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Aqui há muito tempo insurgi-me - e por isso recupero o título - com a prática de uma espécie de jogo que as televisões promoviam, e promovem. Jogos de sorte e azar, de apostas, de forma mais ou menos encapotada, mas também consultas de opinião. Tanto sorteiam bilhetes para este ou aquele espectáculo, camisolas, sei lá… como se limitam a pedir... uma opinião. Sempre com uma chamada de valor acrescentado por trás!
Questionava então a legalidade de tal coisa, certo no entanto da sua ilegitimidade, e não imaginaria o salto qualitativo que o negócio, que se está nas tintas para a legitimidade, já preparava. Pôr dinheiro em cima da mesa foi o passo seguinte das televisões!
Mas o pior nem foi isso. Nem sequer passar a usar as respectivas cabeças de cartaz na promoção do negócio. O pior mesmo foi passar a usá-las na pressão, na intolerável pressão, sobre o telespectador!
As três televsões generalistas - sim, a estação pública também lá está - passam perto de sete horas por dia, sete dias por semana, através das suas principais estrelas, e ídolos do grande público, a pressionar os telespectadores a ligarem para o 760 não sei quantos, a garantir-lhes, olhos bem nos olhos, que é a sua vez, que ali têm à mão os mundos e fundos que lhes irão permitir tudo o que sempre ambicionaram. É tão simples: é só ligar!
É assim todos os dias, a todo o momento, entre as 10 da manhã e o fim da tarde. Durante a semana, e ao sábado, e ao domingo... Em estúdio ou nas praças das vilas e cidades do país, para onde as três vão, no Inverno passar o fim de semana e, no Verão, as férias. Pelo que presumo seja o target das audiências daquelas estações, naqueles horários, nãos será difícil perceber o sucesso do negócio. Naquele target só poucos, muito poucos, terão condições para resistir ao longo de horas a fio à pressão, olhos nos olhos, dos seus ídolos. Dos seus Gouchas, das suas Cristinas, das suas Júlias, ou das suas Sónias... Muitas vezes, quase sempre, com a cumplicidade dos seus interessantes convidados...
Aqui já não é apenas a legitimidade que está em causa. Nem sequer a ilegalidade: se não é ilegal, deverá ser; terá que passar a ser. Isto é simplesmente inaceitável!
Porque é um jogo de dinheiro. Porque recorre a publicidade ilegal - aquele tipo de comunicação, quando ganha a forma de publicidade, não pode ser legal. Porque é concorrência desleal com as entidades que exploram legalmente esses jogos. Mas, acima de tudo, porque assenta numa relação desigual. De um lado, a vender, está uma entidade poderosíssima, lançando mão a tudo, incluindo ao abuso de confiança, e do outro, consumidores indefesos, entregues às suas companhias de todos os dias. E com o telefone ali tão à mão...
Ou este negócio das sondagens é uma grande aldrabice ou ninguém percebe este país. Bem sei que não é fácil de perceber um país como este, onde cada governo faz impunemente pior que o anterior, onde uma democracia mal amanhada se esgota numas urnas de quatro em quatro anos, que premeia a mentira em vez de a castigar.
Em que de aldrabão a messias vai um passo de anão, com um primeiro-ministro com tiques de ditador que, em vez de dizer que foi eleito à custa da promessa vã e da mentira, diz-se providencialmente escolhido: "Fui escolhido talvez na época mais difícil para Portugal desde 1974". Que depois de arruinar o país se reclama redentor, quiçá enviado divino: "Se eu falhar a minha missão é o país que falha".
Bem sei disto tudo, e bem sei quão difícil é perceber um país que isto tudo permite. Mas ninguém me consegue convencer que estas sondagens, efectuadas logo a seguir às autárquicas, não passam de mais uma escandalosa aldrabice!
Alguém é capaz de me explicar como é que os mesmos que nos levaram a este estado de coisas, se conseguem autoproclamar de salvadores da pátria ? Não são os mesmos que estão na AR desde 74 ? Eles não podem ser parte da solução, mas sim parte do problema .
Quando ouvires Cavaco Silva ou Mira Amaral dizer que não há dinheiro ou falar sobre pensões lembra-te que estás a ouvir pensionistas dourados que recebem 10.042,00€ e 18.000,00€ por mês, lembra-te que discursam pelas suas pensões e pelos seus interesses, lembra-te que na Suíça ninguém pode receber mais de 1700,00€ de pensão de reforma ou que em Espanha esse valor é de 2.290,59€, lembra-te que em Portugal só não há um tecto para o valor das pensões de reforma porque eles estão no poder há mais de 20 anos e a viver a sombra da dívida que agora nos querem obrigar a pagar.
Depois de usar indianos, paquistaneses, moçambicanos e chineses “pagos” para encher comícios (ver o vídeo), o PS passou a usar… lisboetas. Passei há pouco no pavilhão do OAF (Académica) na Solum em Coimbra, onde foi esta noite o comício do PS, e vi um rodopio de autocarros (vídeo1, vídeo2) a encherem-se de pessoas com bandeiras do PS. Perguntei para onde iam e responderam-me: para Lisboa. Vi 6 a 8 autocarros naquele momento (não tenho a certeza do número porque alguns estavam em movimento em torno do pavilhão).
Pouco antes tinha entrado no pavilhão. Na televisão, onde se falava de um “mar de gente”, o fundo negro por trás das bancadas deixou-me curioso: o que se esconde por detrás daquelas cortinas? A resposta correspondeu ao que eu esperava: mais bancadas, como se pode ver no vídeo abaixo. (abaheisenberg.blogspot)
Gostaria que alguém do 2711 me conseguisse explicar o facto de terem sido suspensas as obras do TGV, e hoje termos presenciado em alguns serviços noticiosos o facto das mesmas estarem a decorrer a um ritmo acelerado. Mais uma vez confirmamos que vivemos num pais de contradições e de mentira constante nas mais diferentes áreas !
O defice voltou a ser revisto em alta... claro que a culpa é da oposição .
Nem todos os ministros das finanças têm medo de dizer o que nós todos sabemos. A culpa não é da oposição, é sim de um governante e um governo que desprezou o seu povo !
Seu alguem tinha duvidas que nem os socialistas acreditam na lata do nosso primeiro, e em todas as maquinações feitas ao povo, basta ler :
È um fartote com estes tipos a cravar os portugueses !
Vários projectos foram entregues aos mesmos ateliers e a empresa pública usa dois regimes legais diferentes para contratar os projectistas