Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



As guerras n'A Bola

por Ana Lima, em 13.11.10

Ainda não percebi bem esta história. Certo é que, em matéria de crónicas, o FCP, tal como na Liga, vai ficar nitidamente destacado. Mas, cá para mim, o jornal "A Bola" tem mais a perder com o fim das crónicas dos dois adeptos do Benfica e do Sporting do que com a má época do glorioso (que não tem permitido primeiras páginas mais animadas).

A propósito (e apesar da má qualidade da imagem...):

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

2711 é aço. Duro de roer. Fácil de ler. Importante conhecer. É um blogue que é apresentado por gente de bem, normal, sem subterfúgios e sem o rei na barriga. A normalidade é tão vistosa que passou a constituir uma anormalidade na blogosfera que se autodenomina elitista, intelectual, sobranceira, arrogante e por que não dizê-lo, fedorenta.

Na outra blogosfera, a simpática, directa, realista, culta, solidária, situa-se o 2711 a festejar o seu primeiro aniversário com todo o mérito e com a minha elevada consideração e leitura atenta. Bem-hajam e que a equipa se mantenha como aço.

 

João Severino - Pau para toda a obra    

(Colaboração para o 1º aniversário do 2711)

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de Opinião

por 2711, em 15.10.09

Outra gamela

 

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)


 No passado Domingo os portugueses foram às urnas eleger 2078 vereadores municipais, 308 dos quais presidentes de Câmara, 4260 presidentes de junta de freguesia e mais uns milhares de deputados municipais e vogais em assembleias de freguesia.

Comparando os resultados com 2005 verificamos que a abstenção passou de 39,02% para 40,99%. Todos já ouvimos certamente falar em eleitores fantasma, pessoas que já faleceram ou saíram do território nacional, só assim se compreende que estejam inscritos nos cadernos eleitorais 9.376.408 eleitores, em 2005 eram apenas 8.840.223 cidadãos maiores de 18 anos.

Fico com a sensação que este número está algo sobrevalorizado, o que acaba por ser do interesse dos partidos políticos, que conseguem colocar mais uns boys na gamela.

Para se perceber do que falo convém espreitar a legislação aplicável às competências  e regime jurídico de funcionamento dos órgãos dos municípios e freguesias.

Admitindo que o número seja de apenas 5%, é graças à existência de eleitores fantasma que vários municípios atingem o patamar de 100 mil eleitores, basta olhar os exemplos de Barcelos com 105.829 eleitores inscritos, Maia 104.696, Vila Franca de Xira 105.182 ou Setúbal 100.371 para se perceber do que falo. No patamar de 50 mil eleitores a lista que podem aqui pesquisar, é bem mais numerosa.

Interessante seria fazer depender o número de adjuntos e secretários a contratar pelos municípios dos total de votantes em vez dos eleitores, o que obrigaria a classe política no seu conjunto a melhorar a qualidade da Democracia.

 

António de Almeida - Colaboração para o 2711

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de Opinião

por 2711, em 13.10.09

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

O meu balanço eleitoral:

 

- Livrei-me do assédio do taxista lá da terra que cisma que não morre sem ser presidente da Junta (e vão três tentativas);

 

- Ainda não foi desta que posso emergir na qualidade de adjunto ou assessor (levamos mais uma banhada para a Câmara Municipal);

 

- Não me posso esquecer de cobrar a assessoria ao presidente da Junta reeleito sob a forma duma malga de verde tinto, salpicão e reposição das passadeiras na minha rua.

 

- E na lista das coisas a fazer ainda tenho “saber quem é o camarada da freguesia do Daniel a ver se lhe meto uma cunha para ele tapar o buraco (da rua) do Daniel".

 

Ferreira Pinto - Colaboração para o 2711

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de Opinião

por 2711, em 10.10.09

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

Pobres e bem agradecidos

 

Poucas são as vozes, que contra o politicamente correcto e contra a ideologia dominante, se atrevem a questionar e a criticar o "Rendimento mínimo" Nem toda a gente tem a coragem de desmontar do "Estado-Social" que está a ser construído pelos socialistas em Portugal. É cada vez mais impopular fazê-lo porque o número de dependentes é cada vez maior.
O "Estado-Social" promovido pelo partido do Governo assenta numa visão assistencialista e pouco responsabilizante. O objectivo é muito simples: votos. Os socialistas sabem perfeitamente que quanto mais coisas derem à pessoas, mais votos têm. E também sabem que quem controla os subsídios, controla os votos. Este é um dos grandes princípios do PS.
O outro está em curso nas escolas: nivelar por baixo, desresponsabilizar, infantilizar, facilitar. Só assim se consegue formar uma massa de gente acrítica que permita aos socialistas a manutenção do poder. O objectivo é apenas esse. Para isso, não hesitam em queimar uma geração inteira na escola e em criar um país de necessitados.
Pobres, ignorantes e bem agradecidos.

 

Levy - Colaboração para o 2711

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de Opinião

por 2711, em 03.10.09
(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

Depois dos votos o mesmo 

 

Votei. Cumpri com o dever. Exerci o direito. E daí?

 

Daí nada!

 

Foi um denominado voto útil? Parece que sim. E como me enjoa a questão do “voto útil”. Há votos inúteis porventura? Inúteis são os votos que não se usam, que se desperdiçam no marasmo da preguiça democrática. Mas adiante.

 

Agora temos o Presidente de candeias às avessas com o reeleito Primeiro-Ministro; uma oposição fragmentada (do mal o menos e ainda bem); um Governo numa posição pouco confortável e uma crise monumental às costas. Aguardo cenas escaldantes de próximos capítulos cheios de adrenalina. Sempre quero ver como o Engº. Sócrates se vai entender num Parlamento pouco cooperante. Por outras palavras, onde é que a corda vai partir? Quando? Espero em ansiedade política o que é que Portas vai fazer com os 10.5% que lhe demos, nós os inteligentes do regime, que estamos fartos de absolutismos, cansados de centralismos sem nexo e que, entre vários males (e descontando as Esquerdas ultra e passadista), preferimos um terreiro político no qual o único caminho passa por forçar negociações e baixar a crista do poder estabelecido.

 

Não é que eu acredite em mudanças. Não é que eu confie na classe governante. Não é que eu me encontre esperançosa no futuro. Mas sento-me na plateia da plebe e olho em expectativa para o que daqui vai sair. Aguentem-se, amanhem-se, entendam-se e justifiquem o salário que vos pagamos.

 

BlondeWithaPhd - Colaboração para o 2711

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de Opinião

por 2711, em 02.10.09

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

Manuela Ferreira Leite perdeu porque quis

 

O PSD perdeu as eleições porque a líder as quis perder. Manuela Ferreira Leite na realidade não desejava ganhar. Várias vezes deu isso a entender, não só pela forma como se comportava, mas também pela maneira pouco convicta com que falava.

Há para isto uma explicação: estratégia a longo prazo.

A líder do PSD sabe o difícil que é neste momento governar o país. Deixar o PS ganhar, só trará vantagens ao PSD. Mais uns anos de crise, aliados com a tradicional incompetência de José Sócrates, desgastarão ainda mais os socialistas. O tempo que o PSD precisa para poder governar em circunstâncias melhores que as actuais.

Para não correr o risco de ganhar, MFL fez asneiras clamorosas, deu tiros no pé, e seguiu uma estratégia que encaixou no estilo habitual do PS, deixando-o tirar vantagem numa área em que é perito: a propaganda.

A máquina socialista, assente em anos e anos de política espectáculo, de anúncios e de soundbites, não teve dificuldade em vencer uma campanha laranja, apagada e sem energia. Desta forma, o PS ultrapassou facilmente os "casos" que surgiram, ampliou os defeitos do adversário e abafou os seus. Conseguindo com isso, passar uma campanha inteira sem nunca discutir os verdadeiros problemas e as medidas que pretende implementar para os resolver.

Só assim se explica como é que um governo mau e um primeiro-ministro pouco recomendável, ganhem tão facilmente umas eleições.

 

Levy - Colaboração para o 2711

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de opinião

por 2711, em 01.10.09

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

"Mais uma vitória como esta e estou perdido". Terá sido qualquer coisa deste género que Pirro, rei do Épiro e da Macedónia, terá dito após derrotar os romanos na batalha de Ásculo. Pirro havia ganho a batalha, mas sabia ter perdido a guerra. Como se comprovou ontem, uma vitória de Pirro foi aquela que Manuela Ferreira Leite obteve em 7 de Junho de 2009. Nas Europeias o PSD ganhou, mas não soube aproveitar o resultado para dinamizar o resultados nas eleições legislativas. Ontem, conseguiu melhor que Santana Lopes por pouca diferença e obteve pior resultado que nas europeias. Uma derrota estrondosa qualquer que seja o ponto de vista por onde se analise. A cabeça de Ferreira Leite ainda não rolou, mas há de rolar. Fica a dúvida sobre o que ai vem: um Coelho na cartola, um passeio à beira Rio? Veremos, mas as coisas não estão fáceis no laranjal.

 

Vitória de Pirro poderá ter sido também aquilo que o PS obteve nas legislativas. O discurso vitorioso de ontem esconde a derrota evidente. O PS fica refém da direita no parlamento e dificilmente conseguirá recorrer muitas vezes ao apoio, obrigatoriamente conjunto, do BE e do PCP. A maioria absoluta é miragem e se o número de desempregados não parar de crescer, e o mais certo é não parar, dentro de um a dois anos o governo PS deverá cair.

 

Por fim, é necessário referir Paulo Portas. O líder do CDS/PP fez a melhor campanha eleitoral e foi o grande vencedor da noite. O discurso de oposição ao rendimento mínimo compensou e demonstra que é possível praticar um discurso verdadeiramente de direita em Portugal e obter proveito disso. Há muita gente cansada do discurso socialista dominante no país e o PSD perdeu em não compreender tal coisa.

 

Jorge Assunção - Colaboração para o 2711

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de opinião

por 2711, em 30.09.09

 

Foto via Estado Sentido

 

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

Cavaco Silva vs PSD -O resultado das eleições legislativas do passado Domingo fragmentou o parlamento, o que segundo vários analistas aumenta a importância do papel do Presidente da República.

Vale a pena olhar um pouco para Cavaco Silva. Apareceu na política como ministro das finanças no governo AD pela mão de Sá Carneiro, saindo após a tragédia de Camarate, quando os tempos se avizinhavam mais difíceis. Aquele episódio da viagem ao Congresso da Figueira da Foz, onde se deslocou apenas para rodar o automóvel, mas saindo com o partido nos braços, muito por força da intervenção de Eurico de Melo, seu colega no governo em 1979, nunca me convenceu totalmente, faz parte da criação do mito, inspirado em D.Sebastião, pelo qual em rigor o PSD ainda suspira. Mas Cavaco Silva seguiu sempre uma agenda pessoal, indiferente aos interesses do partido, primeiro rodeando-se de um núcleo duro em redor do governo enquanto foi primeiro-ministro, afastando vários militantes prestigiados, depois planeando milimetricamente a sua carreira política.

Quando os ventos deixaram de soprar de feição, decidiu não ir a votos, abandonando o partido à sua sorte, para cúmulo desautorizou publicamente o então líder Fernando Nogueira sobre a candidatura presidencial, atirando o PSD para uma derrota eleitoral às mãos de António Guterres.

Um contratempo terá sido a derrota nas presidenciais para Jorge Sampaio, mas Cavaco Silva não se deixou abater, passando uma década a construir a imagem que o levaria finalmente a Belém, nem hesitando em fazer analogia com a Lei de Gresham, a célebre declaração da má moeda, que seria fatal para o governo de Pedro Santana Lopes, mas fundamental para a expectativa de eleição presidencial com uma imagem de rigor, competência e imparcialidade.

Até à eleição de Manuela Ferreira Leite, o país assistiu a uma cooperação estratégica sem precedentes, mas após o braço de ferro no Estatuto dos Açores, começou a passar para a opinião pública a ideia de existir algum favorecimento mais ou menos discreto, da agenda do PSD por parte do P.R., até que inexplicavelmente surgiu este episódio das escutas, bizarro e totalmente inacreditável, mas onde o PSD foi meter a cabeça, Cavaco Silva meteu a espada, afastando Fernando Lima e permanecendo em silêncio durante o período eleitoral. Confesso não ter ainda percebido os contornos da história, nem tão pouco os desígnios de Cavaco Silva, mas uma vez mais foi o PSD quem saiu a perder.

Factos são factos, desde 1995 até hoje o partido apenas esteve no poder durante 2 anos e meio e presumo que assim continuará enquanto não se libertar de Cavaco Silva, que já se libertou do PSD há muito, talvez mesmo desde o tempo que ainda era

primeiro-ministro.

 

António de Almeida - Colaboração para o 2711

Autoria e outros dados (tags, etc)

Coluna de opinião

por Daniel João Santos, em 28.09.09

(Texto de opinião da inteira responsabilidade do autor convidado)

 

Eu bem sei, mas vocês que querem … não sei se foi de ter votado cedo, se do aniversário das gémeas ou da vitória do glorioso Fêcêpê, mas logo pela manhã deu-me assim um palpite …

 

Ninguém me tirava o “feeling” que “tonight is gonna be a good night”!

 

A gente resmunga, barafusta, atira-se ao ar mas, no fim, até dá um certo gozo. Confesso.

 

Admito que sou um português médio e, como tal, um tipo quando vê tudo a malhar no mesmo, até fica com pena e quer que é que o desgraçado se safe. E às vinte horas, as projecções ditaram que assim foi!

 

Ganhou o Sócrates. Claro que a “guerra” vai prosseguir e, se calhar, daqui a uns tempos o comedor de bolo-rei que mora em Belém é que se vai estar a rir, mas até lá deixem-me gozar as delícias das vitórias morais dos outros. Os que se contentaram em tirar a maioria absoluta ao PS!

 

Ferreira Pinto - Colaboração para o 2711

Autoria e outros dados (tags, etc)