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Compete ao Conselho de Estado (artigo 145º da Constituição da República):
Ao abrigo desta última alínea: o pós-troika. Obviamente!
No pasa nada...
Para Cavaco Silva estamos na pré-pós-troika.
Para Passos Coelho estamos na bene-troika, mesmo que o seu discurso nos deixe sempre mais perto da ambi-troika.
Para Vítor Gaspar devemos fugir da re-troika mas nunca é tarde para se pensar na ultra-troika.
Para António Seguro, como já não podemos fazer um movimento retro-troika, podíamos ao menos avançar para uma semi-troika.
Para outros partidos devíamos ter ficado na ante-troika pois só a dis-troika nos serve.
Para os movimentos anti-troika só a apo-troika é solução.
Para a maior parte de nós o sentimento é que estamos esmagados soto-troika.
E os conselheiros de Estado, afinal, vão aconselhar o Presidente a usar que prefixos?
O chumbo do Tribunal Constitucional a parte do Orçamento de Estado fez Portugal saltar para as manchetes internacionais. Os alemães limitam-se a dizer que o chumbo pôs o governo em dificuldades, pois fica mais longe de poder atingir as metas combinadas com a troika. E perguntam-se se será ainda possível salvar o euro.
Por acaso, no dia anterior, eu tinha lido que uma sondagem apurou que 24% dos alemães votariam num partido que acabasse com o euro no seu país (desculpem não estabelecer link, mas perdi-o).
E assim vai a Europa...
Com a aproximação do XIX Congresso do PS, António José Seguro anda numa roda viva.
PS sente que ‘troika' é mais flexível que Passos.
Aproximação à troika? Não sei se será o melhor caminho. Não anda toda a gente a querer lixar a troika?
Pois é, mas cair-lhe nas boas graças é capaz de dar um jeitaço a quem aspira a ser governo...
Seguro propõe que seja UE a pagar subsídios de desemprego.
Valha-me Deus! Está bem que o homem quer apresentar serviço, mas convinha que se mantivesse na realidade.
Arménio Carlos chamou "escurinho" a Selassié. João Soares não vê mal nisso.
Finalmente Portugal discute o que é importante: os tons de pele de um dos representantes da Troika.
Na Alemanha, foram publicados os resultados de uma sondagem levada a cabo pela revista grega “Epikaira” sobre como os gregos vêem os alemães. Foram entrevistadas 800 pessoas e 79% consideram que o papel da Alemanha na Europa tem sido negativo. 81% têm uma opinião desfavorável sobre Angela Merkel e só 8,6% manifestaram simpatia pelo seu país. 30% associaram mesmo a política alemã actual com a época do nazismo, 77% disseram que a Alemanha tencionaria construir um quarto “Reich” e 32% associam, de imediato, este país com Hitler e o seu Nacional-socialismo.
Estes dados chocam os alemães por completo! Afinal, diz-se aqui, os Ministros das Finanças da zona Euro acabaram de decidir um novo pacote de ajudas para Atenas no valor de 130 mil milhões de euros. E espanta o facto de, sendo a Alemanha o país que mais crédito disponibiliza, esse investimento não contribua para aumentar a simpatia dos gregos em relação aos alemães.
Como vemos, um diálogo de surdos, um radicalizar de posições, que me começa a preocupar. Algo vai muito mal nesta nossa Europa!
Se não concorda, então porque razão o PS foi um dos que assinou?
Parece-me extraordinário como esta gente, Grécia e a Troika, chegou ao fundo do buraco e continua a escavar. Ao menos por cá sabemos ao que vamos. Sim, conforme diz Passos Coelho, vamos para além do que a Troika definiu ou seja o buraco vai ser tão grande quem em breve vamos ter um túnel para a Austrália.
"Nós, simplesmente, como gente adulta e madura, vamos cumprir o que lá está (programa de assistência económica), custe o que custar. E custa, custa muito, não haja dúvida quanto a isso, mas vamos cumprir". - Pedro Passos Coelho