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Cavaco Silva está de visita ás Ilhas Selvagens. Depois desta visita, com tanta gente a seguir Cavaco - guias, vigilantes, militares, cientistas, jornalistas aos montes -, será vai sobrar alguma coisa da reserva ecológica?
À medida que se replicam as reuniões entre os três partidos do arco da governação cresce a excitação em todo o país. Visitam-se uns aos outros a um ritmo diário, e isso é suficiente para que a nação acredite na coisa.
Sucedem-se as figuras do Estado a manifestar a sua fé no sucesso da corajosa e ousada iniciativa presidencial, enquanto exibem – também eles - fatias de soberania nacional que guardam nas mãos. Muitas delas nem fazíamos ideia que existissem… As da sociedade civil, daquela que se confunde e mistura com o Estado, não lhe ficam atrás. E rapidamente passaram das manifestações de fé à exigência!
Já não lhes basta declararem-se crentes da coisa. Exigem a coisa, e depressa. Viram costas e, em subliminar tom ameaçador, deixam cair: “Vá lá, entendam-se para aí que a gente espera aqui um bocadinho…”
- “Mas não demorem muito. As Selvagens são já aqui, e o presidente só dorme lá uma noite”!
E pronto, amanhã já haverá acordo para a coisa. Mesmo que ninguém saiba o que é a coisa, nem o que fazer com ela…