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Como é que Deus deixa acontecer?

por Cristina Torrão, em 26.07.11

É o tipo de pergunta que surge, perante catástrofes como a do Japão. Tremores de terra, tsunamis, chuvas torrenciais com desabamento de terras, secas monumentais… Espalham a morte e a miséria. Ficamos perplexos. Como é que Deus consente?

 

Perante um 11 de Setembro, há quem culpar: os islamitas, obcecados com a jihad, tão diferentes de nós cristãos, tolerantes e democráticos. Em casos destes, raramente nos perguntamos como é que Deus deixa acontecer, pois trata-se da “força do mal”, quiçá guiada pelo Diabo. Deus sempre teve os seus problemas com o Diabo, é a eterna luta entre o bem e o mal. E nós estamos do lado do bem, claro!

 

E agora? Quando um cristão, nascido e criado num dos países mais civilizados e democráticos do mundo, causa tal banho de sangue? Ontem, ouvi dizer a um jornalista norueguês, cujo local de trabalho se situa na zona onde a bomba rebentou e que assistiu a tudo de perto: “No fundo, todos nós sabemos que um atentado terrorista pode acontecer em qualquer lado, a todo o momento. Mas o que se passou na ilha de Utoya é indescritível, é horrível.”

 

Um cristão, bem parecido, extermina, em nome da religião, dezenas de crianças e jovens, indiscriminadamente, como se de um jogo de computador se tratasse…

 

Como é que Deus deixa acontecer?

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9 comentários

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De manuel gouveia a 26.07.2011 às 11:32

Isso só significa que o mal espreita a condição humana sem escolher raças ou credos. E nisso existe uma justiça divina. Os homens que façam a sua parte.
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De candido a 26.07.2011 às 12:03

Mas este tem requintes de demencia elevada, pois não se trata de rebentar uma bomba que mata 100 pessoas. Foram mortas uma a uma, o que é algo...
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De Cristina Torrão a 26.07.2011 às 12:19

É isso mesmo, candido. A colocação de uma bomba, no fundo, estabelece uma distância entre o terrorista e as vítimas. Mesmo fazer um avião ir contra um arranha-céus, sabendo-se que vão morrer milhares, é diferente. Fazer pontaria quase cem vezes, matando uma a uma, sem nunca fraquejar... Diabólico, mesmo!

P.S. Não quero com isto menorizar a crueldade dos casos mencionados.
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De manuel gouveia a 26.07.2011 às 12:25

A questão da produtividade já tem traços étnicos.

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