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Expresso

 

Não consegue deixar de mentir... Não há nada a fazer, está-lhe na massa do sangue. Bem podia seguir o conselho de Mira Amaral, e mandar erguer uma estátua a António Costa, na S. Caetano. E, para que o Ângelo Correia não pare de rir a bandeiras despregadas, ir a Fátima acender uma velinha. E mandar benzer o crucifixo...

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A meia verdade da mentira

por Eduardo Louro, em 23.07.15

 

Juncker, que como se sabe é um desbocado, veio dizer que o primeiro-ministro de Portugal se opôs ao alívio da dívida da Grécia antes das eleições em Portugal.

Nada que nos surpreenda, não estivessemos fartos de saber que Passos não tem procurado outra coisa que não seja fazer a vida negra à Grécia. Nada que nos surpreenda, pela utilização eleitoralista que lhe temos visto fazer da Grécia. Nada que nos surpreenda, perante a repetida mentira do "que se lixem as eleições"...

O que nos surpreende é a reacção de Passos ao desbocado presidente da Comissão Europeia. O que surpreende é que alguém que dorme com a mentira venha dizer que o que Juncker disse é "meia verdade". E "meio mal entendido"!

De meias verdades - em boa verdade de menos do que isso - sabe ele. Por isso explicou: a meia verdade é que realmente é contra a discussão da reestruturação da dívida grega. A outra metade é que é uma mentira inteira: que não é por causa das eleições!

O "meio mal entendido" era só para a confusão. Para esconder a outra metade da verdade que não é mentira...

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Por acaso a ideia ... (não) foi dele

por Eduardo Louro, em 22.07.15

 

Já pode dizer-se que é oficial: Passos Coelho é um mentiroso compulsivo!

Mente por tudo e por nada. Mente por um punhado de votos, sempre que cheire a eleições. Mente quando quer que as eleições se lixem. Mente para salvar a pele, quando as trapalhadas do seu passado lhe atrapalham o presente, e as trapalhadas do presente lhe não dão jeito nenhum para o futuro. 

Mente por isto e por aquilo, mas mente porque já não consegue viver sem mentir. Mente até por acaso... Por acaso um dia teve a ideia de mentir, e nunca mais a largou...

Teria sido por acaso que reivindicou a autoria da ideia do fundo de privatizações da Grécia: "até tivemos por acaso, a ideia que desbloqueou o impasse ... fui eu que sugeri..." Seria sempre certamente por acaso... Uma ideia que seja, só mesmo por acaso. Não foi no entanto por acaso que mais uma vez mentiu. Não teve ideia nenhuma, nunca tem ideia nenhuma e, se por insondável e inexplicável razão, alguma vez tivesse uma ideia qualquer, ela não valeria de nada. Não chegaria a lado nenhum, simplesmente porque a quem só sabe abanar com a cabeça nunca ninguém reconhece ideia nenhuma. Os cachorrinhos não têm ideias!

Nem ideias nem sentido do ridículo. Não foi apenas  o ridículo do "por acaso foi ideia minha" parodiado nas redes sociais que Passsos Coelho não percebeu. Não percebeu ainda que, mais que ridículo, é humilhante ser desmentido pelos seus próprios pares. 

Em entrevista a sete jornais europeus, entre os quais o Kathimerini, Financial Times e Le Monde, Donald Tusk, o presidente do conselho europeu, diz com todas as letras que a proposta tinha sido apresentada pelo primeiro-ministro holandês Mark Rutte.

Claro que, entre os sete jornais europeus, nenhum é português. Talvez por isso tenha sido dada tão pouca relevância á notícia de mais uma mentira... Ou simplesmente, para a imprensa nacional, as mentiras de Passos Coelho não são já notícia. Afinal é coisa que se aprende logo na primeira aula de jornalismo: notícia não é o cão que mordeu no homem; é o homem que mordeu no cão!

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