Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Com o texto de Bartolomé Bauzá encerro a série evocativa da Conquista de Santarém. Bartolomé Bauzá escreve em castelhano (ou espanhol?), pois ele receia que o seu português não chegue para uma escrita correcta. Compara o romance (ou novela, como ele diz) histórico com a História limitada às datas e aos factos, esquecendo a paixão, o sofrimento e o sangue. Lembra-nos que o cronista medieval também se servia da sua arte para fazer um relato mais excitante. Inventava? «Qué más da?» É a História-Ciência mais exacta do que aquela que nos faz sentir as emoções, ouvir os gritos, cheirar os aromas?
Felizmente, hoje em dia, os historiadores estão mais sensibilizados para questões desse tipo. É, de qualquer maneira, uma discussão interessante, que Bartolomé apresenta na sua maneira original:
"El debate es antiguo.
El paradigma actual es presentar una historia basada en
hechos comprobables,
fechas,
cifras,
referencias cruzadas…
Pero no fue siempre así.
Antes, la Historia era narrada y oída:
Vivida…
De alguna manera, el narrador colaboraba en la gesta histórica.
En última instancia,
su arte,
su don,
su elocuencia,
su saber decir
estaban al servicio de los protagonistas.
Y de su audiencia, claro.
Detalles magnificados,
inventados,
¿qué más da?:
si dan vida a hechos que los HISTORIADORES DE VERDAD han vuelto fríos."
Ler o texto completo aqui