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Mas

por Eduardo Louro, em 28.06.13

Tenho enorme dificuldade em perceber por que é que as pessoas se não limitam a concordar ou a discordar da greve, a fazer ou não fazer greve, conforme a sua vontade e as suas possibilidades. Por que é que haverão de passar daí? E por que é que ainda acham que têm legitimidade para passar daí?

Se calhar é culpa de um mas que anda por aí: é que a greve é um direito. Inalienável, sagrado, inquestionável... Mas...É deste mas!

Não tem que haver mas. A não ser este: mas não tenho grande dificuldade em perceber que a democracia portuguesa se esteja a transformar numa miragem. Ou numa memória perdida. Que sociedade portuguesa esteja cada vez menos tolerante. Cada vez mais dividida... Cada vez mais próxima da rotura...

 

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A leitura que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 15.11.12

Uma boa leitura para o fim de noite: Os mais violentos, prestes a explodir, são os muitos homens e as mulheres à beira do desespero. Quando essas pessoas pegarem fogo às ruas não o vão fazer com os caixotes do lixo colocados, apesar de tudo, a meio da rua, para as chamas não chegarem aos prédios. Vai tudo a eito. Como faz a polícia.

 

Ler na integra.

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Dia de Greve Geral

por manuel gouveia, em 14.11.12

Greve Geral sem a UGT. A imagem do país que só se move quando sente a faca. Contra mim falo.


Saúdo os que aderiram.

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 26.03.12

O Presidente da República lamentou hoje "profundamente" que dois fotojornalistas tenham sido atingidos durante os "distúrbios" de quinta-feira no Chiado, sublinhando ser importante que se "saiba bem tudo aquilo que aconteceu".

 

O que se passou está bem explicado em imagens e em vídeos, qual é a duvida?

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Mais ou menos

por Daniel João Santos, em 22.03.12

Secretário-geral da CGTP diz que greve é "de todos e para todos". Na realidade e pelas imagens captadas nas manifestações, as bastonadas são de todos e para todos.

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Em dia de greve

por manuel gouveia, em 22.03.12

Hoje, em dia de greve geral, vou ser radical. Vou assumir uma atitude que lance a maior das entropias no sistema.

 

Hoje, vou mesmo trabalhar.

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Greves,grevistas e outros tais...

por Nuno Raimundo, em 25.11.11
Quero que os meus Amigos e Amigas, independentemente de concordarem ou não com as greves, uma coisa podem ter em mente.
Quem a faz é duplamente prejudicado. Prejudicado porque perde um dia de salário que tanta falta faz nos dias de hoje, bem como hipoteca a sua carreira, porque geralmente quem luta pelos seus direitos e deveres , nunca fica bem visto. Por isso quem faz greve , não a faz de livre nem com boa vontade. Fa-la porque sente que é a última forma de lutar. Nunca se podem esquecer disso.
Se hoje em dia vivemos como vivemos, ou temos os direitos sociais que temos, são a consequencia das lutas de outrora. Nada foi dado aos trabalhadores de "borla", o que hoje têm e usufruem em matéria legislativa e condições de trabalho, foi feito através da luta e suor de gerações anteriores. O Patronato não dá nada de "borla". Para se ter algo, se teve de prescindir de outra coisa.
Com isto concluo o raciocinio, fazer uma greve, não é o mesmo que fazer um "walk in a park". Todos saiem prejudicados! 
Mas, tanto direito tem aquele que a faz, como aquele que não a quer fazer. 
A Liberdade é isso mesmo. O único senão, é que quem não faz greve, tb irá obter os mesmos ganhos que os outros, sem as percas que eles tiveram.
 Mas estão no direito de não a fazer e ninguém os pode criticar por isso nem os pode contrariar. Eu defendo o direito à greve, não a obrigação de a fazer. Cada um é dono da sua consciencia.

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 24.11.11

Pedro Passos Coelho considera que é hora de trabalhar e não de protestar. Quero isso dizer que só devemos protestar quando tudo está bem?

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Um ligeiro acordar

por Daniel João Santos, em 24.11.11

Ficamos asaber que afinal os cidadãos não estão todos a dormir.

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Um texto que gostaria de ter sido eu a escrever [1]

por Daniel João Santos, em 23.11.11

Há assuntos sobre os quais devíamos conseguir entendermo-nos em definitivo para não sermos obrigados a repetir argumentos estafados sempre que a situação se repete. As greves provocam incómodos e, em geral, revelam-se inúteis. Tudo certo. Mas, nada incomoda mais do que os comentários que procuram sublinhar o incómodo e a inutilidade das greves. Estas são um direito que tem como único critério a vontade dos trabalhadores. É assim que as devemos encarar. Numa sociedade adulta, respeita-se sem adversativas o direito à greve e o correspondente direito à não greve. Depois, fazem greve os que entendem fazer, sofrem-nas os que devem sofrer e tiram-se as conclusões pertinentes. São os custos de viver em sociedade. Convenhamos, há por aí outros bem piores. Nunca fiz greve, nem tenciono fazer nos próximos tempos. Mas, no dia em que decidir fazer, não aceitarei que condicionem o meu direito a partir de um critério de utilidade ou do incómodo que pode causar. Da mesma maneira, não aceito que esse seja o critério a aplicar aos que entendem fazer greve no presente. Se virmos bem, muitas vezes as próprias eleições não servem para grande coisa e implicam custos elevados. Todavia, não tenciono prescindir do direito de votar por tais motivos, ainda que um dia, a propósito de um acto eleitoral concreto, decida abster-me. Aliás, numa análise de âmbito mais amplo sobre o mundo do trabalho, não me parece que o incumprimento das obrigações se situe, sobretudo, do lado dos trabalhadores. Mas, nos casos em que tal possa acontecer, é precisamente no campo da violação das obrigações, e não no da limitação explícita ou implícita do direito à greve, que se deve actuar. Num momento em que vivemos perdidos no relativismo, é importante valorizar a existência de direitos inquestionáveis, ainda que discordemos do momento, da forma ou das razões de quem os exerce. Até porque, mais cedo ou mais tarde, é muito possível que tenhamos necessidade de os exercer também. E é bom que, nessa altura, os encontraremos ainda assim. Intocáveis e imunes a critérios de conveniência arbitrados por terceiros.

 

Rui Rocha - Delito de opinião

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