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Hipocrisia

por Eduardo Louro, em 13.10.13

Não é apenas nas suas condições económicas e sociais que o país atingiu a degradação máxima. A situação calamitosa do país mede-se ainda, e provavelmente com mais precisão, pela degradação moral e ética a que chegou.

A perda de soberania que o resgate arrastou não explica tudo, nem nada que se pareça. Perder soberania não tem que implicar a perda de dignidade. Nem sequer do direito ao respeito!

Infelizmente somos governados por gente que não percebe ou não quis perceber isto, gente que em vez do tronco direito e cabeça bem levantada prefere a posição de cócoras. Gente que irá morrer sem perceber que, quanto mais servis, mais desprezados. Como se tem visto de Bruxelas e Berlim e como entra agora pelos olhos dentro em relação a Angola!

Quando se perde o respeito, perdem-se todos os valores de referência moral e ética e é a demagogia e a hipocrisia que passam a dominar as relações sociais e políticas.

Para fazermos uma ideia da hipocrisia instalada no país peguemos apenas em dois dos casos mais relevantes da semana que hoje termina: chamemos-lhe o caso Rui Machete e a subvenção vitalícia dos políticos ou, com mais rigor, dos que exerceram cargos políticos de poder.

Não é para voltar a referir incorrecções factuais, nem sequer eventuais comportamentos criminosos do incrivelmente ainda ministro dos negócios estrangeiros. É apenas para dar nota da ausência do PCP nas críticas ao escabroso pedido de desculpas diplomáticas a Angola. Toda a oposição condenou – e atacou fortemente - o ministro. À excepção do PCP!

Na penosa audição da passada terça-feira o PCP conseguiu a proeza de interrogar o ministro sem uma única pergunta sobre o caso angolano. Em semana de prémios Nobel, este seria um sério candidato ao prémio Nobel da hipocrisia!

Deve dizer-se em abono da verdade que o PCP não esteve sozinho nesta sua atitude. Também Maria de Belém achou que deveria aproveitar a presença do ministro, não para o questionar sobre o que ali o trazia, mas sim sobre a lei orgânica do ministério…

Depois da hiper-hipocrisia de Paulo Portas no final da semana anterior, quando ao lado de Maria Luís Albuquerque garantia que não havia mais austeridade nenhuma, o PSD deixou o CDS sozinho a falar do corte das pensões de sobrevivência, já conhecido pela TSU das viúvas onde, de resto, hipocrisia e demagogia foram coisas que não faltaram, com Paulo Portas a dar exemplos de pensões de 4 mil euros e Motas Soares a subir ainda a mais a parada, para 5 mil euros. Logo que deu por isso, que ficava com a cara colada àquele corte, o CDS tira da manga o corte nas subvenções vitalícias dos políticos.

Estas subvenções, que nada de contributivo têm, vão parar aos bolsos de toda a gente que desempenhou cargos políticos, que acumulam com os seus vencimentos de banqueiros, de presidentes de empresas públicas, ou de administradores das principais empresas privadas que, por via das PPP ou das rendas negociadas com o Estado, têm lugar á mesa do orçamento. E, naturalmente, só tinham que ter sido integralmente cortadas antes do primeiro corte nas pensões!

O CDS, logo seguido do PSD - que agora está de olho bem aberto para não se deixar comer pelo parceiro de coligação – sugeriu um corte de 15%, se bem que logo tenha avançado que, correcto mesmo, seria cortá-lo na totalidade. Repare-se que se trata de CDS e PSD, nada de governo, do governo que entretanto ia alimentando as fugas de informação que importavam.

Entretanto, o PS que nunca está de acordo com nada do que venha daqueles lados, veio logo a correr dizer que achava muito bem, que era justo … o corte de 15%. Antes que a ideia de acabar com esta marmelada avance, vamos já segurar isto por aqui!

Manuel Alegre saiu de imediato para o campo de batalha: era o que faltava, isto é um hediondo ataque aos políticos. E, também aqui, o PCP se lhe junta…  

Não há dúvida: estamos entregues à bicharada. Quer dizer, à hipocrisia.

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XIX Congresso do PCP

por Daniel João Santos, em 30.11.12

Jerónimo de Sousa exigiu esta sexta-feira, na abertura do XIX Congresso do PCP, em Almada, a “derrota definitiva” do atual Governo com a sua demissão e a realização de eleições antecipadas. Resumindo: nada de novo. Atenção que quando afirmo nada de novo não o faço de forma depreciativa. Se existem coisas seguras na política portuguesa, são muito poucas, uma delas é o PCP. Vou mais longe ainda: O PCP é o partido mais coerente do panorama nacional. Sim, todos sabemos o que foi, o que é e para onde vai. Falta saber se o facto de o passado, o presente e o futuro ali serem iguais, é bom ou mau.

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Ao estado que isto chegou

por Daniel João Santos, em 11.07.12

Aquele senhor do PCP em dois minutos, durante o debate do Estado da Nação, consegui dizer que o facto de exportarmos mais que importamos mostra a miséria em que estamos e de seguida, sem pestanejar, afirmou que o Partido Comunista defende a produção nacional em detrimento da estrangeira. Como diria o outro "Até fiquei atrofiado das ideias com a ginástica"

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Cretinismo Comunista.

por Renato Seara, em 25.05.11

Como já várias vezes escrevi, (por exemplo aqui), o Partido Comunista Português, é uma organização que prima, não só por um excesso de ortodoxia, mas também, por doses industriais de hipocrisia. O partido, da simpática Rita Rato (a tal que nunca ouviu falar na existência dos Gulags soviéticos), de Bernardino Soares (o tal que tem duvidas relativamente à ferocidade do regime de Pyongyang) e do camarada Jerónimo, deveria ser objecto de estudo por parte da comunidade cientifica, porque entendo que são por demais notórios sinais claros de bipolaridade. 


O partido que em Portugal lutou contra a repressão fascista, é o mesmo que hoje em dia continua a apoiar  regimes que insistem em reprimir, em nome de um idealismo ultrapassado, os seus cidadãos. Os regimes vigentes na China, Birmânia e Coreia do Norte, são exemplos de regimes desprovidos de noções básicas de humanismo, mas, que continuam a contar com a admiração dos camaradas portugueses. 

Confesso que não me surpreende minimamente o facto de Jerónimo de Sousa, não ter reprovado os actos de vandalismo perpetrados por apoiantes seus contra um dos principais símbolos da cidade de Coimbra. O que verdadeiramente me chocou foi ouvir Jerónimo dizer que, "o silenciamento, a tortura e a perseguição são conhecidos dos comunistas e não os fizeram desarmar" . Um pouco de decência e de decoro não lhe ficava nada mal camarada, até porque convenhamos associar a liberdade de expressão a actos de vandalismo, é, digamos, puro cretinismo comunista. 

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2711 um blogue de referencia

por Daniel João Santos, em 28.12.10

Nos comentários ao meu texto de ontem, onde me referi ao facto de as multas aos partidos serem pagas pelo Estado, tive direito a um comunicado do PCP. Evidentemente que foi publicado por um anónimo... ou dai talvez não.

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A pergunta que se impõe fazer

por Daniel João Santos, em 26.10.10

Foi divulgada uma lista de 30 personalidades que apoiam Francisco Lopes, candidato presidencial apoiado pelo PCP. Estou como o David Levy, então onde estão os operários e os camponeses?

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Assim se vê, a falta de vergonha do pê cê...

por Renato Seara, em 15.10.10

O Partido Comunista Português, sempre nos habituou, sobretudo no que a Politica Internacional diz respeito, a posições um pouco ortodoxas. Todos se recordam da inesquecível, "diarreia mental" de Bernardino Soares, salvo erro actual líder parlamentar da bancada comunista no parlamento nacional, quando afirmou peremptoriamente, que duvidava que na Coreia do Norte não existisse uma democracia. Essas "diarreias mentais", não são, infelizmente para a credibilidade do próprio partido, pontuais, elas são frequentes e acontecem sempre que a comunidade ou organismos internacionais, ousem criticar as violações graves e os atropelos aos direitos humanos cometidos diariamente, em alguns, felizmente poucos, felizmente cada vez menos, regimes comunistas.

Os comunistas a meu ver, deveriam, ter o mesmo enquadramento, que os radicais de direita. No entanto não têm. Isso a meu ver deve-se ao monumental erro, que foi, a não existência de um "Julgamento de Nuremberga", para os crimes cometidos pelos regimes comunistas um pouco por todo Mundo. Estaline, Mao, Khmers Vermelhos, etc, a meu ver, não foram melhores, nem piores, foram simplesmente iguais a Adolf Hitler. Os seus regimes, sobretudo, o de Mao na China e o de Estaline na URSS, foram ainda mais mortíferos que a própria Alemanha Nazi. No entanto a não existência de um "Julgamento de Nuremberga", permitiu que na maioria dos países Ocidentais, a monstruosidade dos regimes comunistas, seja ainda hoje, de certa forma, ignorada e desprezada.


Faz-me confusão e recuso-me a compreender a posição do PCP, relativamente à entrega do Nobel da Paz de 2010. O PCP, ainda hoje reclama para si grande parte dos louros, pela abolição do Estado Novo. Vangloria-se pela luta contra a censura, contra as castrações de liberdades, contra os presos políticos, a imagem de marca do Estado Novo. Mas, hipocritamente, coloca-se contra a atribuição de um Nobel, a um preso politico chinês. Criticavam a censura, mas não criticam o facto de a atribuição do prémio a Liu Xiaobo, ter sido alvo de censura, pelo criminoso regime chinês. São hipócritas e desonestos intelectualmente, mas isso, já se sabia, só me espanto mesmo é com a dimensão dessa desonestidade intelectual.


Liu Xiaobo, não roubou, não matou, não esfolou, é apenas um dos rostos mais visíveis, de um movimento que pede reformas, que tornem a República "Comunista" da China, um país mais justo, mais democrático e acima de tudo mais humano. Um país que não respeita os seus, não pode nunca ser respeitado pela Comunidade Internacional. Já o defendi por mais de que uma vez, não faz qualquer sentido a China fazer parte da Organização Mundial do Comércio, uma vez que pratica concorrência desleal. Portugal e os empresários do sector dos têxteis e calçado que o digam.


Qual a moral, mas acima de tudo, o que faz o PCP no parlamento nacional, símbolo maior da democracia, se o mesmo é contra a democratização na China? Nada. A sua presença e os seus resultados eleitorais ajudam apenas a explicar parte do atraso do país. O PCP é a imagem de um país demasiado atrasado, no qual os interesses corporativistas ainda têm demasiada relevância. É um partido hipócrita, de gente hipócrita, que teve a sua oportunidade no pós 25 Abril e que em meia dúzia de meses arruinou o país. É esta a alternativa aos Sócrates e aos Coelhos, que Jerónimo tanto proclama? Um partido decadente, imoral e hipócrita? Diz-nos a história que é preferível deixar esta gente bem longe do poder. Por mim, vão continuar bem distantes.

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O lançamento do camarada Lopes... quem?

por Daniel João Santos, em 26.08.10

Depois de ler a blogosfera, quase toda que eu sou um gajo interessado, reparo que muita gente desconhece quem é o camarada Francisco Lopes (mesmo com a ajuda da Wikipédia). O problema foi o facto camarada ter sido lançado com pouca força, mas parece que aqui pela blogosfera a coisa já está resolvida. No 5 dias, Tiago Mota Saraiva diz ao que vai, ou seja, não interessa quem é o fulano, o seu carácter, as suas qualidades, interessa é que é apenas o rosto do projecto do PCP e por causa disso, só por causa disso e nada mais, tem de ser apoiado... enfim...

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O lançamento do camarada

por Daniel João Santos, em 24.08.10

Mais logo, lá para o final da tarde, Jerónimo de Sousa vai anunciar o nome do candidato que o PCP vai apoiar. Vai ser lançado um camarada ás eleições presidenciais e muito bem. Quantos mais melhor e quanto mais debate fora do "centrão" mais interessante se tornaram as eleições.

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Marcas e direitos registados

por Daniel João Santos, em 27.04.10

Aguiar-Branco no seu discurso no Parlamento, cerimonia de comemoração do 25 de Abril, fez algumas citações de políticos e pensadores de esquerda. A gargalhada no Bloco e no PCP, a dita esquerda parlamentar, foi tão alta que em alguns momentos calou o deputado.

 

Para além da deselegância do acto numa cerimonia daquelas, supostamente de enorme importância, ficou o país a saber que alguns pensamentos e ideias, só podem ser citadas pela esquerda, que terá feito os registos das patentes.

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