Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Será esta gente parte da resolução do problema, ou serão parte do problema ?
Na sua maioria, foram eles que conduziram o país a este caos .
O primeiro-ministro, Passos Coelho, ponderou demitir-se depois de ter ouvido as declarações de Paulo Portas sobre as novas medidas anunciadas pelo chefe do Executivo, avança a TVI.
(Contribuição do 2711 para cortes nas famosas "gorduras" do Estado.)
Se os países atualmente ou num futuro não tão longínquo como isso perderem a sua soberania, apenas podem agradecer a "eles" próprios e aos seus políticos e gestores. Pois somente eles contribuiram para a situação económico-financeira que atualmente se vive.
Ou seja, começaram a perder a sua soberania com Comunidades, Federações, Uniões e mais contemporâneamente, com a Troika .
Já poucas bandeiras restam... Moedas quase únicas... Já só falta o dono ser o mesmo...
O vice-presidente do PSD Pedro Pinto sustentou hoje, a propósito da quarta avaliação do programa de assistência financeira, que “Portugal saiu do centro do furacão da Europa”. Sim, tem toda a razão. Agora estamos abrigados neste buraco.
Periodicamente ouvimos falar da crise de vocações na Igreja católica. Mas diz-nos a História que as épocas de maiores dificuldades económicas são favoráveis ao surgimento de maior número de planos para abraçar o sacerdócio.
Em Espanha, a Conferência Episcopal resolveu dar uma ajuda.
Por cá as notícias mais recentes também me parecem tornar cada vez mais aliciante esta saída profissional.
Se bem que existam situações muito diversas, durante quanto tempo mais irão eles aguentar?
Tenho para mim que a situação na Grécia é um balão de ensaio para algo maior...
Com o despedimento de cerca de 150.000 func. públicos até 2015, o sistema grego vai paralisar. Como pode um país funcionar se depois não tem gente para por o "sistema" em marcha?
Será através do corporativismo, e através do outsoursing que os mesmos serviços serão realizados?
A crise financeira não pode servir de desculpa para tudo e muito menos para se implementarem modelos neoliberais, que a curto prazo resolvem problemas financeiros, mas que provocarão uma "revolução" social no modo e modelo de vida da população. Esse erro sistémico já foi por variadas vezes feito, e a única coisa que produziu foi riqueza para uns e pobreza para os demais.
Será isso que querem fazer?
Tanto que a diminuição do salário mínimo, do subsídio de desmprego é tão grande face ao modo de vida grego, que o risco de emigração será enorme; e quando na Europa se assiste a uma corrente emigratória enorme, para onde puderão ir os gregos? Para Portugal? Para Espanha?
Também esses países vivem os seus "dias do fim" com os seus problemas internos.
Por enquanto o caos financeiro grego ainda não chegou às suas ruas, apenas se têm observado várias manifestações com alguns confrontos pelo meio, mas ainda não se descambou numa anarquia total, mas a mesma aparenta estar para breve.
Está claro que o modelo grego faliu, e com ele o euro está abalado nas suas raízes.
Mas a Grécia ( e a Europa) não podem ficar reféns de países como a Alemanha e a França, também eles não cumpridores do Tratado de Lisboa.
Por isso se a Grécia arrastar com ela os países latinos europeus, ambos (Alemanha e França) ficarão sozinhos num euro cada vez mais desvalorizado.
E o que fazer? Criar uma nova moeda? Mudar os sistemas políticos conhecidos como o são atualmente na sua forma?
A ideia será mudar mentalidades e formas de vida. Mas para isso a população terá de empobrecer, se forem seguidos os moldes que se pretendem.
Mas se isso acontecer, na prática iremos regredir ao início do século passado. E essa regreção não pode ser tolerada.
Por isso, o liberalismo agressivo que se tenta implementar e o corporativismo extremo que alguns ambicionam implementar, deve ser derrotado logo na sua raiz. Não pode o Povo se resignar a essa regreção.
A história já nos demonstrou por várias vezes que povos com fome são perigosos, e como tal, o que se afigura nos próximos tempos não me parece que sejam tempos pacíficos. Os gregos já demonstraram o seu descontentamento, os portugueses e os espanhois também já se manifestaram. O que esperam os restantes europeus para que a crise lhes bata à porta, e juntamente se tentem organizar para derrotar estas políticas que só trazem pobreza.
Enquanto estivermos às ordens alemãs e francesas e sob o jugo bancário, não nos conseguiremos libertar. Bem o fez a Finlândia e que já se encontram em evolução, lenta, mas evoluindo.
De facto, não sei o que devemos fazer, mas não pudemos continuar a sermos mansos e a criticar o vizinho porque ganha mais ou tem isto ou aquilo, quando o que interessa "combater" está muito acima do que é superficial.