo chegar ao pleno da sua legislatura.
Afinal em que ficamos? Estaremos a inaugurar uma nova "moda" na política portuguesa ou será apenas a mera assumpção de que quem nos preside não sabe o que quer fazer ou afinal não o poderá fazer, efetivamente?!
Mas com esta confusão toda a originar uma instabilidade premente em todo o sentido, quem se ressente são os mercados financeiros, e por consequinte, os nossos bolsos!
Vá lá Senhor Presidente, clarifique!
A Deolinda lançou a musica, o pessoal começou a falar e subitamente todos descobriram a pólvora... quer dizer, descobriram que poderá existir por ai uma geração à rasca. Ao que parece, tenho lido e escutado muita coisa, os jovens ficam bem em qualquer discurso ou declaração de intenções, que o diga Cavaco Silva. Entretanto, no dia 12 vamos descobrir se realmente essa dita geração existe.
"O Presidente da maioria absoluta dos Portugueses que votam..." - Luís Filipe Coimbra, 31 da Armada.
Tenha certeza que esta é a frase mais colorida escrita hoje sobre Cavaco Silva. O autor pretende a todo o custo, num excelente momento de contorcionismo, evitar dizer que o PR foi eleito com apenas 23 por cento de votos do total de inscritos nos caderno eleitorais.
Cavaco Silva para além do auto-elogio, considera que tem bom senso e que é ponderado, para além de falar sempre dele próprio na terceira pessoa, tem nos brindado com alguns chavões e lugares comuns:
"Presidente da República é última reserva de um país em caso de crise grave." - Cavaco Silva, Presidente da Republica.
Se o que vivemos neste momento não é uma crise grave, visto que o PR continua apenas a observar, o que será então para Cavaco Silva uma crise grave que o obrigue a ser essa "ultima reserva"?
Para Santana Lopes, ex-quase tudo, Cavaco Silva é um referencial de Segurança.
Referencial de segurança para quem?
Se tivéssemos um presidente socialista e um governo PSD, já há muito tempo que o governo tinha sido posto na rua !
Cavaco Silva está a fazer um enorme esforço para descer abaixo do 50 por cento de intenções de voto que agora tem. Começa a ser um péssimo hábito promulgar leis e depois dizer-se cheio de duvidas.
A nova, mas nada de novo, é o facto de promulgar as medidas de austeridade, esperar que elas entrem em vigor e só depois pedir a fiscalização da constitucionalidade das medidas referidas.
Eu estava para dizer que me parece ridículo, mas não o digo por respeito à memoria do Presidente Cavaco Silva.
O problema maior, é que aos legítimos interessados, esses mesmos números são cozinhados :
"Sei muito bem daquilo que falo, porque conheço os números"