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Os comunistas, que se diziam defensores da liberdade, menorizavam a importância das eleições, a expressão da vontade do povo. É verdade que se tratava de uma situação especial. Mas, se Álvaro Cunhal estava bem ciente daquilo que dizia, a maior parte dos jovens esquerdistas não o estava. Acreditavam em utopias e pretendiam um corte radical com a sociedade antiga, recusando tudo o que fosse ordem estabelecida.
Anda, a gente vai começar
A gente já começou
A gente vai acabar
Aquilo que começou
A gente vai começar
Era uma dinâmica sedutora. O Portugal de 1975 tornou-se num paraíso para revolucionários estrangeiros, jovens europeus, que vinham à procura de bebedeiras e borgas sexuais. Que os portugueses se tinham libertado de uma ditadura, era o que menos lhes interessava. Eles não faziam ideia do que era uma ditadura.