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Há coisa de um mês, a Zélia publicou um post sobre a fulminante proposta do Sr. Ministro Álvaro Pereira de comercializar os nossos pastéis de nata, ou de Belém, como modo de sair da crise, pois as natas não teriam sido nunca até hoje internacionalizadas, acentuou o ministro na Conferência DN "Made in Portugal". Na altura, escrevi, no meu comentário:
Confesso que não me lembro do nome do programa, nem sei quando o vi, nem em que canal, o que tornava estas minhas afirmações pouco credíveis. Pois pude agora confirmar que o pastelinho de nata é mesmo um sucesso comercial na China! O Exilado, numa das suas viagens àquele país, tirou, há cerca de três anos, esta fotografia:
Lá está ele, o produto que nos poderia tirar da crise, já conhecido de todos os chineses, bem divulgado nessa grande cadeia de fast-food que é a Kentucky Fried Chicken!
Por sugestão do Exilado, fui dar uma espreitadela ao Belém Livre, que nos diz que o valioso pastelinho, afinal, foi introduzido em Hong Kong por um casal de ingleses e que, daí, se espalhou por toda a China.
Mas isto ainda não é tudo!
Fui ao Google e enfiei lá portuguese custard tarts (também dá portuguese egg tarts). Encontrei tantos resultados, tanta receita em língua inglesa, que nem sabia para onde me virar! E a página inglesa da Wikipedia diz-nos: they are common in Portugal, the Lusosphere — Brazil, Angola, Mozambique, Cape Verde, São Tomé and Príncipe, Guinea-Bissau, Timor-Leste, Goa, and Macau — and countries with significant Portuguese populations, such as Canada, Australia, Luxembourg, the United States, and France, among others.
Posso confirmar. Em Hamburgo, qualquer café português (propriedade de emigrantes) vende o pastelinho de nata. Além disso, também encontrei um blogue que informa onde encontrar the best portuguese custard tarts in Toronto, o youtube apresenta vários vídeos, onde se pode acompanhar a confecção deste prodígio da culinária, e até a página do cozinheiro Jamie Olivier nos dá a receita.
Tenho muita pena, “Álvaro”, mas já perdemos esta corrida. Não é, contudo, razão para desanimar. Aconselho-o a ir dar uma olhada à proposta do Exilado de comercializar um outro doce cá da casa: a eterna cavaca! E um “padrinho” para a campanha de divulgação também não seria difícil de encontrar…