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E lá vai mais uma semana...

por Eduardo Louro, em 23.11.15

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As questões que Cavaco decidiu colocar a António Costa sobre os "documentos" "distintos e assimétricos", não passam de mais um episódio da sua obstinação de encanar a perna à rã.

São o que são, e merecem a resposta que têm. Nenhuma!

E servem apenas para confirmar aquilo que há muito aqui tinha sido dito: não podendo fazer nada para impedir a posse deste governo, Cavaco aposta em, primeiro, fritá-lo em lume (pouco) brando. No seu desígnio de lhe minar o futuro...

 

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Cada fisgada cada melro

por Eduardo Louro, em 18.11.15

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Quando - vai para trinta anos - a troco de um prato de lentilhas, Cavaco mandou destruir a frota pesqueira nacional, não estava a cometer um crime contra a economia nacional. Estava apenas a revelar uma rara visão de longo prazo, só ao alcance dos eleitos, de homens providenciais. Dos verdadeiros visionários!

Demoramos anos - quase trinta, vejam bem o avanço que nos dá -  a percebê-lo. Perdão, demorou anos a explicar-nos, mas finalmente explicou-o hoje, em plena Pérola do Atlântico, onde cumpria a sua missão de encanar a perna à rã, agora na fase a que pomposamente chamou Roteiro para uma Economia Dinâmica. Um Roteiro que se esgotou nas inaugurações de um centro de design, uma adega e um hotel. E numa visita a uma empresa de piscicultura.

Aí está. Quer dizer, foi aí. Justamente aí, que Cavaco explicou a revelação que o futuro lhe fizera há quase trinta anos atrás. A única forma - revelou hoje - de Portugal, enquanto grande consumidor de peixe, resolver o problema das suas contas externas é " produzir peixe nestas quintas de peixe, fish farms como os ingleses lhe chamam"!

Gostando os portugueses, como gostam, do seu peixinho para que é que o país queria uma frota pesqueira?

Para pescar, responderia o comum dos mortais. Para pescar o peixe de que os portugueses tanto gostam. Para nada, respondeu há trinta anos Cavaco. É que não só não são preciso barcos para apanhar o peixe na farm - talvez fisgas bastem - como essa é a ùnica forma de, por força dessa mania de comermos peixe acima das nossas possibilidades, resolver o problema das nossas contas externas.

E, com os cofres cheios e o problema das contas externas resolvido, qual crise, qual carapuça?

Cada tiro - perdão: cada fisgada - cada melro!

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Já não há paciência...

por Eduardo Louro, em 17.11.15

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Cavaco, pelos vistos divertidíssimo, continua a brincar com coisas sérias, dando sinais de irresponsabilidade pouco apropriados à função que ocupa no topo da hierarquia do Estado.

Entretidíssimo a encanar a perna a rã, e sem noção do ridículo a que se expõe, vem dizer que ele próprio esteve em gestão durante cinco meses. Percebe-se a intenção: se eu – ele, evidentemente – que sou eu, estive em gestão…

Não admira, sabe-se que se tem em boa conta. Nós, é que não. Já não conseguimos tê-lo em grande conta. Para encanar a perna á rã já não lhe bastava ir para a Madeira. Nem dizer que ainda lhe falta ouvir muita gente, para "recolher o máximo de informação junto daqueles que conhecem bem a realidade social, económica e financeira" do país. Faltava-lhe ainda comparar as circunstâncias de um governo em gestão, em 1987, entre Abril e Agosto – também não são exactamente cinco meses, como 2009 também não é 2011, mas a isso já nem ligamos – a meio da legislatura e no meio do ano, com o orçamento aprovado e em execução, com as da actualidade: com o país acabadinho de sair de eleições, às portas do fim do ano, sem orçamento e com as cadeiras donde a gente da troika levantou o rabo ainda quentes.

Alguém que lhe diga que já não há paciência…Que já não é um presidente - é uma afronta!

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Encanar a perna à rã

por Eduardo Louro, em 10.11.15

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Chama-se a isto encanar a perna á rã. Não bastou que, na hora de marcar a data das eleições, não se tivesse preocupado minimamente com o orçamento, mas apenas com os seus interesses eleitorais. Ou os dos seus... Não bastou que no o actual quadro político tenha já queimado um mês. É ainda preciso ouvir sabe-se lá quem e sabe-se lá para quê...

O actual Presidente da República é muito selectivo na urgência e na necesssidade do Orçamento. Agora não tem pressa nenhuma, nem que de Bruxelas clamem por um papelito que seja, mas nem sempre foi assim. Houve tempos de muita pressa, em que não se podia perder tempo com minudências. Prescindiu sempre de exercer o dever de fiscalizar as sucessivas inconstitucionalidades nos sucessivos orçamentos de Passos e Portas, para não perder tempo. Para que o país não corresse nunca o risco de ficar sem orçamento... 

 

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Adivinhações

por Eduardo Louro, em 23.10.15

 

Ainda em ressaca do mais lamentável discurso alguma vez ouvido a  um chefe de Estado democraticamente eleito, que doravante deve ilustrar tudo o que um Presidente da República não pode ser nem representar, dei comigo a pensar quem é que Passos e Portas conseguirão recrutar para o novo governo.

Sabe-se que para, além de ambos, se manteria a Maria Luís. E que os do CDS, à excepção do Pires de Lima, seriam também para manter, até porque o resto do pessoal já está todo empregado, pelas notícias que se têm visto no Diàrio da República. O da lambreta tratou disso tudo, e deixa perceber que se manterá, no governo e na pasta. A Cristas deverá mudar de pasta, mas permance de pedra e cal no governo preso por arames.

O problema é que para o poder de sedução que Cavaco pede ao novo governo é preciso gente nova e.... sedutora. Estava a imaginar por aí uns figurões disponíveis a fazer uma perninha para a fotografia: aquilo era só um instante, era mesmo só pousar para a fotografia. Depois, logo a seguir, voltariam aos seus gabinetes de advogados... Aos conselhos de administração seria mais difícil, por isso por aí o campo de recrutamento seria sempre mais limitado. Mas a ameaça que Cavaco deixou, de manter o governo mesmo que chumbado na Assembleia da República, baralha-lhes as contas.

Contas podemos nós fazer. Basta esperar pelos nomes: se lá estiverem alguns dos mais sonantes - a sério, não é dos da treta - é certo que o passo seguinte não será manter o governo em gestão!

 

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Conversa fiada

por Eduardo Louro, em 20.10.15

 

Ah e tal ... a confiança. E a NATO, e tal... E a Europa... O horror, o drama... E os mercados, e tal. As taxas de juro, isso é que vai ser...

Das duas, uma: ou anda aí aldrabice a mais, ou toda a gente está convencida que o Costa vai casar com o Passos, com Portas a levar as alianças!

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Estará a Alemanha ingovernável?

por Eduardo Louro, em 04.11.13

Quase mês e meio depois das eleições a Alemanha continua sem governo. Há semanas que a próxima é sempre a decisiva...

Ai se isto fosse em Itália... O que é que a imprensa internacional não diria?

Mas não é. É na Alemanha. E é Merkel... O respeitinho é uma coisa muito bonita...

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