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Mas

por Eduardo Louro, em 28.06.13

Tenho enorme dificuldade em perceber por que é que as pessoas se não limitam a concordar ou a discordar da greve, a fazer ou não fazer greve, conforme a sua vontade e as suas possibilidades. Por que é que haverão de passar daí? E por que é que ainda acham que têm legitimidade para passar daí?

Se calhar é culpa de um mas que anda por aí: é que a greve é um direito. Inalienável, sagrado, inquestionável... Mas...É deste mas!

Não tem que haver mas. A não ser este: mas não tenho grande dificuldade em perceber que a democracia portuguesa se esteja a transformar numa miragem. Ou numa memória perdida. Que sociedade portuguesa esteja cada vez menos tolerante. Cada vez mais dividida... Cada vez mais próxima da rotura...

 

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6 comentários

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De Cristina Torrão a 28.06.2013 às 12:39

Pois, isto de fazer greve tem que se lhe diga. É muito aborrecido ter uma viagem marcada, de comboio ou de avião, e deparar com uma greve. Pode-nos transtornar a vida. Também é complicado, quase proibitivo, impedir alunos de fazerem exame. Para não falar em greves que atrapalham o funcionamento de um hospital.

Por outro lado, eu pergunto: uma greve que não incomode ninguém, para que serve?
Por isso, acho piada a quem diz coisas do género: eles que façam a sua greve, mas que não atrapalhem os outros!
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De Eduardo Louro a 28.06.2013 às 15:38

Nem mais, Cristina. Nem mas!
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De CeC a 28.06.2013 às 13:15

O maior "mas", talvez seja aquele que questiona o pragmatismo de uma greve. Tema para jornais?, acompanhamento de redes sociais?, dissecação pela blogoesfera?, argumento politico para oposição? Depois é ouvir os sindicatos a felicitarem-se pela "derrota do Governo", e nunca uma felicitação aos trabalhadores; bem vistas as coisas, ao quê?... dia sem salário e dores nos pés?
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De Eduardo Louro a 28.06.2013 às 15:44

Nunca tinha pensado no pragmatismo de uma greve... Tenho encontrado muitos pragmatismos perante uma greve, mas não é a mesma coisa.
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De Nuno Raimundo a 28.06.2013 às 15:43

Para muitos, o direito à greve é comparável áqueles bibelots que temos, muito bonitos e tal, mas que colocamos nos topos daquelas prateleiras altas, num local quase inacessivél...
Dito isto, digo mais, para que serve se ter direito a fazer greve (obviamente como último recurso) se não se pode vivenciar a mesma?
É claro que uma greve transtorna, mas transtorna ainda mais aqueles que tiveram de recorrer à dita, pois ainda para exercer esse seu "direito" ainda tiveram de pagar... pagaram com um dia de salário que não vão receber!
Assim dá para perceber que uma greve não pode nem deve ser feita de ânimo leve...
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De Eduardo Louro a 28.06.2013 às 15:45

Claro, Nuno. Sem mas nem meios mas...

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