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Um teste ao respeito por nós próprios

por Eduardo Louro, em 27.07.15

 

 

Passos Coelho é capaz de tudo. É até capaz de chegar à Madeira e bater todos os recordes de aldrabice de Alberto João Jardim... Capaz de fazer do primeiro Chão da Lagoa sem Jardim, o mais charlatão de todos os Chão da Lagoa. 

Podemos dizer que esta gente perdeu o último pingo de vergonha. Podemos dizer que nunca ninguém foi tão longe no descaramento. Podemos indignar-nos com a falta de respeito pela nossa inteligência. Podemos ficarmo-nos pelo simples "é preciso ter lata"...

Mas também podemos achar que isto é apenas um teste ao respeito que temos por nós próprios... Com resultados a conhecer lá para 4 de Outubro!

 

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A meia verdade da mentira

por Eduardo Louro, em 23.07.15

 

Juncker, que como se sabe é um desbocado, veio dizer que o primeiro-ministro de Portugal se opôs ao alívio da dívida da Grécia antes das eleições em Portugal.

Nada que nos surpreenda, não estivessemos fartos de saber que Passos não tem procurado outra coisa que não seja fazer a vida negra à Grécia. Nada que nos surpreenda, pela utilização eleitoralista que lhe temos visto fazer da Grécia. Nada que nos surpreenda, perante a repetida mentira do "que se lixem as eleições"...

O que nos surpreende é a reacção de Passos ao desbocado presidente da Comissão Europeia. O que surpreende é que alguém que dorme com a mentira venha dizer que o que Juncker disse é "meia verdade". E "meio mal entendido"!

De meias verdades - em boa verdade de menos do que isso - sabe ele. Por isso explicou: a meia verdade é que realmente é contra a discussão da reestruturação da dívida grega. A outra metade é que é uma mentira inteira: que não é por causa das eleições!

O "meio mal entendido" era só para a confusão. Para esconder a outra metade da verdade que não é mentira...

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Por acaso a ideia ... (não) foi dele

por Eduardo Louro, em 22.07.15

 

Já pode dizer-se que é oficial: Passos Coelho é um mentiroso compulsivo!

Mente por tudo e por nada. Mente por um punhado de votos, sempre que cheire a eleições. Mente quando quer que as eleições se lixem. Mente para salvar a pele, quando as trapalhadas do seu passado lhe atrapalham o presente, e as trapalhadas do presente lhe não dão jeito nenhum para o futuro. 

Mente por isto e por aquilo, mas mente porque já não consegue viver sem mentir. Mente até por acaso... Por acaso um dia teve a ideia de mentir, e nunca mais a largou...

Teria sido por acaso que reivindicou a autoria da ideia do fundo de privatizações da Grécia: "até tivemos por acaso, a ideia que desbloqueou o impasse ... fui eu que sugeri..." Seria sempre certamente por acaso... Uma ideia que seja, só mesmo por acaso. Não foi no entanto por acaso que mais uma vez mentiu. Não teve ideia nenhuma, nunca tem ideia nenhuma e, se por insondável e inexplicável razão, alguma vez tivesse uma ideia qualquer, ela não valeria de nada. Não chegaria a lado nenhum, simplesmente porque a quem só sabe abanar com a cabeça nunca ninguém reconhece ideia nenhuma. Os cachorrinhos não têm ideias!

Nem ideias nem sentido do ridículo. Não foi apenas  o ridículo do "por acaso foi ideia minha" parodiado nas redes sociais que Passsos Coelho não percebeu. Não percebeu ainda que, mais que ridículo, é humilhante ser desmentido pelos seus próprios pares. 

Em entrevista a sete jornais europeus, entre os quais o Kathimerini, Financial Times e Le Monde, Donald Tusk, o presidente do conselho europeu, diz com todas as letras que a proposta tinha sido apresentada pelo primeiro-ministro holandês Mark Rutte.

Claro que, entre os sete jornais europeus, nenhum é português. Talvez por isso tenha sido dada tão pouca relevância á notícia de mais uma mentira... Ou simplesmente, para a imprensa nacional, as mentiras de Passos Coelho não são já notícia. Afinal é coisa que se aprende logo na primeira aula de jornalismo: notícia não é o cão que mordeu no homem; é o homem que mordeu no cão!

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Cada um é para o que nasce

por Eduardo Louro, em 21.07.15

 

O Ministério Público está a investigar o(s) negócio(s) da PT que a levaram à ruína. Tudo começou com a venda da VIVO à Telefonica, se bem se lembram. E depois veio a OI, e o descalabro. Pelo meio, tudo o que serviu para a classe política se prostituir nos negócios... Nesses e noutros, ainda sem investigação...

Mas nesses sabe-se que houve envolvimento pessoal de Sócrates - e nos outros também, Sócrates estava em todas - e de Lula da Silva. Por cá, Sócrates está preso. Por lá , sabe-se que Lula da Silva não está nos seus melhores dias, e que está presa gente que lhe é muito próxima, como  José Dirceu e Octávio Azevedo, já detidos  no âmbito do escândalo “Lava Jato”.

Quem está fora disto é Passos Coelho, que garante que Lula nunca lhe meteu cunha nenhuma, como o Daniel refere abaixo. E que, da sua parte, se limitou a manifestar-lhe a estranheza por nenhuma empresa brasileira surgir interessada nas privatizações em Portugal.

Está visto que cada um é para o que nasce. E Passos nasceu para isto: o seu negócio é privatizações!

 

 

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Meter cunha

por Daniel João Santos, em 20.07.15

“Deixe-me usar uma expressão que eu acho que toda a gente percebe: o ex-Presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para nenhuma empresa brasileira.” - Pedro Passos Coelho

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Impunidade e complacência

por Eduardo Louro, em 19.07.15

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Não admira que Pedro Passos Coelho continue a mentir desavergonhadamente a cada intervenção pública, a cada entrevista, em cada flash. Mentiroso é mesmo a principal característica que os portugueses lhe atribuem, como se ficou a saber numa sondagem recentemente divulgada. Não impressiona por isso que faça da mentira uma forma de vida. Ou uma forma de caçar votos...

O que impressiona é que na era do Google, do Twitter, do Facebook, ou do Instagram, com tudo o que é informação disponível ao segundo, com a possibilidade de tudo se confirmar ou desmentir à distância de um click, Pedro Passos Coelho continue impunemente a mentir, dia após dia, sem que um único entrevistador, um único repórter, o confronte de imediato com a mentira. Sem que ninguém lhe interrompa o chorrilho de aldrabices com um simples "olhe que não... olhe que não"... 

A última entrevista à SIC é simplesmente exemplar. O Jornal de Negócios até fez isso, até utilizou esses recursos. Mas não fez a entrevista...

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A coligação já tem nome. Demorou, não era fácil a tarefa dos markteers, usada e abusada que estava a sigla AD,da velha Aliança Democrática de Sá Carneiro e Freitas do Amaral (ou de Adelino Amaro da Costa?).

Mas chegou, mesmo que atrasada: "Portugal à frente", mesmo que atrás do tempo. Do ponto de vista do puro marketing até poderá nem ser mal escolhido. Estar à frente é sempre mobilizador, estar à frente é sempre meio caminho para chegar à frente. Lá diz o povo:"candeia que vai à frente alumia duas vezes"!

O problema é quando se tem que contextualizar. O problema é quando se sai do marketing puro e abstrato para um marketing de contexto. Aí, "Portugal à frente" deixa sempre Portugal atrás. Cada vez mais atrás em tudo. Cada vez mais atrás em todos os índices de desenvolvimento, cada vez mais atrás nas estatísticas internacionais. Cada vez mais atrás, cada vez mais pobre, cada vez mais velho, cada vez mais isolado, cada vez mais longe ...

Os markteers que se chegaram à frente poderão até ter pensado noutro contexto. Terão talvez pretendido deixar a ideia que a coligação resultava de um imperativo de colocar "Portugal à frente" dos interesses das partes. À frente dos interesses do PSD e do CDS, de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. 

Seria bonito. Talvez até comovente, mas não cola. A única coisa que nesta coligação não deixa dúvida nenhuma é o particular interesse que nela têm ambos os líderes. Não só pela forma como potencia em mandatos os resultados eleitorais de ambos, mas porque é o cimento que nesta altura pode segurar alguma coisa. O que os segura ao poder, que é a única coisa que mantém Passos e Portas agarrados. Pouco interessados em colocar "Portugal à frente" mas muito interessados em manter Portugal atrás deles! 

À frente só mesmo a braguilha aberta... 

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O que falta a Passos para vender muitos livros

por Daniel João Santos, em 01.06.15

Segundo os números oficiais, o livro biografia de Passos Coelho, lançado há menos de um mês, ainda não vendeu 800 exemplares.

Resumindo: falta-lhe o "charme" de Isaltino Morais e um amigo que lhe compre os livros todos.

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Tudo se compra. Tudo se paga.

por Eduardo Louro, em 31.05.15

 

Está confirmada a recondução de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal. Depois de esconder a decisão durante algumas semanas, Passos Coelho confirmou-a. Poucas semanas depois do Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ter acusado, como acusou, o governador do Banco de Portugal. Numa semana em que as pensões da Segurança Social, e a sua sustentabilidade, estão no topo da actualidade, sem que ninguém fale dos milhões que o BES lhe destruiu. Com a responsabilidade óbvia de Carlos Costa. Que Cavaco, sempre na linha da frente na defesa das mais indefensáveis posições do governo de Passos, se apressou a ratificar. Não há ninguém em Portugal mais bem preparado para a função, disse ele.  

Longe vai a velha ambição de Sá Carneiro. Estamos numa nova e triste era: uma maioria, um governo, um presidente ... um governador do Banco de Portugal ... uma Autoridade Tributária ... uma Segurança Social ... Tutti quanti!

Porque no poder tudo se compra. E tudo se paga!

O governo tinha de ficar de fora do superescândalo do BES, que fez do BPN uma brincadeira de crianças, para utilizar a terminologia do primeiro-ministro. O Relatório da CPI serviu-lhe os intentos, sacrificando Carlos Costa. Que se manteve firme e hirto, inabalável, quando qualquer pessoa digna e adequada à função, assim enxovalhada, não hesitaria em demitir-se.  

Passos Coelho pagou-lhe o serviço. Limitou-se a pagar. Cavaco fez o resto, resgatou-lhe a credibilidade. Para, com isso, também ele lavar dali as mãos... Bem sujas, como bem nos sabemos, naquelas recomendações que ninguém esquece. As tais almofadas que garantia existirem ...

 

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Não me passaria pela cabeça que Passos Coelho tivesse lido isto. Menos ainda que viesse dar-lhe resposta tão pronta... Logo aqui, em Leiria. E logo poucas horas depois ... Já nem sei se não terá vindo de propósito.

Exactamente: Passos explicou por que não está preocupado em apresentar programas... Nem medidas... Nem ideias... Não há pressa, tranquilizou os seus apoiantes de Leiria. E através deles todo o país...

"As pessoas sabem com o que é contam da nossa parte". Também me parece!

 

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