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Foram precisos muitos anos para se assistir ao fim do jardinismo na ilha da Madeira, mas eis finalmente a queda do império:
Existe ainda uma larga percentagem de pessoas que são verdadeiros analfabetos em relação à democracia.
Ai está a afirmação que faltava para completar todo um conjunto de ideias com que Jardim nos tem brindado ao longo dos anos. Depois disto, acredito eu, será difícil suplantar Alberto João Jardim.
Viveríamos melhor sem personagens como Alberto João Jardim? Provavelmente sim, mas não seria a mesma coisa. Não teríamos de pagar as excentricidades de Jardim e seus pares, não levaríamos com contas escondidas, mas perdíamos o folclore de personagens que só podiam existir em Portugal. Comparados os prós e os contras, seria preferível não termos Jardins, Isaltinos, Felgueiras e outras personagens típicas, mas termos os bolsos mais cheios.
O Governo Regional da Madeira vai gastar cerca de dois milhões de euros nas iluminações decorativas de Natal e na queima de fogo-de-artifício da passagem de ano.
Bem, não se pode ser um destino turístico de eleição sem investimento; já a informação de que se "reparte os encargos com o fogo pelos orçamentos de 2012 e 2013, remetendo para o do próximo ano a quase totalidade (739 mil) desta despesa", deixa muito a desejar...
Perdemos todos o tino? É que o bailinho da Madeira tem fim à vista.
O presidente do governo regional da Madeira manifestou este domingo o seu apoio às manifestações anti-troika.
"Ontem, só não estive nas manifestações por uma questão de decoro institucional, porque apetecia-me também estar lá a protestar", declarou Alberto João Jardim na festa do Pero, na Ponta do Pargo.
O 2711 está em condições de confirmar que foi por decoro para com os manifestantes que Alberto João não participou... disseram-lhe que não podia ir mascarado de democrata.
Quer dizer. Alguém como Jardim a acusar os outros de falta de vergonha é no mínimo caricato.
"Quando assumi o Governo da Madeira, não assumi o Governo para andar a deixar tudo na mesma, tinha o dever, tinha a obrigação de fazer as transformações que fizemos e como não havia dinheiro recorri aos bancos para fazer com essa dívida aquilo que se tinha que fazer ao longo dos anos." - Alberto João Jardim.
Assim é que é falar. Tinha de fazer obra, que foi betonar a Madeira entre outras coisas, não havia dinheiro e criou dividas. Nada de diferente do que se faz em Portugal. O Povo paga e se não puder pagar quem vier a seguir que feche a porta.
E disse isto onde? Na abertura das VIII Jornadas Insulares de Psiquiatria
Alberto João Jardim gosta de folclore, gosta de gritar que é o maior, ameaça com independências e afins. Aposto que mesmo depois de assinar vai continuar a bufar. Enfim... é o que temos e infelizmente aturamos.