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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 09.05.15

Apesar de boa parte dos portugueses poder ter sentido o contrário nos últimos (pelo menos) quatro anos, há uma Europa “invisível que nos ajuda todos os dias”, acredita o comissário português Carlos Moedas.

Cavaco Silva passa a vida dizer que a sua presidência não é visível aos olhos dos portugueses, mas nos bastidores move mundos e ajuda Portugal.

Falta saber se toda esta ajuda invisível nos empurra para cima ou para baixo?

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Programa cautelar

por Eduardo Louro, em 22.10.13

António Pires de Lima, actual ministro da economia e ex-ministro da economia do novo ciclo, do CDS, anunciou em Londres que Portugal está a preparar o programa cautelar para começar a negociar no início de 2014.

Moreira da Silva, actual ministro do ambiente, da ordenação do território e da energia, e ex-Marco António Costa do PSD, diz que sabe o que é um programa de resgate, que é aquilo a que Portugal está sujeito até Julho do próximo ano, mas que não sabe o que é um programa cautelar. E reforça:  "Essa notícia deve ser clarificada. Programa cautelar é uma definição que ainda não existe no espaço público e por isso não me quero pronunciar".

Quer dizer: o programa cautelar - que Moreira da Silva nem sabe o que é - existe no governo, não existe é no espaço público. E quando vier a existir, Moreira da SIlva diz que não será o CDS a dar-lhe existência. Continua bem a coligação. De boa saúde, recomenda-se...

Entretanto, à cautela, Carlos Moedas reforça a equipa de "acompanhamento da execução de medidas do memorando". Com dois especialistas, de 21 e 22 anos, de "excelentes currículos académicos" e vasta experiência profissional:um estágio profissional de 3 meses no Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Emprego!

Não há programa cautelar que nos resgate a esta gente!

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Revisita à lei de Gresham

por Eduardo Louro, em 27.08.13

O Secretário de Estado Carlos Moedas deu hoje uma aula na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, a lembrar Vítor Gaspar, que imitou quase na perfeição.

Falou, claro, sobre a dívida: que é para pagar - “as dívidas têm que ser todas pagas, os países têm que pagar as dívidas e é importantíssimo que isso fique claro, que o esforço que os portugueses estão a fazer é para termos essa credibilidade”, disse.

Mas não falou claro sobre a dívida, contra a qual nada tem. “Que é necessária”, que “sempre se trabalhou com dívida”, mas “não pode ser é uma dívida em excesso”. Rematando que, “como tudo na vida, nada em excesso é bom”.

Claro que isto não é falar claro, nem sobre a dívida nem sobre excessos. Até porque os excessos não estão só na dívida. Que é para pagar mas que, na prática, a teoria de Moedas (e de Gaspar, e de Albuquerque, e de Passos, e de tuti quanti) só tem feito aumentar. 

Bom, mas lá temos nós de revisitar a lei de Gresham: e este é apenas a má Moedas. A boa Moedas é que continua sem aparecer…

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