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PARABÉNS AO COMBUSTÕES

por joshua, em 07.08.09

Parabéns ao Combustões. Muito pertinente a denúncia da completa nulidade da Direita e Esquerda Portuguesas com vocação prosaica a Estômagos sentados à mesa do Estado e nada mais: «A direita portuguesa, tão iletrada como arrogante, vive no seu nimbo, regozija-se e trava combates barrocos pela sua Torre de Marfim; ficou refém dessa tão incensada coerência que deixou de poder actuar, não vão os pés trair as sacrossantas escrituras que ninguém leu. Vai atrás de qualquer Manuelinho, recusa o mais insignificante gesto de reflexão. É inútil, não dá em nada. Quanto à esquerda, tão envolvida no saque de sinecuras, já nem quer pensar; vive aboletada no amiguismo parece-bem, é comunizante sem ser comunista, marxizante sem citar Marx e revolucionária só e quando a alcatifa, o whisky ou a alta cilindrada não sejam questionados. Essa esquerda é sinónimo de "maldita geração de 70" ou zeca-afonsismo refastelado no melhor Divani & Divani. Acabará, com um novo regime, na lista de espera do lugar que sobrar no devorismo e na adesivagem, materiais com que se fazem todos os regimes em Portugal.» Miguel Castelo-Branco, Combustões

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20 comentários

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De PALAVROSSAVRVS REX a 07.08.2009 às 15:13

O meu parágrafo favorito do texto do Miguel é: «Este é um blogue monárquico, pois claro. Não há forma de pensar Portugal sem a monarquia. De fora, naturalmente, fica o culto dos senhores presidentes e das senhoras presidentes, venham estes da direita que não quer ser direita, da direita que só quer as escrituras polidas mas não as lê, das esquerdas caviar - dos anos 60, dos anos setenta, dos anos 80 e dos anos 90 - que se habituou aos "fundos" estruturais para realizar a proeza de afundar o país, roubar-lhe o futuro e matar-lhe o passado.»
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De Daniel João Santos a 07.08.2009 às 15:13

algumas notas de interesse... procura-se o regresso às origens sem tiques.
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De joshua a 07.08.2009 às 15:14

Deve ser mais fácil pensar as elites portuguesas da Esquerda e da Direita a milhares de quilómetros do bafio local.
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De Paulo Quintela a 07.08.2009 às 17:46

Monarquia, meus caros? D. Duarte no poder era mesmo só o que nos faltaria acontecer.
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De joshua a 07.08.2009 às 17:55

Não me choca como as reformas vitalícias de três ou quatro presidentes vivos e as despesas monstruosas da Presidência a República a cada ano. Na verdade, o Regime mudar de modalidade e de forma não é problema.

O problema é o descrédito galopante de todas as instituições da República e o facto de se estar em República nos não ter protegido nem da Corrupção nem do retrocesso social e ético de que vimos aqui falando dia após dia.
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De Paulo Quintela a 07.08.2009 às 18:03

Dá uma vista de olhos pelos livros de História e não demorarás a verificar que não era diferente.
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De joshua a 07.08.2009 às 18:13

Eu sei que não era diferente, mas só o facto de se mudar em pleno século XXI contém todos os ingredientes para um reset identitário passível de mudanças ulteriores.

Não me repugna que após cem anos de república viessem cem ou duzentos de monarquia passível de regresso à República por novo plebiscito.

O que estou a dizer é o que dinamismo dos Regimes é um facto. Desde a Antiga Roma se percebiam as vantagens de flexibilizar os modelos de Poder em função das necessidades do tempo.

Estamos no auge das necessidades de renovação.
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De Daniel João Santos a 07.08.2009 às 17:58

Eu luto pela renovação de quem gere o sistema e não a mudança de sistema.
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De joshua a 07.08.2009 às 18:10

Não confio numa regeneração da República. Muita gente teria de ir para a prisão por se apoderar dela e do seu rodízio de gamelas privativas.

Eu não tenho qualquer problema que o Regime mude desde que pacificamente e após os efeitos decorrentes de um plebiscito, que é uma coisa claramente democrática e vinculativa, ao contrário da barbaridade de um Regicídio.

Se houvesse um Presidenticídio qualquer de nós se chocaria e condenaria e não seria por isso que o Regime deveria mudar. Mas a degradação da República e a vida de Fausto e Fantasia seguida por sucessivos governos não augura qualquer desfecho simpático para o prestígio da República. Quando uma República significa o triunfo dos reles, dos danosos do bem geral, dos corruptos, dos desonestos, do rolo compressor insolente das maiorias, é natural que os aspectos positivos de este regime um dia sejam despejados tipo menino com a água do banho.

É tarde para paninhos quentes sobre a putrefacta república das bananas e dos impunes.

Além disso, estamos no limiar da bancarrota e nem um frémito de realismo assalta Governo ou a voz a rebate do Presidente. Fazem férias. Esta gente faz férias sob uma situação calamitosa.

Presidentes e Governos não têm direito a qualquer espécie de férias! Só repartidas e levando em conta as visitas oficiais onde o trabalho e o prazer se conjugam, como se sabe.
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De Paulo Quintela a 07.08.2009 às 18:15

D. Carlos, quando tinha opiniões, tinha as de um 'liberal'. Como todos os 'liberais', convencera-se de que a monarquia só podia sobreviver se o rei fosse o primeiro dos democratas. Ser impopular à esquerda angustiava-o tremendamente, porque era quase como ser impopular entre os seus correlegionários. Infelizmente, para ele, D. Carlos conservou-se frequentemente indiferente ao governo do País, muito ocupado com as suas caçadas, pinturas e aventuras amorosas.
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De joshua a 07.08.2009 às 18:21

Inteiramente de acordo. D. Carlos está morto. Foi um tempo e um perfil que foi morto também. Mas sabes que as monarquias modernas são pró-activas, apoiam causas nobres, estão acima dos pressupostos venais de uma corrupção passiva e muito além da possibilidade de corromper activamente.

As monarquias modernas têm uma perspectiva mais integradora do conjunto: valorizam a interioridade e a agricultura. O que vês é que esta fase da República desactiva e despreza a interioridade.

Abrir o espírito é abrir o espírito. Sem dogmas.
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De Paulo Quintela a 07.08.2009 às 18:25

Se assim é, então simplifiquemos e pugnemos antes por uma republica moderna.
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De Terpsichore a 07.08.2009 às 21:50

As monarquias modernas têm uma perspectiva mais integradora do conjunto: valorizam a interioridade e a agricultura.


Sei que D. Duarte defende a agricultura e talvez a interioridade. Mas desde quando é que a Monarquia inglesa tem defendido isso na prática?

Além disso é preciso ter muita força para ser capaz de fazer frente à Nova Ordem Mundial. E não ser isso, seja qual for o governo que tenhamos, é igual.

Eles são obrigados a fazer certas coisas, por determinados motivos. Todos os governantes.

A diferença é a mesma do que Obama, ou não Obama. Como podem verificar, vai dar ao mesmo…

Os poderes que mandam são outros.

Cumprimentos
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De joshua a 07.08.2009 às 22:01

Tenho a expectativa de que muito da soberanias democráticas representativas se transfira gradualmente para mecanismos directos e populares de decisão e controlo.

Então, o poder pardo dos lóbis e do dinheiro mundiais talvez se condicione pela organização coesa e concertada de consumidores e cidadãos à escala regional e planetária.

O desdém dos nossos governantes pelas pessoas manifesta-se por ter as costas quentes nesse encosto e obediência a quem tem efectivamente Poder Global.

Não se pode baixar os braços.
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De Terpsichore a 09.08.2009 às 12:33

Meu caro Joshua
Eu concordo em absoluto com não podermos baixar os braços.

Só agora vi que me respondera.

A melhor forma de dizer que podem contar com os meus braços é antes de mais procurar o diálogo convosco.

Numa nota à parte, deixe-me dizer-lhe que "a sua fotografia" faz com que eu ande sempre atrás de si, perdidinha por si, haha :)


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De Terpsichore a 09.08.2009 às 12:47

uuuuau! Mais, não peço!

:)

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De Terpsichore a 09.08.2009 às 12:42

Pois, isso é uma fotografia de muita responsabilidade… agora há que aguentar! :) :)
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De joshua a 09.08.2009 às 12:47

És uma delícia de querida!!

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