Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ricardo Salgado com pensão de 90 mil por mês! Assim... Sem mais nem menos!
Sobem-lhe a pensão e descem-lhe a caução. Rima e dá raiva...
A sequela de "As pessoas sabem com o que é contam da nossa parte" surgiu praticamente de imediato, pela voz da ministra das finanças: "é honesto dizer aos portugueses que vai ser preciso fazer alguma coisa sobre as pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social".
As preocupações de Maria Luís com a sustentabilidade da Segurança Social são legítimas. É coisa que a todos deve preocupar... Não é aí que está o problema. O problema é que estamos em plena campanha eleitoral, onde o governo é tudo menos anjinho. Onde o governo se sente como peixe na água... e onde não dá ponto sem nó.
O problema é que as preocupações de Maria Luís são outras. Não são tanto com a sustentabilidade da Segurança Social que, também ela, não se preocupa muito em descapitalizar. O convite que a ministra dirigiu ao PS não é, evidentemente, ingénuo. É para simplesmente desbaratar a já de si descredibilizada proposta do PS para reduzir a TSU a empregados e empregadores. É para capitalizar, mas em votos, a tão pouco sustentável proposta do PS. E é para acentuar um dos princípios básicos da frágil filosofia política deste governo: "uns contra os outros". E, com isso, acentuar que "as pessoas sabem com o que é contam da nossa parte"!
Até onde irá este governo que coleciona inconstitucional atrás de inconstitucional?
O senhor Presidente da Republica, é verdade temos um, Cavaco Silva está preocupado com o regime de convergência das pensões. Os amantes da conspiração diriam que esta é uma atitude de quem é pensionista e lhe estão a atacar o bolso, mas isso seria um pouco demais ou não seria?
Será que, após as afirmações de Paulo Portas sobre os cortes nas pensões e a TSU, alguém consegue desatar o nó que o líder do CDS deu em si próprio?
Se por um lado critico as ausências de Cavaco Silva, sempre a trabalhar no seu gabinete - coitado-, por outro lado, após ouvir certas coisas, sinto falta dessas ausências.
Vivemos momentos destroem o resto da credibilidade, se é que ainda existia, da politica nacional. Paulo Portas, neste momento, representa tudo aquilo que não queremos em Portugal. Dizer uma coisa, defender isso debaixo dos holofotes dos média e passados poucos dias mudar tudo, é triste de se ver. Quando se grita defensor dos fracos e oprimidos, para depois, debaixo da desculpa do "interesse nacional, atropelar essas pessoas, mostra ao que muitos andam em Portugal: poder. Não interessam desculpas sobre a pressão da Troika, sobre a responsabilidade que lhes é pedida de salvarem o país. Interessa, pelo menos a mim, aqueles que andam de pescoço levantado e de coluna direita.
No país em que as duas primeiras figuras do Estado são pensionistas, preferem receber a pensão - ou as pensões - de reforma em vez de salário, onde a segunda figura do Estado se reformou aos 40 anos, há um governo que, nas palavras da insuspeita Manuela Ferreira Leite, persegue e é cruel com os reformados. Como uns reformados!
O governo que corta e tributa pensões de reforma como se não houvesse amanhã, que confisca pensões a quem para elas contribuiu durante uma vida, nem que para isso passe por cima da Constituição, é o mesmo governo que recusou a proposta do FMI para limitar as pensões altas – aquelas que bem se sabe de onde vêm e para onde vão - a um tecto de 5.030 euros mensais. Que pouparia qualquer coisa como 200 milhões de euros. Mas que, mais que isso, pouparia o governo à vergonha que, de todo, não tem!
Não sendo Manuel ferreira Leite uma personagem que eu aprecio, não tendo nada em particular contra ela, reconheço que a senhora sabe jogar à batalha naval. Sim, vários tiros certeiros arrasaram com a frota de Passos/Portas:
"O Presidente da República é o provedor das incertezas, das angústias mas também das ambições do nosso povo. O PR é, de facto, o provedor do povo." - Cavaco Silva