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Croquete e batatinha

por João António, em 10.12.11

A outra sessão governamental – a do lançamento da primeira pedra – foi presidida pelo próprio José Sócrates e serviu para “abrilhantar” os 100 dias de governo. As duas acções de “comunicação política”, juntas, custaram aos cofres do Estado quase 75 mil euros. Os valores estão discriminados no relatório de Setembro do Turismo de Portugal, a que o i teve acesso.

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TGV em alta velocidade

por João António, em 03.05.11

Gostaria que alguém do 2711 me conseguisse explicar o facto de terem sido suspensas as obras do TGV, e hoje termos presenciado em alguns serviços noticiosos o facto das mesmas estarem a decorrer a um ritmo acelerado. Mais uma vez confirmamos que vivemos num pais de contradições e de mentira constante nas mais diferentes áreas !

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Ovos de Páscoa

por João António, em 23.04.11

 

O defice voltou a ser revisto em alta... claro que a culpa é da oposição .

Défice de 2010 revisto em alta para 9,1 por cento do PIB.

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Patriotismos

por João António, em 20.04.11

Já todos devíamos saber que não se deve questionar quem nos levou a recorrer ao FMI , perdão FEEF.

Já que estamos todos de tanga, nada melhor que proibir o seu uso pelos mais novos ... assim não aprendem a ser anti-patriotas .



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Congresso do "Yes Minister"

por João António, em 10.04.11

Nem todos os ministros das finanças têm medo de dizer o que nós todos sabemos. A culpa não é da oposição, é sim de um governante e um governo que desprezou o seu povo !

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A lucidez

por João António, em 07.04.11

Precisa-se de matéria prima para construir um País
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !

 

Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007)
teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos!


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Falta de imaginação

por Zélia Parreira, em 03.04.11

A 23 de março escrevi aqui isto. Era uma piada, achei que estava a inventar. Mas devia ter-me lembrado que não costumo ter muita imaginação, e as notícias que agora vêm a público confirmam isso mesmo.

 

Entre 22 e 23 de março, o Governo fez 156 nomeações - 85 novos membros e 71 promoções. Grande parte destes nomeados serão demitidos após as eleições de 5 de Junho, mas até lá, são 3 meses a ganhar uns trocos. É o ordenado para andarem em campanha...

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E, principalmente, estão todos fartos de o ouvir.

por Zélia Parreira, em 29.03.11

O Parlamento cancelou hoje o debate quinzenal com o primeiro-ministro, previsto para a próxima sexta-feira. Na iminência de uma dissolução da Assembleia da República (AR), os vários partidos foram unânimes na opinião de que já não faz sentido realizar esta discussão.

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Timing

por Zélia Parreira, em 23.03.11

São 20h51. Há quase meia hora que os canais de televisão anunciam que Sócrates falou durante 21 minutos com Cavaco Silva e que se prepara para falar ao país. As câmaras filmam insistentemente uma porta atrás da qual Sócrates aguardará pelas anunciadas 21h00, para falar aos portugueses.

As televisões enchem chouriços, com as habituais questões que dão aos autoproclamados analistas políticos a oportunidade de demonstrarem a sua inteligência. Às 20h57, os rodapés sofrem alteração: Presidente da República anuncia pedido de demissão do Primeiro-Ministro. Ah! Quem diria… É que ninguém adivinhava uma coisa destas!

Finalmente, às 21h01 (um minuto de atraso serve para marcar posição) Sócrates faz a sua aparição na já famosa porta. Com ar grave, anuncia ao país que pediu a demissão.

Era só isso? E precisas do teleponto para nos dizeres uma coisa dessas? O Cavaco já nos tinha contado, não devias contar segredos àquele tipo, pá!

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Miopia politica

por João António, em 21.01.11

Parece que a maioria da população deveria passar pelo oftalmologista, claro que os meninos do costume têm uma boa visão.

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