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E vocês perguntam-me: o que está ali em cima a fazer o F.C. Porto? Então o Eusébio não jogava no Benfica? E o José Sócrates não contou a história dos golos do Eusébio num jogo da seleção contra a Coreia do Norte? E tu, Cristina, não és sportinguista? É verdade. Mas a história do José Sócrates do dia 23 de julho de 1966 tem tantos pontos de contacto com a minha do dia 27 de maio de 1987, que não resisto a compará-las.
Ora vejam:
- Sócrates ia para a escola primária – não admira, tinha nove anos de idade.
- Eu vinha da faculdade – enfim, tinha vinte e um anos.
- Sócrates ouviu o relato do jogo, na Covilhã.
- Eu fui vendo imagens do jogo, pois havia televisores ligados em todas as montras de estabelecimentos de eletrodomésticos, à volta dos quais se juntavam pequenas multidões. Ah, já me esquecia, estamos na cidade do Porto.
- Em 1966, Portugal deu a volta a um resultado desfavorável de 3:0.
- Em 1987, o F. C. Porto deu a volta a um desfavorável 1:0 contra o Bayern de Munique.
Resta dizer que, no regresso a casa, depois daquele dia de aulas, apercebi-me de que o F. C. Porto perdia por 1:0. Quando cheguei a casa, o jogo estava a acabar. Depois de despir o casaco, sentei-me na sala, em frente à televisão ligada e… o F.C. Porto marcou dois golos de rajada! Seguiram-se telefonemas, amigos a dizer-me que, naquela noite, ninguém dormia, que toda a gente ia festejar. E eu, apesar de ser sportinguista dos quatro costados, fui mesmo festejar aquela vitória portuguesa na final da Taça dos Campeões. Querem melhor fair-play?
Dizem que a história do Sócrates é mentira, porque se passou num sábado à tarde. Mas um ex-colega já veio dizer que ele falou a verdade e só a verdade.
Eu não tenho ninguém que venha em meu favor. Mas garanto-vos que a minha história é verdadeira, embora já não me lembre em que dia da semana foi. Jogos desses, porém, costumavam ser à quarta-feira. E é bom que este tenha sido, pois, na faculdade, nunca tive aulas ao sábado.
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