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Jeito de ser... imoral

por 2711, em 30.01.12

Era uma vez uma casa que se construía a cada ano. O tempo passava, os materiais, fracos, melhoravam paulatinamente e os aprendizes de construtores eram esforçados e viviam do brio de fazer sempre melhor. Um ou outro lá tresmalhava, mas o sistema acabava por os recuperar, ou eliminar, num jeito espartano aliviado, por já não assentar à primeira na simples erradicação do mal.

É uma casa destruída a cada ano. O tempo passa, os materiais, irrepreensivelmente magníficos, estão na sua maior potência de desenvolvimento e os aprendizes de construtores não são esforçados e vivem do brio de embustear, desconstruindo. Um ou outro lá faz nota Sol na orquestra, mas o sistema acaba por os afastar, ou eliminar, num jeito espartano prepóstero, assente na simples erradicação do bem.

 

Susana Soares - Colaboração para o 2711

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