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Desde que não chateiem quem não quer participar, eu sou um deles, festejem lá como quiserem o Halloween. Nada como uma boa festa para o pessoal desopilar, gastar umas energias, beber umas e esquecer as desgraças habituais. No caso, tenho pelo Halloween uma carinho especial. Sim, defendo esta tradição nacional, de raízes bem implantadas na nossa historia - dizem que é originária ali de uma aldeia no Alentejo -, como sendo um dos momentos mais importantes do ano. Chega de importar festas Americanas e festejemos a noite das bruxas com alegria.
Este achado, que os peritos calculam ter cerca de 450 anos, é descrito como um dos mais espetaculares dos últimos tempos, na cidade alemã de Stade.
Com os seus 45 000 habitantes, Stade é, no cenário alemão, uma cidade pequena, ensombrada pela grandeza de Hamburgo, a cerca de 50 km de distância. Quando foi criada, no século X, porém, Hamburgo ainda não existia e Stade foi, durante toda a época medieval, bem mais importante do que aquela onde, hoje, se situa um dos maiores portos do mundo.
Situada nas margens do rio Schwinge, muito próximo do local onde este desagua no Elba, Stade foi uma cidade hanseática, o que se traduzia numa grande atividade mercantil com as zonas do Mar do Norte e do Mar Báltico. Por isso, a importância deste achado: os arqueólogos surpreenderam-se ao constatar que as ligações comerciais de Stade se estendiam até Portugal! E penso que será de interesse também para o nosso país.
Desde o Outono que se verifica grande atividade arqueológica, na cidade-natal do meu marido e onde vivemos há quase quinze anos (antes disso, vivíamos em Hamburgo). Uma ponte situada no centro histórico necessitou de reparações. Procedeu-se à secagem do rio Schwinge nesse local, onde se situava o porto, o que não foi difícil, pois com o tempo e o crescimento da cidade, o rio tornou-se muito estreito e raso. Basta um paredão de sacos de areia para evitar que a zona torne a alagar.
Todos sabemos que a lama e o lodo existente no fundo do leito dos rios são excelentes meios de conservação. Por isso, os arqueólogos esfregaram as mãos de contentamento. As obras de reparação da ponte foram adiadas até terem explorado todo aquele local. Os trabalhos têm sido tão frutíferos (cerca de 300 000 achados, até agora!) e ainda há tanta lama e lodo para analisar, que as obras foram de novo adiadas por mais seis meses. Assim é que é, a cultura à frente!
A importância da moeda de ouro portuguesa é indiscutível, mas os arqueólogos exultam com qualquer tipo de objeto, como uma simples colher, que tanto pode dizer sobre o modo de vida de outros tempos.
Muito dos achados serão expostos num dos museus da cidade, ali mesmo perto daquela zona. E eu hei de ir lá ver a moeda portuguesa!
"Cerca de 30 "portugueses influentes", reúnem-se na segunda-feira com governantes e altos responsáveis em Portugal para discutir "novas ideias sobre soluções para o futuro" do país. " Jornal i
Se eu disser que se f#%"$ esses influentes que são tão influentes que deixaram o país cair neste buraco e só agora aparecem, serei um gajo mal educado?
Qual é a coisa qual é ela que Beja e Ciudad Real têm em comum?
Se para uns, Blatter, Messi é o filho que todas as mães queriam ter, Ronaldo é o jogador que todas as seleções queriam ter.
Somos um país de exagerados. Há poucos dias discutia-se um possível segundo resgate e agora discute-se sair do programa de ajustamento sem solicitar um programa cautelar. Subitamente tudo muda: uma pequena subida na economia e muitos fazem logo a festa.
Afinal, em apoio a uma grande parte do governo português, o FMI confirma: um dos principais riscos ao OE é o Tribunal Constitucional. E eu a julgar que era o desperdício, a má gestão e o não saber como funciona a economia. Vamos indo e aprendendo.
Espera, há de passar-se alguma coisa!
Assim traduzi Warte nur, es passiert schon was, o título de um livro de contos (os contos, no seu regresso triunfal), agora publicado na Alemanha, do autor e jornalista grego Christos Ikonomou. E de que tratam estes contos? Da atual crise grega. As personagens deixaram de ser donas da sua vida, porque os seus destinos pouco contam na política dos burocratas de Bruxelas, obcecados por números. Como Takis, por exemplo, que perdeu a mulher há pouco tempo e não consegue sustentar sozinho os dois filhos, apesar de ter dois empregos; ou um casal, que já não consegue pagar a renda de casa e será, em breve despejado - enquanto o homem se limita a embebedar-se, enfiado na cama, a mulher, cansada, põe-se em divagações sobre o fracasso das revoluções; ou os reformados, que se encontram numa longa fila de espera, em frente de um consultório médico, e começam a discutir uns com os outros sobre coisas sem importância, na sua necessidade de descarregar as suas frustrações.
Trata-se de gente sem esperança, gente que se sente traída, depois de uma vida de trabalho e de sacrifícios.
Christos Ikonomou ganhou, em 2011, um prémio literário na Grécia. Os alemães acharam o seu livro digno de ser traduzido e publicado no seu país, cujos cidadãos não fazem ideia do que se passa na Grécia, em Portugal e na Espanha. Quem comprar este livro, ficará mais informado.
E sobre o que escrevem os autores portugueses?
A Comissão Europeia acaba de publicar um Relatório sobre o Acesso e Participação em Actividades Culturais. A situação de Portugal no ranking europeu é a que se esperava: Negra.
Das actividades culturais listadas, a percentagem de portugueses que não participaram em nada ao longo dos últimos 12 meses é a seguinte:
Ballet, Dança ou Ópera: 92%
Teatro: 87%
Bibliotecas públicas: 85%
Museus ou galerias: 83%
Concertos de música: 81%
Monumentos históricos: 73%
Cinema: 71%
Ler um livro: 60%
Sem cultura, sem identidade, sem diversão, sem lazer. Ignorantes e mansos, não vá alguém estar a ouvir-nos.