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Era dado como certo que os chineses da Anbang lideravam a tabela classificativa das propostas de compra do Novo Banco. Que em segundo lugar se encontravam os americanos da Apollo, e por último os outros chineses, da Fosum, de Guo Guangchang, que já têm a Espírito Santo Saúde e a Fidelidade.
Falhadas as negociações, ontem, a notícia era que o Banco de Portugal passaria a negociar com quem apresentara a segunda melhor proposta, com os americanos. Ao final do dia soube-se que, afinal, as negociações decorriam com os chineses. Os outros, mas também chineses. Os da terceira melhor proposta, que era a pior...
Chama-se a isto transparência. Que começa logo quando se pega num (mau) regulador e se quer fazer dele um vendedor. Quando se é mau naquilo para que se está vocacionado e estruturado, como se poderá não ser se não pior naquilo em que se não tem nem experiência nem know how?
Estou a ficar preocupado com os entraves que começam a ser levantados à transformação do antigo Cinema Londres em loja de chineses. Não é por nada, é que não me parece boa medida afrontar os coitados dos chineses, que compraram aquele espaço convencidíssimos de que eles é que mandam nisto, e que ninguém impediria a alteração da respectiva licença de utilização…
Não vão gostar… É certo que já não temos mais EDP´s nem REN´s para lhes vender mas ainda temos muitos vistos gold para lhes entregar. E não é com vinagre que se apanham moscas!
Quero crer que o governo está atento, e que tudo vai fazer para resolver isto...
Diz-se que todos temos uma criança dentro de nós. Uns mais vezes que outros, não conseguimos deixar de soltar a criança que os anos nunca nos fizeram largar. Os psicólogos explicarão isto muito bem; eu, certamente que não. Limito-me por isso a dizer que isso é normal e até saudável, e que não é isso que faz de nós mais ou menos adultos, mais ou menos responsáveis.
O que nos distingue uns dos outros é a oportunidade em que deixamos que isso aconteça. É o momento que cada um escolhe para soltar a criança que tem lá dentro, e a frequência com que o faz, que revela a maturidade e o sentido de responsabilidade de cada um e que, em última análise, projecta a sua respeitabilidade e a sua credibilidade.
Sabemos que há adultos que nunca cresceram – e não me refiro, evidentemente, aos casos de patologia física ou psíquica - que são eternamente crianças. Não dão descanso à criança que têm lá dentro, de tal maneira que nunca recolhe, está sempre cá fora.
Não dão tréguas à traquinice, e passam todo o tempo em brincadeiras e jogos e joguetes tão mais sofisticados quanto mais desenvolvida seja a mente adulta prisioneira e refém da criança que deixam permanentemente à solta.
Quando pensamos nisto lembramo-nos imediatamente de dois nomes. Aí estão eles já na sua cabeça, amigo(a) leitor(a). Exactamente: Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Portas!
São pessoas divertidas, às vezes mesmo entusiasmantes, que quase conseguem que os levemos a sério. No entanto, pensando bem, ninguém lhe compraria um carro usado…
Marcelo Rebelo de Sousa, que nunca chegou ao poder – tentou a Câmara Municipal de Lisboa, mas na altura Jorge Sampaio não lho permitiu e, depois, quando Cristo veio à terra para lhe entregar a liderança do seu partido, com o pote ali tão à mão, foi curiosamente uma traquinice do menino Portas que lhe tirou o pão da boca para o colocar na de Durão Barroso – já só pensa nas presidenciais que já se começam a avistar. Ainda não deverá ser desta, mas a televisão faz presidentes…
Paulo Portas, mesmo sem nunca atingir grande expressão eleitoral – quer dizer, mesmo sem nunca ter conseguido vender o carro – já por duas vezes, mercê da nossa geografia eleitoral, chegou ao poder. Chegou ao quarto dos brinquedos de sonho e conseguiu mesmo, desta vez, depois de uma mistura de brincadeiras e joguetes com algumas birras pelo meio, apoderar-se sozinho de tudo o que era brinquedo.
E é vê-lo brincar. Brincar perdidamente… Dá gosto, só de ver. Brincou como se não houvesse amanhã com todos nós com o tal Guião da Reforma do Estado. Quando pensávamos que estaria exausto, cansado de tanta brincadeira, ei-lo de partida para a China para dar pessoalmente aos donos da EDP os esclarecimentos que eles tinham pedido por carta, explicando-lhes que aquilo do novo imposto sobre a energia (que os Catrogas e os Mexias nos farão a nós pagar) não é nada, comparado com o que ganharão com a redução do IRC. Para disfarçar a brincadeira, para que se não pensasse que só tinha ido dar explicações aos homens da Three Gorges, agendou mais umas brincadeiras para Macau. A uma delas chegou com duas horas de atraso, coisa que, pese a sua mítica paciência, os chineses tomam por ofensa e falta de consideração. Foram embora antes que Portas chegasse e, como se nada fosse, sem desculpas a pedir a ninguém, começasse a ler para uma plateia de portugueses um discurso destinado a empresários chineses. Que já lá não estavam, sem paciência para o aturar!
Diz-se que é à espanhola mas acontece na China… Cada vez mais onde tudo acontece!
Nem a China se salva? Espero que pensem ao menos nos investimentos no estrangeiro, sobretudo num certo país europeu, com muito sol mas que precisa de luz à noite...
Somos uns ingratos ao dizer mal dos gestores que tomam conta das grandes empresas do Estado. Sim, os chineses reconhecem-lhes capacidades... Será porque ainda não foram informados dos vencimentos?
有一段时间我以为有德国和中国之后。欢迎光临。是的,谁想出了八个亿的口袋永远是受欢迎的。
Porque será que me parece que na época dos Reinos Combatentes havia muita gente com a opinião da Mafalda?
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Dizem as más línguas que Hu Jintao, na sua recente visita, já deixou a receita por cá. Chamou-lhe a carta 2400 e terá dito: "com esta, ao menos, não se corre o risco de ficar com azia!".
Depois de Hugo Chavez, depois de Hu Jintao, só fica a faltar Kim-Jong-il para a nossa salvação económica ficar garantida.
O maior projecto hidroeléctrico construído até agora no mundo tem destas coisas:
As imagens que temos visto nos últimos dias relativas à Barragem das Três Gargantas recordam-nos que as maravilhas da engenharia e da tecnologia não nos conseguem fazer esquecer o terrível custo ecológico e humano desta intervenção na natureza.
Dirão: a China está lá tão longe. Será?