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Democraticamente falando

por Daniel João Santos, em 12.09.11

O tribunal de polícia de Luanda condenou 17 manifestantes detidos num protesto contra o Governo e o Presidente José Eduardo dos Santos a penas entre 45 dias e três meses de prisão.

 

No fundo, bem lá no fundo, chama-se a isto a lubrificação da democracia.

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VÉNIA DEMOCRÁTICA

por joshua, em 10.03.09

Com as calças na mão e ao cheiro do negócio, todos tecem argumento eufórico.

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JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, A COMOÇÃO

por joshua, em 10.03.09

Pelo aparato que recobre a visita de estado de José Eduardo dos Santos a Portugal, atinge-se o zénite nas manobras de diversão da legislatura e o ápice da estratégia autocelebrativa dos negócios feitos por e para o apparatchik de favorecidos no regime socialista, afinal de contas, negócios, finança e parecerias  über allen dingen. Evidentemente que não se trata de um visitante qualquer. É rico, muito rico. Tem poder. Muito poder. Há protocolos e negócios fabulosos que envolvem os dois estados e, na verdade, está muito em jogo porque a dependência portuguesa é notória e a penetração do investimento angolano em Portugal igualmente significativa, agora que, para o bem e para o óptimo, o ex-colonizado cumpre o desejo de colonizar o colonizador lá, onde mais lhe dói: na necessidade. Por isso mesmo, as preocupações democratizantes e do âmbito dos direitos humanos são residuais e minoritárias, para não dizer inconvenientes, e mesmo o BE opta por uma ausência das cerimónias parlamentares, no fundo um frete ao protocolo, comparado com o que Louçã diz, e bem!, de um regime - o angolano - cheio de defeitos e no mínimo escandaloso para com as populações locais. Uma visita complexa e de gestão emocional difícil, dados os paradoxos envolvidos. A par de Chávez e de Putin, Sócrates tem em José Eduardo dos Santos outro modelo de líder o mais conforme possível às próprias noções rudimentares de democracia que estafadamente vem evidenciando, para mal da vida política e social portuguesa, cada vez menos recomendável.

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