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Acabei de ler o crónica de hoje de Vasco Pulido Valente no jornal o Pasquim. Alguém tem um comprimido contra o enjoo com que fiquei perante tal escrito?
Primeiro a noticia:
Três votos a favor e dois contra. É este o resultado da votação da deliberação do conselho regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre o caso que opõe o PÚBLICO e o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. A ERC concluiu que o ministro não fez “pressões ilícitas” ao jornal ou à jornalista Maria José Oliveira. E que “não se verificou a existência de um condicionamento da liberdade de imprensa”.
Depois o esclarecimento: Os votos que ilibam Relvas vieram dos membros indicados pelo PSD e contra a "limpeza" dos indicados pelo PS.
Resumindo: Se em outros setores existem entidades, organismos e afins, que são extintos por não serem, segundo o executivo, necessários e apenas gastarem dinheiros públicos, não se entende como é que outras entidades não são também extintas. Segundo a ERC nunca se passa nada, na entidade da concorrência idem... Se calhar, bem vistas as coisas, têm mesmo razão de existirem.
"O Público já divulgou qual foi a ameaça que Relvas terá feito. Num telefonema para Leonete Botelho ameaçou divulgar na net que Maria José Oliveira teria uma relação com um político da oposição. A visada nem sequer ouviu a ameaça. A ameaça envolve uma revelação de mais uma relação estreita entre política e jornalismo, pelo que nem sequer é bem vida privada." Para João Miranda, escrito no blasfémias, a relação entre duas pessoas não é privada, mas sim um conjunto de entrevistas. Em momentos mais intimos o que governa é o microfone.
Cortar a relva e remover as ervas daninhas.
O Público está a fazer um trabalho curioso. Durante um ano, o jornal está a acompanhar cinco famílias de diferentes pontos do país: Porto, Coimbra, Cascais, Beja e Faro. Em comum, apenas um ponto. Não é um ponto insignificante, é A Crise.
Um ano na crise retrata em jeito de diário o percurso de sobrevivência destes homens e mulheres a quem sobra Coragem na mesma proporção em que lhes falta o dinheiro que lhes permitiria viver com dignidade. Cinco lições de vida, com muitos exemplos, estratégias e truques que podem ajudar outras famílias a ultrapassar este quadro negro.
E quem sabe, até pode aparecer alguém que os possa ajudar.
Sinceramente, não estou a ver a relevância da noticia do Publico. Há 11 anos, José Sócrates e o governo de então pensou em deixar entrar privados no capital das Aguas de Portugal. A ideia não avançou e nestes seis anos também não. Compara o Jornal Publico uma ideia do PS com um programa eleitoral do PSD.
Não apoio o PS, nem o PSD e nem qualquer partido que esteve representado na Assembleia da Republica, mas o que é demais também chateia. Ao menos que o Publico e outros jornais digam ao que vão, como se faz em outros países.
Numa crónica, hoje na P2 do Jornal Publico, Jorge Mourinha insurge-se contra a excessiva cobertura mediática da Selecção Nacional de Futebol, pelo menos segundo o cronista de televisão:
"É triste, é muito triste, perceber que a peça de abertura do Jornal de Domingo não era sobre a crise económica, nem sobre a crise de Gaza, nem sobre a greve das transportadoras mas sim... sobre o Cristiano Ronaldo."
Criticar a excessiva cobertura da selecção é neste momento moda e não existe ninguém que não o faça. Assim, Jorge Mourinha é no mínimo pouco original. Por isso, compreende-se as linhas dedicadas ao assunto pelo nobre cronista.
No entanto, depois desta frase de abertura, Mourinha desenvolve o tema. Um verdadeiro tratado de lamentações e reclamações, porque nesse dia ligou a televisão na esperança de ver e ouvir desgraças, tendo sido brindado com um tema menos deprimente.
Pessoalmente, eu que sou rústico, mas informado, não me apetece ligar a televisão todos os noticiários e levar com uma hora de desgraças. Tudo bem que devemos estar informados, mas entre isso e atirar-me da varanda por depressão noticiosa, vai sem duvida uma grande diferença.
Caro Mourinha, deixe lá o pessoal de vez em quando se distrair com o opio do povo, beber umas cervejas e discutir a bola. Para depressões e desgraça já temos o resto do ano, principalmente no final do mês.
Vasco Pulido Valente, cronista do jornal Publico entre outras coisas, avança no jornal com uma crónica onde disserta sobre os feriados e os dias que, segundo ele, os portugueses perdem de trabalho.
Em toda a trabalhosa crónica, aposto que terá chegado ao fim dela todo suado, mais ou menos como aqueles que trabalham de sol a sol, Pulido Valente afirma que os portugueses descansam demasiado, uns 2 meses por ano.
Já por aqui escrevi que discordo de tolerâncias de ponto, particularmente a que foi concedida aquando da visita do Papa a Portugal, mas não posso deixar de discordar com a visão estatística do senhor cronista Pulido Valente.
Se existe gente a trabalhar de menos, deveria saber o senhor Vasco, existe gente a trabalhar demais e com remunerações inferiores a quem escreve uma crónica num jornal diário.
O problema é que somar tudo e depois dividir por igual, parece-me uma forma errada de olhar para a realidade do país. Acredite, senhor Vasco Pulido Valente, digo eu, que desta vez sei mesmo bem do que estou a falar.
Na sua habitual coluna de opinião, ao Domingo no Jornal Publico, Vasco Pulido Valente disserta sobre Cavaco Silva e o poder.
A maravilha do seu texto é logo na abertura. Diz Pulido Valente que”o dr. Cavaco ganhou sempre por pouco: tanto as maiorias do PSD como a maioria presidencial”.
Sendo assim, perante tal afirmação, reconheço que tenho uma divergência de dimensões com o senhor Pulido Valente.
Se vencer por maioria absoluta as eleições legislativas e as presidenciais, é considerado por ele ganhar por poucos, então uma verdadeira vitoria teria de ser sem adversários.
Tenho vindo a notar no Jornal Publico uma alteração da linha editorial.
Depois da mudança de director existe algo de diferente nas páginas do diário. Não sei... talvez mais suave, sem o espírito guerreiro de outros tempo, sem chama...
Já é a quarta vez que tento comprar o Jornal i e me dizem que está esgotado, mas têm sempre o Publico. Significativo, não?