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O sucesso está a passar por aqui

por Eduardo Louro, em 30.05.13

Vamos percebendo, pelo que nos dizem o Gaspar e o Schauble, o governo e a UE, que está tudo a correr bem. De Gaspar, que está tudo tão bem que até já chegou um novo tempo, o de olhar para o investimento. De Schauble, que graças ao nosso pequeno génio das finanças, o processo de ajustamento português é um exemplo que deve correr mundo. Da UE, que Portugal é um caso de sucesso…

Quando se completam dois anos de intervenção da troika, será interessante pegar em dois ou três dos principais indicadores económicos e ver o que se passou, não esquecendo que nestes dois anos já se passou de tudo. Desde juras a pés juntos de Passos e Gaspar de que as metas seriam cumpridas custasse o que custasse ao nem mais dinheiro nem mais tempo. Desde o falhanço de todas as precisões de Gaspar à revisão das metas em todos os anos!

No quadro abaixo faz-se esse exercício pegando nas metas para 2013 do Memorando assinado há dois anos, para o desemprego, o défice orçamental e a dívida pública, estes, um e outra, o alfa e o ómega do programa de ajustamento. E comparando-as com os últimos números do governo, mas também com os do Relatório da OCDE, ontem apresentado.

 

   Desemprego     Défice  Dívida 
       Pública
Memorando da Troika  13,5% 3,0% 114,9%
Última revisão (Março 2013) 17,7% 5,5% 123,0%
Relatório da OCDE (ontem) 18,2% 6,4% 132,0%
       
Variação  34,8% 113,3% 14,9%


E percebe-se, como todos sentimos, que nada está a correr bem. E percebe-se por que é que Gaspar, ao mesmo tempo que diz que, cumprida a fase da austeridade chegou agora a altura do investimento, vai dizendo que se enganou uma vez ou outra – pedindo pelo meio que tenham pena dele por ser do Benfica - mas que o problema é do Memorando, que foi mal negociado. Exactamente o mesmo que PSD e CDS pediram, cuja negociação teve em Catroga o principal protagonista, que Passos anunciou como programa de governo e para além do qual juraram ir. Como se percebe, porque é um exercício de contorcionismo do mesmo grau de dificuldade, que diga que as diferenças entre as previsões da OCDE e do governo são umas pequenas décimas… Que se explicam por aquele organismo não ter levado em conta o recente Super Crédito Fiscal! 

O tal com que Gaspar quer convencer não sei quem que vêm aí charters de investidores nos próximos seis meses. Para instalar negócios e empresas, desenhar e arrancar com projectos de investimento num contra-relógio diabólico que lhes irá garantir um bom desconto no IRC que irão pagar pelos lucros que haverão de vir das vendas que irão fazer num mercado que não existe. Claro, se todas as licenças e autorizações necessárias não demorarem dois, três, quatro, dez anos a emitir… 

Não se percebe é por que é que os senhores da UE dizem que o sucesso está a passar por aqui...

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Extinção das moedas de um e dois cêntimos...

por Nuno Raimundo, em 15.05.13

Talvez esteje para breve  o fim comercial das moedas de um e dois cêntimos, uma vez que a Comissão Europeia pondera acabar com as mesmas e relegá-las a meras moedas colecionáveis.

Se tal acontecer, esta é de facto uma das formas mais fáceis de se aumentar qualquer produto logo no imediato, uma vez que pelo hábito é mais fácil se arredondar para cima que o seu inverso.

Já estou é a imaginar como serão as flutuações do preço da gasolina e do gásoleo nas estações de serviço ou até mesmo as promoções nos supermercados...

A ver vamos se não será mais uma medida para lixar o "mexilhão"...

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"Nós, os Tugas"!!!

por Nuno Raimundo, em 28.04.09
Da última vez que olhei para o meu Bilhete de Identidade ( sou anacrónico, ainda não tenho o cartão da moda, o do Cidadão), reparei que ainda lá estava como minha nacionalidade, a nacionalidade portuguesa e não outra quaisquer. E muito menos uma "europeia".

 

E digo isto porquê?!

 

Porque andam para aí afixados por este Portugal fora, uns cartazes eleitoralistas em que está escrito a frase: "Nós, os Europeus!"

 

Que raio de publicidade eleitoral é esta?

 

Não podiam por antes "Nós, os Portugueses!" e tentarem puxar pelo nosso orgulho nacional, o de sermos Portugueses? E tentarem o/as deputado/as europeu/eias que são portuguese/as primar pela diferença, e tentar evidenciar mais o nosso país, tanto nas suas ações como na publicidade a Portugal?
E se assumirem como portuguese/as e não como europeu/eias ( que apesar de sermos tugas, também o somos, mas apenas em segundo plano!)!?

 

Compreendo que as eleições sejam para o Parlamento Europeu, mas eles ( deputado/as) não deixam de ser portuguese/as por isso mesmo, mas será que a sua intenção é deixarem de o ser mesmo?!

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Obrigado PPE

por Daniel João Santos, em 19.03.09

Obrigado PPE por este apoio a Durão Barroso. Já agora, não estão interessados no Marcelo Rebelo de Sousa?

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Rascunhos

por Daniel João Santos, em 18.02.09
Fez ontem um ano, mais dia ou menos dia, que se criou um rascunho de um país.

O Kosovo existe sem existir.

Numa situação económica difícil, onde 45% da população vive com um euro e meio por dia, acompanhadas por pressões da Sérvia que não reconhece o país e enorme dependência do exterior, o Kososvo avança por um caminho difícil.

Apesar do apoio americano, as divisões dentro da União europeia são profundas, algo que empurra o Kososvo para longe desta Europa.

O futuro avizinha-se negro e com poucas soluções.

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Bom Ano de 2009

por Daniel João Santos, em 31.12.08
Antes dos desejos de um Feliz Ano Novo de 2009, resolvi aqui expor a minha dúvida existencial do dia e uma trivialidade para encher chouriços.

Enchimento do Chouriço: Nobre arte portuguesa que está muito na moda

Ouvi ontem, que após a reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da EU, debaixo da batuta francesa, teria sido debatida a questão de Israel e Gaza, suas excelências tiveram direito depois a um jantar de trabalho.

Sinceramente não percebi, se calhar o problema é meu, um pobre assalariado com falta de visão.

Para mim um almoço de trabalho é ir ali ao tasco e engolir uma diária por cinco euros, quase sem tempo para dois dedos de conversa.

Assim sendo, fiquei com a impressão, que os Ministros dedicariam o tempo a mastigar uma sapateira, intercalando com umas ideias sobre o conflito.

“Esta sapateira está mesmo boa… é pá e aquele bombardeamento na Universidade… pode me passar ai o sal?”

Eu avisei que isto hoje não valia nada.

De qualquer forma, que se lixe!

Um tradicional Feliz Ano Novo de um tradicionalista, que sonha com um mundo melhor.

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