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Um povo crente

por Daniel João Santos, em 14.05.10

Destes dias de visita de Bento XVI, que hoje terminou, ficam as imagens das multidões que o Papa arrastou por esse país. Se esta é uma Republica laica, pelo menos diz a constituição, este é um povo crente. Pena que não seja só crente na religião e acredite em qualquer vendilhão que lhe apareça.

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11 comentários

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De Cristina Ribeiro a 14.05.2010 às 19:40

Muito difícil de entender, não é?
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De miguel a 14.05.2010 às 19:49

O discurso religioso socialmente mais nefasto é o do sacrifício do povo e dos trabalhadores para "acalmar os mercados". Dizem-nos que os deuses (os mercados, os especuladores, os investidores, as agências de rating, etc.) está enfurecida e que é preciso oferecer em sacrifício uma parte da população. Enquanto houver quem se disponha a ser sacrificado os ventos continuam a soprar de feição para uma oligarquia financeira.

A Religião do Mercado (que defende o primado do Mercado sobre o Homem, ou melhor, o Mercado é o templo onde o homem se realiza completamente) tem, hoje, muito mais seguidores e fanáticos com consequências na degradação das condições de vida de muito mais gente, do que as religiões tradicionais.
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De Daniel João Santos a 14.05.2010 às 21:43

eu não me disponho ao sacrifício, sou obrigado a fazer pela simples razão que estou na sociedade e a ela pertenço.
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De miguel a 14.05.2010 às 21:56

Precisamente por isso é que a Religião do Mercado é mais nefasta que as religiões tradicionais: porque se apresenta como inevitável. A submissão aos Mercados é inevitável apesar da degradação dos meios de vida, porque tem de ser assim e não pode ser de outro modo senão... é o caos, a desordem, o inferno.

No dia em que o povo compreender que o Deus-Mercado é apenas e só uma expressão histórica das relações de desigualdade entre os homens, que o domínio da "fera" está ao alcance da mão humana, que nada existe de sagrado nesta submissão complacente, nesse dia entraremos no mundo da civilização.
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De Renato Seara a 14.05.2010 às 21:18

O certo é que o Papa, entrou como sendo Cardeal Ratzinger e saiu como Bento XVI, aclamado e adorado pelas pessoas. E o facto é que mereceu por completo os banhos de multidão a que teve direito.
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De pedro miguel a 14.05.2010 às 21:58

V/ excelencia deve ser muito novinho, quer e está extasiado. Feliz, portanto. Ainda bem para si. Se quiser ficar infeliz veja os jornais das visitas anteriores. E sinceramente não me interessa entrar por aqui, pois ate podia ter de facto acontecido uma imensa multidão, veja as fotos aereas (alias rarissimas) das concentraçoes (Missas). Poderia v/ ex na sua candura, explicar que se fosse sabado ou domingo etc e tal
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De Daniel João Santos a 14.05.2010 às 22:06

Saiba V/ excelência que não existe ali no meu texto qualquer êxtase perante a visita do Papa e as multidões que ele arrastou.

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De pedro miguel a 14.05.2010 às 22:11

E não referi o mais importante que é precisamente o seu titulo "povo crente". Que o há há. Existe uma rebanho (no bom sentido). Sempre existiu, alias é cada vez menor, por força do desenvolvimento, do materialismo. O que me incomoda não é a evolução e o respectivo divorcio, mas a genero insinuação de que somos um pais catolico. Sabe, alem dos tais 6 milhoes, outros mais existem que nunca foram ver um jogo nem pagaram quotas. Dizer-se catolico é fácil, nem há perseguições. A questao não é essa e sim esta: os patroes e os empregados catolicos não são pessoas diferentes dos patroes e dos empregados não crentes. E não estamos em africa, onde a bondade cristão vestiu os nus, pelas razões que sabemos. Aqui os não crentes são tão felizes quanto os catolicos. E é de muito mau gosto, falta-me melhor termo, o papa e os padres usarem a comunicação social para invadirem as nossas ruas e habitações com as afirmaçoes que querem converter-nos e que rezam por nos.
Voce aceitaria uma tal campanha se em vez do papa fosse o presidente de um clube de futebol e insinuar que quem não era socio nao era bom pessoas ?
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De manuel gouveia a 15.05.2010 às 11:10

Já só lá vamos com a fé...

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