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Que os partidos políticos portugueses fixem bem este número: 54,6%.
Sim, este foi o número total dos eleitores que se recusaram a votar no atual panorama político nacional.
Não será apenas caso de reflexão mas sim, de meditação profunda. Penso aliás que desde o 25 de Abril de 1974, data em que reconquistámos o "Direito ao Voto", nunca tão elevado tinha sido este número; o que significa que o descontentamento generalizado do Povo pelos atores políticos que temos está em sintonia com a crise que nos afeta.
Por isso, ou os partidos se renovam efetivamente, ou passam a trabalhar em prol dos cidadãos (eleitores!), ou a curto trecho, o que agora apenas se vislumbra como pequenas candidaturas espontâneas, será a longo prazo o futuro da democracia portuguesa.
Chegou o momento dos partidos escolherem o seu caminho, senão qualquer dia, apenas os seus militantes votam, e mesmo assim, quanto a esses mantenho sérias dúvidas que assim o continuem a fazer...
Alguém é capaz de me explicar como é que os mesmos que nos levaram a este estado de coisas, se conseguem autoproclamar de salvadores da pátria ? Não são os mesmos que estão na AR desde 74 ? Eles não podem ser parte da solução, mas sim parte do problema .
Da direita para a esquerda, ou da esquerda para a direita ... vai dar tudo ao mesmo !!
Estamos bem arranjados !
Se dúvidas existem, elas cada dia ficam mais dissipadas . Basta ler as palavras de quem sabe do que fala :
São a novidade no panorama partidário alemão. No início, ninguém os levou a sério, pois formaram-se tendo, como único objetivo, a liberdade total na internet: tudo deve poder ser copiado, transferido e partilhado. Quando, em 2011, conseguiram lugares no parlamento regional de Berlim, muita gente se perguntou como é que um partido com tão pouca consistência e, praticamente, sem organização, podia ir tão longe.
Os próprios Piratas se surpreenderam e tentaram desenvolver algo que se parecesse com um programa. À liberdade total na net, juntaram, por exemplo, a legalização de todas as drogas e transportes públicos gratuitos. Como, porém, ainda lhes falta consistência, no seu site, qualquer pessoa, mesmo anónimos, pode dar ideias, colaborando no aperfeiçoamento do partido.
Toda esta falta de alicerces não impediu que, entretanto, conseguissem votações entre os 7% e o 9% noutras eleições regionais, que lhes proporcionaram lugares parlamentares em mais três Länder: Renânia do Norte-Vestefália, Saarland e Schleswig-Holstein.
Sinais dos tempos? Os Piratas vão-se organizando internacionalmente e também em Portugal existe o Movimento Partido Pirata Português, à procura das 7.500 assinaturas necessárias para a fundação oficial do partido, o PPP.
Qualquer dia, somos todos piratas…
Sou contra o paraquedismo eleitoral. Discordo da colocação de nomes importantes de cada Partido como cabeças de lista do Distrito se não residem e nem têm nada a haver com o circulo eleitoral. Viver em Lisboa e encabeçar a lista eleitoral de Vila Real ou da Guarda é um desrespeito que deveria levar chumbo dos eleitores.
Nos comentários ao meu texto de ontem, onde me referi ao facto de as multas aos partidos serem pagas pelo Estado, tive direito a um comunicado do PCP. Evidentemente que foi publicado por um anónimo... ou dai talvez não.
Ficámos mais informados sobre Portugal, que belo país, quando no dizem que somos nós a pagar as multas aplicadas aos Partidos.
Como ainda estou cheio de espírito natalício, um bom vinho do Porto, bacalhau, cabrito, rabanadas, café e whisky, vou deixar passar a crónica de ontem de Vasco Pulido Valente no Publico. O cronista em muitas e cansativas linhas, disse mal de todos os partidos, políticos, candidatos e afins, salvando-se para Pulido Valente o CDS.
Mais uma vez, para não variar, o Presidente da Republica, Cavaco Silva, promulga uma lei cheio de duvidas.
As coisas são simples:
- Concorda, promulga.
- Não concorda, veta.
Não estou a ver qual é a dificuldade do PR.