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Criança

por Eduardo Louro, em 05.11.13

Diz-se que todos temos uma criança dentro de nós. Uns mais vezes que outros, não conseguimos deixar de soltar a criança que os anos nunca nos fizeram largar. Os psicólogos explicarão isto muito bem; eu, certamente que não. Limito-me por isso a dizer que isso é normal e até saudável, e que não é isso que faz de nós mais ou menos adultos, mais ou menos responsáveis.

O que nos distingue uns dos outros é a oportunidade em que deixamos que isso aconteça. É o momento que cada um escolhe para soltar a criança que tem lá dentro, e a frequência com que o faz, que revela a maturidade e o sentido de responsabilidade de cada um e que, em última análise, projecta a sua respeitabilidade e a sua credibilidade.

Sabemos que há adultos que nunca cresceram – e não me refiro, evidentemente, aos casos de patologia física ou psíquica - que são eternamente crianças. Não dão descanso à criança que têm lá dentro, de tal maneira que nunca recolhe, está sempre cá fora.

Não dão tréguas à traquinice, e passam todo o tempo em brincadeiras e jogos e joguetes tão mais sofisticados quanto mais desenvolvida seja a mente adulta prisioneira e refém da criança que deixam permanentemente à solta.

Quando pensamos nisto lembramo-nos imediatamente de dois nomes. Aí estão eles já na sua cabeça, amigo(a) leitor(a). Exactamente: Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Portas!

São pessoas divertidas, às vezes mesmo entusiasmantes, que quase conseguem que os levemos a sério. No entanto, pensando bem, ninguém lhe compraria um carro usado…

Marcelo Rebelo de Sousa, que nunca chegou ao poder – tentou a Câmara Municipal de Lisboa, mas na altura Jorge Sampaio não lho permitiu e, depois, quando Cristo veio à terra para lhe entregar a liderança do seu partido, com o pote ali tão à mão, foi curiosamente uma traquinice do menino Portas que lhe tirou o pão da boca para o colocar na de Durão Barroso – já só pensa nas presidenciais que já se começam a avistar. Ainda não deverá ser desta, mas a televisão faz presidentes…

Paulo Portas, mesmo sem nunca atingir grande expressão eleitoral – quer dizer, mesmo sem nunca ter conseguido vender o carro – já por duas vezes, mercê da nossa geografia eleitoral, chegou ao poder. Chegou ao quarto dos brinquedos de sonho e conseguiu mesmo, desta vez, depois de uma mistura de brincadeiras e joguetes com algumas birras pelo meio, apoderar-se sozinho de tudo o que era brinquedo.

E é vê-lo brincar. Brincar perdidamente… Dá gosto, só de ver. Brincou como se não houvesse amanhã com todos nós com o tal Guião da Reforma do Estado. Quando pensávamos que estaria exausto, cansado de tanta brincadeira, ei-lo de partida para a China para dar pessoalmente aos donos da EDP os esclarecimentos que eles tinham pedido por carta, explicando-lhes que aquilo do novo imposto sobre a energia (que os Catrogas e os Mexias nos farão a nós pagar) não é nada, comparado com o que ganharão com a redução do IRC. Para disfarçar a brincadeira, para que se não pensasse que só tinha ido dar explicações aos homens da Three Gorges, agendou mais umas brincadeiras para Macau. A uma delas chegou com duas horas de atraso, coisa que, pese a sua mítica paciência, os chineses tomam por ofensa e falta de consideração. Foram embora antes que Portas chegasse e, como se nada fosse, sem desculpas a pedir a ninguém, começasse a ler para uma plateia de portugueses um discurso destinado a empresários chineses. Que já lá não estavam, sem paciência para o aturar!

 

 

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As coisas na Rua Sésamo estão a perder a graça. Então não é que o "nosso" monstro das bolachas se transformou em monstro das frutas e legumes?

Esta notícia deixou-me cheia de vontade de comer um pacote inteiro de bolachas...

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Sem consola nem consolo

por Ana Lima, em 24.04.12

É muito fácil fazer este trocadilho. Já não é tão fácil compreender esta situação. Claro que haverá explicações. Mas como crescerá esta criança sabendo que foi protagonista de uma história tão trágica?

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E os vossos filhos?

por Zélia Parreira, em 05.03.12

Top 10 das coisas que os miúdos de 5 a 13 anos não conseguem fazer hoje em dia:

1 - Reconhecer três tipos de borboletas (91%)
2 - Reparar um furo (87%)
3 - Fazer um nó (83%)
4 - Ler um mapa (81%)
5 - Montar uma tenda (78.5%)
6 - Fazer um fogo (78%)
7 - Reconhecer um melro, um pardal ou um pisco-de-peito-ruivo (71%)
8 - Fazer papel-machê (72%)
9 - Fazer uma chávena de chá (65%)
10 - Fazer uma toca (63%)

Em contrapartida, dez coisas que as crianças de 5 a 13 anos conseguem fazer sem problemas:

1 - Operar um leitor de DVDs (67%)
2 - Fazer login na Internet (5%)
3 - Jogar videojogos numa consola (Wii, Xbox ou semelhante) (50%)
4 - Fazer um telefonema (46%)
5 - Jogar numa consola portátil (Nintendo DSi, PSP ou semelhante) (45%)
6 - Usar um iPhone ou smartphone (42%)
7 - Trabalhar no Sky Plus (41%)
8 - Enviar uma SMS (38%) (Só????)
9 - Procurar vídeos no Youtube (37%)
10 - Usar um iPad ou tablet (31%)

 

 

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Passos vaiado

por Cristina Torrão, em 15.12.11

Pedro Passos Coelho foi apupado e insultado, à entrada e à saída do Centro Cultural Gerardo Rueda, em Matosinhos.

 

Gente, as imagens do Telejornal de ontem incomodaram-me! Tive pena!

Do Passos Coelho? Não! Da criança! Vi uma mulher fora de si, a protestar e a enfrentar a polícia, com uma criança, que devia ter um ano, ao colo. A criança pareceu-me assustada.

 

Apeteceu-me dar um par de tabefes à mulher. Há gente que não tem consciência nenhuma!

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Onde moram os estranhos?

por julieta-ferreira, em 06.09.11
Depois de tanto ouvir falar dos estranhos e das repisadas advertências para estar de sobreaviso e se afastar deles, a criança indagou: “Onde moram os estranhos?” A resposta seria vaga ou nula, como quase sempre que o adulto fala com a criança. Tanta sabedoria e experiência derrubadas de uma assentada, qual pirâmide de blocos que oscila ao mais pequeno sopro. O adulto não quer perder tempo a pensar. E a criança, na sua ingenuidade incomodativa, continuou: “Quem são os estranhos?” Sem ter aprendido ainda as regras das conversas dos adultos, insiste em saber se o pai do menino que vive no segundo andar é um estranho. É que a criança nunca o tinha visto e não sabia onde ele morava. O adulto fez um trejeito de enfado e apressou-se a desviar a atenção da criança para os brinquedos abandonados no meio da sala. O adulto não tem tempo para explicações. Mais tarde, no jardim, o adulto diz à criança para não falar com aqueles que não conhece. A criança olha em volta tristonho porque não conhece ninguém. Decide aí que jamais irá ser um estranho.

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Lava mais branco

por João António, em 05.09.10

Alguém me é capaz de explicar o porquê de alguns órgãos de comunicação social parecerem estar a branquear um crime horrendo e provado em tribunal ? Somos ou não um estado de direito ?!

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Criança sofre

por João António, em 08.08.10

Para quando uma campanha, para explicar aos pais que uma criança não é um qualquer bibelot ?! Uma criança é um ser humano a quem devemos  dar tempo para brincar, pular, saltar, gritar e o nosso tempo para a acompanhar e que não tem botão on/off !?!

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Se a moda pega...

por Nuno Raimundo, em 15.12.09
Sim se ela pega, os empregados bancários teem de se preocupar... Então não é que uma escola usou os seus alunos para vender/promover produtos bancários .
E isto não é considerado trabalho infantil?
E os sindicatos do setor bancário nada dizem?!
Anda tudo calado?

 

É obvio que o Ministério da Educação só podia ter uma atitude, a suspensão imediata de tal campanhã e levantar um inquérito sobre o assunto; mas nada que já não fosse esperado por quem teve a ignóbil ideia de por os putos a trabalhar.

Mas como tentar não custo e os tugas costumam ser cegos nestas andanças, então lá vai disto... Né!?

 

 

Sei é que a poucos e poucos se tenta alterar a forma como encaramos a banca e os seus serviços...

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