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Um esqueleto chamado défice

por Eduardo Louro, em 11.12.15

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Ontem, Cavaco dizia que estávamos no caminho certo, com tudo a correr às mil maravilhas. É só manter o rumo, e deixar seguir em piloto automático... 

Hoje, no fim da reunião do Conselho de Ministros, o ministro das Finanças anunciou que "são necessárias medidas adicionais para cumprir a meta do défice". Que, como se sabe, tem que ficar abaixo dos 3%. Quando o governo anterior a tinha fixado em 2,7%, jurando sempre a pés juntos que esse objectivo nunca estaria em causa.

Se não estava, ficou. E é já o maior e o mais aterrador dos esqueletos que Portas, Passos e Maria Luís deixaram escondidos no armário. 

Na verdade não é nada de surpreendente. Nunca, em nehum dos cinco orçamentos que apresentou, aquela gente conseguiu cumprir o objectivo do défice. E dos outros nem é bom lembrarmo-nos...

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 24.09.13

O PSD considerou hoje que os dados da execução orçamental de agosto revelam que "a despesa pública está controlada" e que será possível cumprir as metas com que o país se comprometeu.

 

E para o ano sem os 30 por cento a mais de IRS, como vão fazer?

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 18.09.13

"Adiar a consolidação orçamental aumenta a pressão sobre a dívida pública - porque o excesso de défice tem de ser financiado e porque mais financiamento implica mais juros" - Maria Luís Albuquerque, Ministra das Finanças.

 

Como sou leigo na matéria, deixo apenas uma pergunta: Mais consolidação (austeridade) não significa atrofiar ainda mais a economia, menos receita e mais défice?

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Acabou o Verão. Voltemos à realidade!

por Eduardo Louro, em 13.09.13

Admito que já nem todos se lembrem, mas o grande objectivo do governo e a bandeira de Vítor Gaspar, o regresso aos mercados, estava marcado para 23 de Setembro. Bem sei que não é na próxima segunda feira, é na outra!

Falta uma semana, e em vez de vermos os mercados a fervilhar de expectativa à nossa espera, ansiosos por nos receberem de braços abertos, vemo-los de costas viradas, lá muito longe, afastados como há muito não víamos. É exactamente isso que quer dizer a taxa de juro já bem acima dos 7% nos mercados secundários, ao nível do pior de 2011, quando o resgate era inevitável!

Quer isto dizer que, ao contrário do que vinha sendo apregoado pela máquina de propaganda ao serviço do governo, o país não recuperou confiança nenhuma. Os credores não acreditam que Portugal possa alguma vez pagar o que deve, e não há regresso nenhum aos mercados. Nem na data marcada por Passos e Gaspar nem em qualquer outra!

Porque, como sempre se disse, o programa da troika não batia certo e, no que batia, não foi executado. Veja-se a paradigmática reforma do Estado: absolutamente indispensável (reforma administrativa, reforma da justiça, desburocratização, eliminação de serviços duplicados e triplicados, reforma da administração local, reforma do sistema eleitoral, etc.) foi transformada numa mal amanhada junção de umas freguesias e no corte cego funcionários públicos.

E, por isso, como Vítor Gaspar enunciou sem rodeios na sua carta de demissão que quis tornar pública, tudo falhou.

Os objectivos de controlo do défice falharam sucessivamente, como irão continuar a falhar. Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque andaram toda a semana, em Bruxelas e em Washington, a tentar convencer a troika a mais uma flexibilização (de 4 para 4,5%). Sem êxito, ao que parece, mas também sem convicção, com a ministra das finanças já hoje a garantir que a meta estabelecida é para cumprir, que não há pedido nenhum de flexibilização, em conformidade com o seu chefe natural e em confrontação aberta com o chefe que lhe foi imposto. Bonito!

A dívida, que a máquina de propaganda do governo diz ser para pagar e estar a ser paga, não parou de subir e já passa dos 130% do PIB. Impagável, como toda a gente sabe. Se antes se falava da renegociação da dívida como condição sine qua non para o sucesso da recuperação económica e financeira do país, hoje já não há economista sério que não tenha que dizer que sem perdão de dívida, sem hair cut, não há recuperação possível.

É por isto que ninguém já acredita no chamado programa de ajustamento.  Mas, para Maria Luís Albuquerque, não é por nada disto. 

É pelo Tribunal Constitucional. Exactamente em conformidade com o seu chefe natural e, mais uma vez, em confrontação com o chefe imposto!

Dramático. Por cá ninguém põe ordem nisto: não há oposição, Seguro é cada vez mais uma anedota e Cavaco auto mutilou-se. E a União Europeia continua congelada pelo frio do norte, imobilizada, como se nada percebesse do que se está a passar, como se voltou a ver hoje na reunião do eurogrupo. Ou irresponsavelmente na lua, na pessoa do seu suposto responsável máximo...

 

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 27.05.13

Se este caminho de austeridade, de carregar nos mesmos, é o certo, porque razão falam "eles" da flexibilização das metas do défice?

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Coisas de hoje ... e de todos os dias!

por Eduardo Louro, em 21.05.13

Não se percebe bem como, mas parece que é verdade: três anos depois, Portugal abandonou o clube da bancarrota.

A gente vê estas coisas e fica a achar que cada vez percebe menos disto...

O Presidente confirma a convocatória do Conselho de Estado oportunamente feita por  Marques Mendes, e anuncia que é para discutir o pós troika: agora já nem há que discutir. Foram sete horas de reunião - apenas duas para o Dr Soares que, naquela idade, tem de ir cedo para a cama - que, pela ausência de conclusões, deverão ter sido passadas a perceber como o Benfica perdeu o campeonato. Ou a arbitragem do jogo do Porto com o Paços ... 

A dívida não pára de subir, e a Alemanha empurra-nos com toda a força para os mercados - quer é ver-se livre de nós - onde iremos de bater de frente com taxas de juro insuportáveis, para que para eles sejam negativas. O défice é cada vez maior, o que significa mais dívida para cima da dívida. A recessão e o desemprego seguem em via verde, fazendo que mesmo a mesma dívida seja ainda mais dívida.

Mas já é uma dívida sem risco. Está bem: quase sem risco... Estamos ali ombro a ombro com o Iraque, um rival de peso, como se percebe...

 

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Para o fundo e mais além

por Daniel João Santos, em 13.11.12

“Quando um país permanece endividado, tem de haver austeridade. Não há outra forma de superar a crise” - Pedro Passos Coelho.

 

Evidentemente que sim. Só com austeridade é que se cumpre a meta do défice. No final deste ano vamos ter um défice, conforme acertado com a Troika de 5 por cento... pois.

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Da série "Frases que fazem tremer milhões"

por Daniel João Santos, em 29.10.11

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assinalou que, "no dia em que tiver que pagar a factura" dos "erros", o Estado "tem sempre que ir aos impostos dos cidadãos".

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Vão em paz e o Jardim os acompanhe #4

por Daniel João Santos, em 16.09.11

"O que se passou desde 2004 na Madeira é uma irregularidade grave, que não tem compreensão (...) O Governo foi ontem informado pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Banco de Portugal de que, relativamente à Madeira, tinham ocorrido falhas, irregularidades graves, na ausência de comunicação para efeitos quer de défice excessivo, [quer] de acordos de renegociação de dívida que ocorreram desde 2004", Pedro Passos Coelho.

 

Por uma vez, com a esperança remota que Jardim finalmente seja chamado a prestar contas pelo seu não governo, apreciei as palavras do nosso PM.

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O 2711 desmente Passos Coelho

por Daniel João Santos, em 13.07.11

O 2711 está em condições de avançar que não existe qualquer desvio colossal. Há vários anos que não nos desviamos do caminho do buraco

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