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Cada um é para o que nasce

por Eduardo Louro, em 21.07.15

 

O Ministério Público está a investigar o(s) negócio(s) da PT que a levaram à ruína. Tudo começou com a venda da VIVO à Telefonica, se bem se lembram. E depois veio a OI, e o descalabro. Pelo meio, tudo o que serviu para a classe política se prostituir nos negócios... Nesses e noutros, ainda sem investigação...

Mas nesses sabe-se que houve envolvimento pessoal de Sócrates - e nos outros também, Sócrates estava em todas - e de Lula da Silva. Por cá, Sócrates está preso. Por lá , sabe-se que Lula da Silva não está nos seus melhores dias, e que está presa gente que lhe é muito próxima, como  José Dirceu e Octávio Azevedo, já detidos  no âmbito do escândalo “Lava Jato”.

Quem está fora disto é Passos Coelho, que garante que Lula nunca lhe meteu cunha nenhuma, como o Daniel refere abaixo. E que, da sua parte, se limitou a manifestar-lhe a estranheza por nenhuma empresa brasileira surgir interessada nas privatizações em Portugal.

Está visto que cada um é para o que nasce. E Passos nasceu para isto: o seu negócio é privatizações!

 

 

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É a Justiça que temos...

por Nuno Raimundo, em 25.10.13

Então condena-se quem se encontra a trabalhar em prol dos outros e "absolve-se" o criminoso?

Assim o parece, infelizmente!

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É notícia que a Polícia não tem conseguido notificar Oliveira e Costa para ser ouvido em Tribunal, no processo – não, não é sobre o BPN, ninguém faz ideia de quando a Justiça trate disso – que envolve seu amigo e colega (de partido, de parlamento, de governo e de actividades criminosas e vigarice) Duarte Lima.

Foi também notícia esta semana a notificação de Jorge Jesus, o treinador do Benfica que no final da tarde de domingo, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, passou por aquilo que é público e do conhecimento geral.

Era fácil encontrar e notificar o treinador do Benfica: poderia estar em casa, poderia estar a trabalhar, no Estádio da Luz ou no Seixal, ou poderia estar de folga, ainda em casa ou noutro sítio qualquer. Era fácil, mas ainda assim poderia ter de ser procurado em vários locais diferentes: menos de 48 horas depois estava notificado!

Se era, como foi, fácil encontrar e notificar Jorge Jesus - que, mesmo assim, se declarou enganado pela Polícia, que a Polícia lhe passou uma rasteira - mais fácil seria encontrar e notificar Oliveira e Costa. Deveria estar na prisão, mas não está. Estando em casa, deveria ter o dispositivo de pulseira electrónica, mas não tem. Está apenas sujeito a termo de residência e de identidade, e bem podia já ter fugido para onde bem lhe apetecesse, como de resto se receava.

Mas não. Não fugiu, estava em casa. Mas não era notificado e foi preciso que a notícia andasse pelos jornais para que surgissem os seus advogados a falar de mal entendidos, e a disponibilizarem-se para contactarem com o tribunal para facilitar o agendamento do depoimento.

Há notificações e notificações, há Justiça e Justiça e há Polícia e Polícia. O que faz com que haja cidadãos e cidadãos…

Até nos lembramos de, há uns tempos, uma Polícia ter notificado o cidadão presidente do FC Porto para passar uma certa noite em Vigo. E valeu a pena, como se sabe!

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Diferentes Estados

por Eduardo Louro, em 14.06.13

Um cidadão chamou palhaço a Cavaco numa entrevista publicada num jornal. O cidadão é figura pública e aceita até que se excedeu. O Presidente Cavaco - atitude inédita, não? - pediu a intervenção da Procuradoria Geral da República. Não lhe fica bem, não é assim que se dá ao respeito, como bem deveria saber. Mas também não deixa de ser um direito do Estado de Direito.

Um outro cidadão, este anónimo, no meio de uma multidão, manda Cavaco ir trabalhar. Admitamos que acrescentou malandro. Ou mesmo mais um ou outro desabafo. Fê-lo em privado, não no recato de quatro paredes, mas no recato de pouco mais que igual número de pessoas que, entre a multidão, o circundavam. Só que uma dessas era polícia. À paisana, disfarçado, como na PIDE. Que o prende, como a PIDE, e o apresenta a Tribunal. Que o julga sumariamente…

Cavaco seguiu para a Europa, indiferente ao direito de um Estado polícia. Foi trabalhar, como lhe tinha ordenado o cidadão anónimo que agora já tem nome: Carlos Costal. Que também terá de ir trabalhar – se tiver trabalho – para pagar a multa a que foi condenado.

Ou talvez não - soube-se já hoje -, o Ministério Público não está pelos ajustes: pediu a nulidade do julgamento… É raro, mas às vezes sobra uma pontinha de vergonha neste país...

Também hoje foi deduzida a primeira acusação da famosa Operação Furacão. Teve início há nove anos. É muito mais complicado, este Estado está muito bem preparado para apanhar cidadãos a chamar nomes ao Presidente. Para apanhar malfeitores de colarinho branco é que não tem jeito nenhum…

Diferenças de Estado!

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Se levar uma bastonada não caia

por Daniel João Santos, em 18.03.13

O Ministério Publico arquivou o caso da bastonada ao jornalista da Lusa. Parece que o ferimento na cabeça foi causado pela queda e não pela ripeirada que levou. Ficou por se saber, não foi explicado no arquivamento, se o jornalista não tivesse levado uma bastonada iria cair na mesma e ferir-se na cabeça. A justiça portuguesa fascina-me.

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 12.11.12

Conhecem aquela piada, um pouco sem graça, do fulano que fugiu para Inglaterra, ali esteve quatro anos e quando regressa pretende que esses quatro anos sejam considerados para redução do tempo de pena?

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A ficção e a realidade

por Ana Lima, em 23.10.12

Todos nós já assistimos a filmes, ou séries, em que as peripécias são tão inverosímeis que acabamos por não aderir ao argumento por nos sentirmos um pouco como se os seus autores estivessem mais interessados em gozar os espectadores do que em construírem uma história interessante, mesmo que meramente lúdica. 

Mas a verdade é que, no nosso dia a dia, vamo-nos deparando com determinadas situações que, mal nos saltam à vista, nos parecem demasiado estapafúrdias para que alguém as possa considerar seriamente. E no entanto...

Pois é, no entanto, contribuindo para que a nossa visão da justiça esteja cada vez mais arredada dos valores que devia defender, assistimos a mais dois episódios do folhetim Isaltino que nos deixam estarrecidos ou, no mínimo, atónitos: depois de, na semana passada, o Ministério Público ter considerado que as decisões dos tribunais já deviam ter sido executadas, eis que justificando, certamente, aquilo que lhe paga o seu constituinte (que não será pouco) o advogado lá conseguiu catar uma falha no processo que poderá fazer com que o presidente da Câmara de Oeiras continue afastado da prisão. 

E pronto! Apesar de não sabermos como vai terminar esta linda história sabemos, pelo menos, que as peripécias dos episódios desta temporada dificilmente serão superadas. Mesmo que contratem os argumentistas de "Prison Break"... Ah, pois, esses é que não fariam mesmo sentido nenhum...

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os juízes sabem ler e escrever ?

por anonimodenome, em 05.10.12
Há +-6 mil anos que a sociedade aprendeu o valor do registo escrito para preservar as experiências passadas e aprendemos com elas muito para além das vivências pessoais.

É sabido que a justiça tudo regista e tem uma memória de elefante.

Morreu a juíza Ana Wiborg que participava no julgamento da Univ Independente e o julgamento que decorria desde maio de 2011 será anulado.
Assim a justiça parece ignorar o valor já gasto, e quer ignorar os registos já produzidos.
Voltam a chamar as mesmas testemunhas, que se lembram ou não do que disseram, ou do que aconteceu, ou do que querem dizer.

Ou talvez não. Os ilícitos estarão prestes a prescrever.
Se a justiça não é para ser feita, porque é que começaram o julgamento ?
Eu não confio neste tipo de regras que sõ serve para lhes manter o emprego.
Vocês farão ideia do quanto terá custado o julgamento da Casa Pia, com a ausência de resultados que se sabe ?

No post anterior um juíz chumbava nas contas e neste mostro que seria benéfico se aprendessem a ler e a escrever, a confiar nos registos.
Valorizar o dinheiro dos contribuintes e serem eficientes é uma miragem.
Nós pagamos, certo?

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Errado!

por Daniel João Santos, em 02.02.12

Valentim Loureiro absolvido no caso da Quinta do Ambrósio. Errado. Foi mas é isaltinado.

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Leve, muito leve...

por Ana Lima, em 20.01.12

É nestas alturas que percebemos a verdadeira relação entre esta pena 

e pena. São palavras homófonas, homógrafas e não só... 
Mesmo assim, e desconhecendo eu as leis com se cosem estes casos, pois o que pode parecer pouco para uns pode ser uma quantia mais que aceitável para outros, ler um título destes é tão raro que só pode ser considerado algo positivo.

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