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Entre passos atrás e passos á frente, e às vezes passos para o lado, com a sempre adiada vaga de fundo cada vez mais virada para vistas do Guincho, Rui Rio lá vai construindo a história da sua candidatura a Belém. Sem dúvida, uma história de passos...
Que a Passos dava jeito, e que por isso sempre alimentou... Mas que a Rio só dava jeito em função do destino de Passos. Deu passos atrás e à frente, deu passos para entrar e para logo sair, para estar sem estar e sair sem sair ... de cena. Finalmente a revelação: será candidato se a coligação ganhar! E já está tudo combinado com Passos...
Que surpresa!
A Passos interessa ter tudo combinado com Rio, mesmo que, se perder, isso lhe valha de pouco. Rio está interessado em dar passos em direcção á cadeira de Passos. Se ele de lá não for obrigado a levantar o rabinho, não há nada a fazer... Sem nada a fazer, e para nada fazer, não há melhor que Belém. E sempre pode ser que os passos do Passos o ajudem no passo maior que a perna que terá que dar para defrontar o Marcelo.
Bom mesmo era que a coligação perdesse, não era Rui? Eu também acho... É que há passos e Passos, e uns são mais seguros que outros. Não precisave era de chamar para aqui os interesses do país, que não têm nada ver com os passos que quer dar!
Santana Lopes anunciou que não é candidato à Presidência da República. E eu a pensar que só se anunciavam candidaturas...
Pensava mal, já percebi. Tanto que - acredito agora - não será o único a fazê-lo. Seguir-se-ão outros... Espero é que sejam mais sensatos na justificação, para não deixarem a ideia que primeiro respondem a um arrebatador chamamento interior, e só depois caem na real dos seus deveres e das suas responsabilidades... Pelos vistos só agora, depois de um arrebatamento de vários meses, Santana Lopes deu conta dos seus "deveres enquanto Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa" e das suas "responsabilidades profissionais"...
Há pessoas que para se manterem vivas precisam que se fale delas todos os dias... Pedro Santana Lopes é uma delas, pouco se importando que seja para dizer bem ou para dizer mal. É preciso é falem dele. É uma questão de sobrevivência!
Rui Rio vai mesmo avançar... Passos Coelho continua dono das cartas. Baralha, parte e dá... E lá fica Marcelo mais uma vez a vê-las passar... Sempre carta fora do baralho!
Por favor, meus senhores, deixem-se de tretas e assumam-se.
Nada tenho contra Ramos Horta, personagem digna de grandes elogios, mas em Timor falhou a continuação da imitação do sistema que se encontra implantado na Russia. Falta saber quem e para onde vai?
Já chega de serem sempre os mesmos. Com tanto tempo de antena nas televisões é fácil dizerem que vão conter despesas e colocar poucos cartazes. Assim também eu.
O Tomás Belchior explica a coisa cristalinamente, mas nunca é de mais demonstrar ao distraído ou faccioso cidadão bisonho clubístico-partidário que o socialismo-socratismo olha para as funções governativas não como o exercício de responsabilidades públicas, passível de absoluto zelo, imparcialidade e desprendimento, mas como um prémio, um afago institucional, uma prerrogativa irredutível, gulosa, manhosa, a que os apaniguados se devem agarrar com unhas e dentes e abraçar com ambas as pernas. Tudo se esquece e perdoa: as merdas políticas que se fazem, os actos sornas de assobiante conspiração institucional para o lado, o fluxo de informação radioactiva com que ASS saliva na sombra. Tudo acaba por acabar bem. Asim, com Rui Pereira, como com os demais da intocável tribo maçónica-socialista-socratista, os portugueses nunca poderão ficar bem servidos, somente bem comidos. Se houver dúvidas, basta rebobinar o que disse ontem Francisco Assis, na Assembleia da República, enquanto perorava em defesa do ministro até à mais aflita afonia. Nada. Uma defesa deslocada de carácter, desconversando do problema político em causa: laxa prevenção, lassa antecipação de problemas, nas últimas presidenciais. Depois há sempre um socialista que fica hiena-incumbido de levar ao patético o indefensável e substituir o linchamento funcional de um ministro pelo linchamento sumário dos nossos direitos, da nossa cidadania e da nossa democracia. É o socratismo, estúpido!
Tristemente, por mais que me censurem e me filtrem por aqui e por além, tenho de insistir nisto: denegrir selectivamente o acto de votar, rebaixá-lo como frete desprezível, desprezar a lisura de esse acto democrático consagrado, foi a grande missão subliminar de alguns coirões servis instalados a anteceder as últimas presidenciais. Potenciar a abstenção nas eleições presidenciais, poder depois declará-la a maior de sempre, rebaixar os resultados de Cavaco o quanto pudessem, eis o Frete feito ao Governo para tanto bastando negligência técnica por incúria política. Óbices insultuosos foram levantados a mais de 42 mil pessoas no momento de votarem, levando-as a desistir de um direito inalienável. Isto é gravíssimo e eloquente quanto aos processos, ao lixo, ao nojo, do pessoal de mão da Situação putrescente socialista-socratista. Mais grave se torna que Rui Pereira se contente com as habituais falinhas mansas monhés até que este lixo saia da agenda mediática e se regresse ao pecado quotidiano. Com os socratistas-socialistas tudo se mostra moralmente esconso, corrompido e sorna e o último evento eleitoral traz somente o selo indelével de uma negligência conspurcatório-conspirativa. Mas não se passa nada. O mais certo é matarem o mensageiro.
Na linha da frente nas energias renováveis, avançado nos casamentos híbridos e quiméricos e na sanha frentista tecnológica, o País teve, apesar de tudo isso, no passado dia 23 de Janeiro, um desempenho organizativo do sufrágio presidencial rente ao que de pior o Biafra é capaz, fruto de sonsa negligência e incúria ostensiva. Por que é que os socialistas-socratistas não coram de vergonha enquanto limpam as mãos à parede?! Então só o pobre do director-geral da Administração Interna, Paulo Machado, e o coitado do director da Administração Eleitoral, Jorge Miguéis, apresentam pedidos de demissão?! Eles, que cumpriram o seu dever e em bom tempo alertaram para os riscos e insuficiências do cartão de eleitor?! Há sempre a sonsice da responsabilidade técnica, mas ninguém no oásis rosa é capaz de responsabilidade política?! Que vergonha a sonsice de só pedir desculpas! Que vergonha anunciar a negaça sonsa de mais um inquérito! O mal está feito e ninguém os tem para gritar o que se impõe: fraude!
Uma das lições de ter havido Defensor Moura, uma espécie de insondável peão a fazer de conta que era candidato, foi a importância de raspar o verniz político-biográfico de Cavaco. Surpreende-me destas virgens é que nada haja dizer do esmalte democrático que recobre Sócrates, o qual-esmalte não apenas está raspado com a inútil rebarbadeira da verdade inútil como jaz esbotenado sem consequências de maior como sejam uma demissão liminar, um sentido do pudor, um refreio das pulsões conspiratórias mais reles e subterrâneas. Não há dissidência naquela casa nem se espere que alguém se enxergue devidamente. O Partido Socialista agoniza e cada vez será pior, mas, para os seus, não deixa de ser mais que religião, mais que lealdade canina, mais que acriticismo monolítico. A verdade é que a distância biográfico-política que separa Cavaco de Sócrates, apesar de tudo, e não trazemos aqui o graduador de sonsos, é a mesma que separa Toni Carreira ou Emanuel de Zé Cabra, pelo menos parece que a maioria pensa assim contra o que se lhe vendeu na campanha negrejante.