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Já não há paciência!

por Eduardo Louro, em 20.12.15

FOTO: LUIS FORRA/LUSA

 

Sócrates foi visitar os amigos que deixou na prisão, em Évora. E os guardas, que tão bem o trataram quando por lá esteve: uma obrigação moral, disse ele. Nada de jogadas...

Suponhamos que sim, que Sócrates não resiste a obrigações morais, que é movido por um inabalável apelo interior ao cumprimento do dever e por uma conduta moral acima de qualquer suspeita. Eu sei que é difícil, mas façamos esse esforço.

Já está?

Então por que é que tem de haver sempre jornais e televisões à volta? Por que raio não consegue reservar-se no cumprimento das suas obrigações morais? Por  que diabo não consegue manter estes seus tão nobres sentimentos na restrita esfera da sua privacidade?

É simples, a resposta: para que esta fotografia pudesse existir e correr mundo. A imagem que faltava - a sair da prisão, pelo seu próprio pé, altivo, a deixar aqueles portões para trás - que nada tem a ver com a sua saída verdadeira saída, num carro celular a caminho da prisão domiciliária. A imagem que, para Sócrates, não tem preço. Pela qual estaria disposto a pagar o que fosse... Conseguiu-a de borla!  

Não sei se Sócrates está convencido que somos todos parvos. Se calhar, está... E lá terá as suas razões... Mas já não há paciência para estes jogos!

 

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Ler os outros

por Eduardo Louro, em 11.09.15

Vou correr um risco, mas não resisto: Fernanda Câncio como nunca ninguém a viu. Mas não é só por isso que vale a pena ler...

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Não vai correr bem

por Eduardo Louro, em 06.09.15

 

 

 

Seria desejável que a alteração do estatuto presidiário de José Sócrates fosse só isso, e não mais que isso. Mas não vai ser só isso, porque Sócrates dispõe agora de muitos mais instrumentos, que não vai deixar de usar para ter interferência directa na campanha eleitoral. 

NInguém o vai conseguir manter calado - os próprios advogados já anunciaram que ninguém o calará -, e não haverá ninguém que não o queira ouvir. E o ruído que vai introduzir será tal que António Costa, a falar por cima, terá grande dificuldade em fazer-se ouvir. Não vai haver media que não dê preferência a Sócrates (veja-se a inenarrável cena do rapaz da pizza). Nem vai haver ninguém que, depois, queira de Costa outra coisa que não a reacção ao político preso (parece que há quem não tenha dado conta que continua preso).

Como aqui tenho dito em várias ocasiões, António Costa não é - pelo menos não está a ser - um tipo com sorte. Como também lhe estão a faltar muitos de outros imprescindíveis e menos voláteis atributos, é muito difícil que as coisas lhe corram bem! 

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Cada um é para o que nasce

por Eduardo Louro, em 21.07.15

 

O Ministério Público está a investigar o(s) negócio(s) da PT que a levaram à ruína. Tudo começou com a venda da VIVO à Telefonica, se bem se lembram. E depois veio a OI, e o descalabro. Pelo meio, tudo o que serviu para a classe política se prostituir nos negócios... Nesses e noutros, ainda sem investigação...

Mas nesses sabe-se que houve envolvimento pessoal de Sócrates - e nos outros também, Sócrates estava em todas - e de Lula da Silva. Por cá, Sócrates está preso. Por lá , sabe-se que Lula da Silva não está nos seus melhores dias, e que está presa gente que lhe é muito próxima, como  José Dirceu e Octávio Azevedo, já detidos  no âmbito do escândalo “Lava Jato”.

Quem está fora disto é Passos Coelho, que garante que Lula nunca lhe meteu cunha nenhuma, como o Daniel refere abaixo. E que, da sua parte, se limitou a manifestar-lhe a estranheza por nenhuma empresa brasileira surgir interessada nas privatizações em Portugal.

Está visto que cada um é para o que nasce. E Passos nasceu para isto: o seu negócio é privatizações!

 

 

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Tanta coisa estranha

por Eduardo Louro, em 14.05.15

Hoje fala-se do Acordo Ortográfico, que já entrou em vigor. Obrigatoriamente, diz-se. Sem se perceber porquê… Na realidade não há nele nada que se perceba. Basta que se chame Acordo quando é só desacordo. Não há acordo nenhum… a não ser que não há acordo.

Fala-se de um vídeo que por aí circula há dois dias, com um miúdo de 16 anos a ser agredido e humilhado… Na Figueira da Foz. Por não sei quantas miúdas... Não sei porque não vi, e não vi porque não quis ver… Não tenho nada contra quem viu, mas eu não quero ver. E acho mal que tenha sido replicado da forma que foi... Não que o assunto não seja sério… Demasiado sério para se não dever brincar. Como tanta gente brincou, muitos deles dos que se têm por gente de bem. Uns para puxarem de um certo marialvismo que lhes tolda as ideais, outros para exibir falsos pudores que lhes norteiam os princípios. Todos para achincalhar.

E fala-se da ex-mulher de Sócrates, que se atirou à Provedora Geral da República numa peixeirada – que me desculpem as peixeiras – que poderá não passar impune. Diz-se que até pode dar prisão, e ficamos a pensar que talvez aquilo tenha apenas sido solidariedade exacerbada.

Ou simplesmente mais uma coisa estranha em cima de tanta coisa estranha!

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Sócrates, Eusébio e o F.C.Porto

por Cristina Torrão, em 09.01.14

E vocês perguntam-me: o que está ali em cima a fazer o F.C. Porto? Então o Eusébio não jogava no Benfica? E o José Sócrates não contou a história dos golos do Eusébio num jogo da seleção contra a Coreia do Norte? E tu, Cristina, não és sportinguista? É verdade. Mas a história do José Sócrates do dia 23 de julho de 1966 tem tantos pontos de contacto com a minha do dia 27 de maio de 1987, que não resisto a compará-las.

 

Ora vejam:

- Sócrates ia para a escola primária – não admira, tinha nove anos de idade.

- Eu vinha da faculdade – enfim, tinha vinte e um anos.

- Sócrates ouviu o relato do jogo, na Covilhã.

- Eu fui vendo imagens do jogo, pois havia televisores ligados em todas as montras de estabelecimentos de eletrodomésticos, à volta dos quais se juntavam pequenas multidões. Ah, já me esquecia, estamos na cidade do Porto.

- Em 1966, Portugal deu a volta a um resultado desfavorável de 3:0.

- Em 1987, o F. C. Porto deu a volta a um desfavorável 1:0 contra o Bayern de Munique.

 

Resta dizer que, no regresso a casa, depois daquele dia de aulas, apercebi-me de que o F. C. Porto perdia por 1:0. Quando cheguei a casa, o jogo estava a acabar. Depois de despir o casaco, sentei-me na sala, em frente à televisão ligada e… o F.C. Porto marcou dois golos de rajada! Seguiram-se telefonemas, amigos a dizer-me que, naquela noite, ninguém dormia, que toda a gente ia festejar. E eu, apesar de ser sportinguista dos quatro costados, fui mesmo festejar aquela vitória portuguesa na final da Taça dos Campeões. Querem melhor fair-play?

 

Dizem que a história do Sócrates é mentira, porque se passou num sábado à tarde. Mas um ex-colega já veio dizer que ele falou a verdade e só a verdade.

 

Eu não tenho ninguém que venha em meu favor. Mas garanto-vos que a minha história é verdadeira, embora já não me lembre em que dia da semana foi. Jogos desses, porém, costumavam ser à quarta-feira. E é bom que este tenha sido, pois, na faculdade, nunca tive aulas ao sábado.

 

Também aqui

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Eusébio, Sócrates e "os perigos da internet"

por Eduardo Louro, em 09.01.14

O que chamei de momento Eusébio de Sócrates, que ontem inundou as redes sociais, teve hoje resposta que, se não teve a mesma repercussão, não andou muito longe.

Perguntarão – e darão logo a resposta - alguns: onde é que está a surpresa?

- O que não falta a Sócrates é uma legião de especialistas prontos a correr em sua defesa!

Pois é. Mas não foi essa legião de adeptos a responder. Essa limitou-se a projectar, difundir e valorizar a resposta que veio de Domingos Amaral, insuspeito – diria eu - de Socratismo. E que sustenta a tese da maledicência das redes comerciais – que primeiro divulgam e só depois investigam – em factos que o próprio noticia sem investigar. Nem antes, nem depois!

Diz ele que naquele tempo havia aulas ao sábado de manhã e outras actividades escolares à tarde. É verdade: havia aulas de manhã e actividades da Mocidade Portuguesa à tarde. Mas isso no liceu, não exactamente na escola primária, para que remetem os então 8 anos de Sócrates. E diz que naquele tempo as aulas prolongavam-se até ao fim de Julho, e isso é que nem sequer é verdade: as férias grandes eram então mesmo grandes, e começavam no fim da primeira quinzena de Junho!

Não é de estranhar que as hostes Socráticas tenham chamado um figo a este texto de Domingos Amaral e se tenham apressado a propagá-lo pelas redes sociais. Estranho é que mais gente o tenha replicado esquecendo exactamente o que condenava, pondo toda a pressa na notícia de factos que não resistem ao mínimo contacto com a realidade. Estranho é que se alerte para os "os perigos da internet" entrando por eles dentro. E multiplicando-os!

Por mim, repito que um mentiroso é um mentiroso. Está-lhe na massa do sangue, como o escorpião...

 

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Foi convidado ...não...

por Eduardo Louro, em 24.10.13

 

 

Como constava do alinhamento todos apareceram, ninguém faltou ao chamamento. E o chamamento também não faltou, veio de todos os lados, até da mais alta voz do lado de lá do Atlântico: “tem que voltar a politicar”!

Vieram todos? Seguramente que não. Houve quem achasse mais seguro ficar em casa: por causa da chuva!

Como se diz do lado de lá do Atlântico: foi convidado... não!

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Com papas e bolos...

por Eduardo Louro, em 08.08.13

“Vai passar muito tempo até que tenha vontade de voltar à vida política”

Espero que seja mesmo muito. E que passe bem mais até que nós tenhamos vontade de o ver de volta... E que a memória dos portugueses deixe de ser curta!

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À atenção de Cristina Esteves

por Ana Lima, em 18.06.13

Entre esta notícia e esta opinião como será que a questão irá ser abordada no próximo domingo? 

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