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Desde há algum tempo que leio, de forma interessada -ou talvez não-, a opinião de Vasco Pulido Valente no jornal Publico. O que me interessa (infelizmente dirão alguns) nestes escritos, de um grande intelectual -pelo menos é o que dizem por ai-, é a forma estranha de ver a vida que Pulido Valente mostra.
Hoje, mais uma vez, o discurso enviesado avança mais um degrau. Pulido Valente caracteriza as manifestações como vazias. O estadista considera que 650 mil pessoas (ele parece mais inclinado para afirmar que foram 100 mil) não têm qualquer significado histórico. Ao que se entende, eu entendi muito bem -infelizmente-, sem uma organização, programa ou objetivo determinado e claro, estas manifestações não fazem qualquer sentido.
O que Vasco Pulido Valente não percebe, ou se calhar percebe e por isso não quer perceber, é o facto de o significado histórico estar em isto tudo ter sido (espero que continue a ser) um movimento espontâneo, mas com o objetivo de enviar uma mensagem clara ao governo que o cidadão não come e cala.
Compreendo que quem está longe da realidade, como é o caso -infelizmente-, as coisas sejam olhadas com a janela fechada e apenas se baseado em crenças muitas vezes ultrapassadas.