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Um livro

por Cristina Torrão, em 02.08.12

Um livro é um puro exercício de vaidade de quem o escreve, um acto onanista e fútil. Salvo raras excepções, não cria nenhuma riqueza ou um emprego que seja, nem sequer o do próprio escritor, que terá de marrar noutra actividade qualquer, a menos que se satisfaça em sobreviver como um vadio comum. Um livro também não deve entreter ou divertir, sob pena de ser banido pelo circunspecto concílio dos especialistas como algo superficial e pouco sério.

 

In Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo

 

Tirando a questão do «acto onanista e fútil», que, aliás, não rejeito totalmente, acho que o Sr. Marmelo acertou na mouche.

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4 comentários

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De CeC a 02.08.2012 às 19:33

À parte dos livros, per se, até acrescentaria que também há os livros que se lêem e os que, de algum modo, se vivem.

Nada com um género e tema mais leves após um daqueles "durões". É certo que não nos criam -pelo menos, não de forma tão pertinente, como os outros- aqueles actos de ponderação e contemplação a algo que se passou ou foi dito, ao longo do livro, mas são uns óptimos sais para um cérebro já "maçado".
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De Cristina Torrão a 03.08.2012 às 12:16

É verdade, CEC.
Do ponto de vista do leitor, aliás, um livro é quase sempre útil. Como diz, há livros que se "vivem".
Do ponto de vista do escritor, porém, raramente valem a pena (são raros os escritores que podem viver daquilo que escrevem) a não ser, talvez, por esse "exercício de vaidade".
É mais neste sentido que eu dou razão a este autor.
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De Daniel João Santos a 02.08.2012 às 23:25

triste verdade.
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De Cristina Torrão a 03.08.2012 às 12:17

Pois é, Daniel...

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