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Cada vez se fala mais de esquerda e direita. Sócrates até dá ênfase ao assunto, transformando as próximas eleições numa luta entre ele, que se segundo o próprio é de esquerda, versus Ferreira Leite, que me parece ser de direita.
Tanto na blogosfera como no Twitter, parece que primeiro temos de colocar a etiqueta e depois é que podemos partir para a discussão dos temas.
Cada tema é logo transformado em lutas de esquerdas e direitas. Cavaco veta o diploma das uniões de facto, pessoalmente concordo em alguns aspectos, é logo acusado de conservador pela esquerda e apoiado pela direita.
Os pilotos da TAP estão em greve, logo a direita, pelo menos a que eu li, os classifica como gente que não vê a empresa no seu todo, que fazem greve encostada ao fim-de-semana, do outro lado a esquerda, que fala dos trabalhadores e das suas pretensões.
Obama quer ajudar 47 milhões de americanos que não tem acesso a seguros de saúde e logo a direita o classifica como perigoso, burro e que quer conspurcar os EUA com o socialismo. A esquerda, embora ainda desconfiada, tece os primeiros elogios.
Estou com um problema. Sim, eu não me posiciono em nenhum dos lados. Sou uma mistura de influências e tento tirar o melhor de todos os lados. Quer dizer, o que eu acho que é melhor.
Se calhar é por isso que eu me sinto bem aqui no 2711, não seguimos todos pelo mesmo caminho, temos da esquerda até à direita, passando por monárquicos, uma ala “diz que disse”, até um movimento de solidariedade ao Gestor oprimido, para além de algumas alas que eu nem sei que temos.
Entretanto, vou andando que tenho de ir ali me render aos franceses, que já estão a olhar para mim com cara de poucos amigos.