Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




A questão da produtividade

por Cristina Torrão, em 09.07.15

Por cada dia útil, cada alemão trabalha em média menos de cinco horas e meia, enquanto um português trabalha 7 horas e 20 minutos por dia e um grego oito horas. Mas, por cada hora trabalhada os alemães produzem mais 30%, diz o presidente da Associação Industrial do Minho.

 

Os portugueses não são preguiçosos, nem piegas, são até muito esforçados, e possuem grande vontade de agradar. Aos de fora. Em relação aos seus compatriotas, mostram pouca solidariedade. Além disso, ocupam grande parte do seu tempo com coisas evitáveis. Esse é, no fundo, o grande problema do nosso país: produtividade baixa devido à concentração de forças nas coisas erradas. Sinto-o na pele, num assunto que se arrasta há mais de um ano, consumindo esforços e dinheiro desnecessários, mas do qual ainda não quero falar. Quando a saga chegar ao fim, conto-a.

Autoria e outros dados (tags, etc)


4 comentários

Imagem de perfil

De Eduardo Louro a 09.07.2015 às 22:45

Cristina,esta questão da produtividade dos portugueses faz parte de uma certa teoria punitiva que anda por aí. A economia portuguesa tem graves problemas de produtividade, é um facto. Os portugueses, noutras economias, não têm problema nenhum de produtividade. Seja em que funções for. É outro facto!
Daí ao anátema da produtividade sobre os portugueses vai uma distância - grande - que interessa a muita gente esconder. Por muitas razões. Apenas algumas: cobre a incompetência das elites instaladas, tapa a ineficiência da administração pública, esconde a economia de rendas - que alimenta o poder político e que se alimenta dele -, ilude as questões de estrutura, de dimensão e de capital das nossas empresas, e serve até de dique na negociação salarial.
Sem imagem de perfil

De Cristina Torrão a 10.07.2015 às 12:18

Sim, Eduardo, eu concordo que a responsabilidade não pertence aos trabalhadores e sim ao sistema, à incompetência das elites instaladas, etc. Quando falo em «concentração de forças nas coisas erradas» esta não se dá por iniciativa dos trabalhadores, mas porque o sistema a tal os obriga.
Hei de contar a minha saga com a Segurança Social, mas só quando ela chegar ao fim. Não é que envolva uma fortuna e me tenha arruinado (como, infelizmente, noutros casos). Mas é de uma absurdidade tão grande que brada aos céus! Um desperdício absurdo de tempo e recursos.
Imagem de perfil

De Eduardo Louro a 10.07.2015 às 13:46

Ficamos à espera, mas arrisco a dizer que não há quem não tenha passado por coisas absurdas. Na Segurança Social, no fisco, nas Câmaras Municipais, nos serviços de saúde, nas operadores de telecomunicações, na energia, etc. É tudo isso...
Sem imagem de perfil

De Cristina Torrão a 10.07.2015 às 18:08

Tempos bizarros, sem dúvida...

Comentar post