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Na perspectiva do Ocidente, auto-proclamado lutador contra o mal fundamentalista, esta guerra tem uma enorme diferença para com outras na região: cheira a gás sarin e não a petróleo.
O comité Nobel aceita devoluções?
ps. Serve a pergunta não para concordar ou discordar da acção que está a ser feita na Líbia, mas sim ironizar sobre a atribuição de um Nobel. Na realidade, Obama está a ser, como se esperava, o Presidente dos Estados Unidos e não a Madre Teresa de Calcutá que alguns desejavam.
O Daniel aqui quer saber para que serve a NATO. Talvez aqui esteja uma primeira ideia para que serve efectivamente !
A homossexualidade militar é um dado desde tempos imemoriais. O único problema é falar e assumir isso. Antes de uma batalha contra os Germanos, as legiões Romanas perderiam todo o moral se, no seu discurso motivacional de guerra, o General assumisse uma já consabida ou sobejamente conhecida virilidade invertida. No plano militar, há coisas que não encaixam lá muito bem: assumir está ali a mais, minha querida e dulcíssima Isabel. Há derrotas piores, mesmo numa sociedade pudibunda como a norte-americana. Beijo.
A Guerra semeada pelos EUA ainda não resolveu de modo claro quaisquer problemas de insurgência islâmica radical, desde o Onze de Setembro. Libertou, sim, novos e mais letais demónios, mais fervorosos e ousados no all the world's a stage em que vivemos e onde o terror e o chamado contra-terror se entretecem num coito estreito e passional. O que é, por exemplo, a ideia imbecil de queimar o Corão comparado com actos ainda mais imbecis e indignos como este: radicais xiitas vestem-se de mulheres para decapitar e incinerar o imã sunita Jabbar Saleh al-Jibouri, na província iraquiana de Diyala. Nesta coisa difusa que opõe curdos, xiitas e sunitas/árabes, tudo serve para consagrar propósitos de correcção cultural e demográfica. Hoje, sobretudo no Iraque. Um dia, em qualquer lugar, se nada se fizer. A Guerra semeada pelos EUA alimentou um tipo de processo de limpeza religiosa e étnica progressiva, entre linhas religiosas rivais nos territórios alvo, ensaiado nos subúrbios de Bagdade, nas cidades do Paquistão e do Afeganistão, deliberado contra ocidentais em missão militar e a quantos de eles obtêm assistência para formar boas estruturas de segurança ainda incipientes nesses territórios. Esperam-nos longas décadas de conflito, desgaste, lógica expansionista islâmica tenaz, usando a arma de chantagem paradoxal dos números que é, no Ocidente, a "democracia" das maiorias: basta percorrer uma cidade de segunda linha inglesa, francesa, alemã, sueca para o choque ser completo. Só há um País lúcido contra um notório expansionismo colonialista cego de matriz islâmica na "Europa": Israel. Com todos os seus defeitos e imoderações retaliatórias, só Israel entende e faz face à regressão valorativa e civilizacional que um paradigma civilizacional islâmico representaria para o Planeta que viu nascer Voltaire, Ghandi e Luther King. Única saída? Onze de sentarmo-nos num diálogo que não suprima nem suplante o outro explodindo com ele ou fazendo da reprodução intensiva de humanos, sob os lassos sistemas de Segurança Social ocidentais permissivos, o ninho de víboras perfeito que, em poucas décadas, nos há-de literalmente submeter.
Só para relembrar o que queremos que seja um acontecimento irrepetível. Pela primeira vez, 65 anos depois da "Little Boy" ter sido lançada, os EUA estiveram lá. O Enola Gay, de facto, nunca deveria ter feito aquele voo. Nem o Bockscar, 3 dias depois.
Via Republica do Cáustico chego a uma importante campanha lançada pelo Ministério da Agricultura:
Está visto que o Ministro da Agricultura sabe que a crise é maior que julgávamos ou então sabe que vamos entrar em guerra.
Caro Rui, o primeiro engano até que se entende, quem não soubesse, o que era o caso, achava que os civis poderiam estar armados. No entanto, deveriam ter estranhado que aqueles "perigosos" homens armados não ligassem para o facto de estarem a ser observados por um helicóptero inimigo. Mais, o segundo ataque a uma carrinha que recolhia corpos é no mínimo bárbaro e covarde.
Nada, absolutamente nada, nem o calor da luta justifica uma ataque daqueles e ainda por cima utilizando balas anti-tanque.
Depois das imagens que o João colocou de um chocante momento cego de guerra, de destruição e de estupidez, retirei o "2711 pela noite" e fui percorrer o passeio direito da blogosfera. Raros, muito raros os que referiram o assunto e nenhum colocou o video.
Seja de que quadrante for, esquerdas ou direitas, as imagens merecem uma clara reprovação. No entanto, existe por ai muita gente mais interessada em escrever 30 textos sobre o sentido arquitectónico de Sócrates.