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Primeiro, no final da semana passada, foi ele próprio, Paulo Portas, a fazer o número. Que não há novas medidas de austeridade, as linhas vermelhas, o novo ciclo … E umas boas notícias, soltas, suficientemente vagas para não serem sequer reconhecidas e escaparem ao teste do algodão…Tudo para deixar bem escondidas as medidas que já estão no armazém, prontas a sair, ou outras ainda em laboratório de ensaio!
Depois, ao ritmo cadenciado de uma por dia, as medidas escondidas começam a ser postas na imprensa. Por cada uma, e em cada dia, lá vem ou dois ministros, um sempre mais vago e mais atabalhoado que o outro, mas todos sempre nos píncaros da demagogia, bem para lá da fronteira do reprovável, já em pleno reino do escandalosamente chocante.
Algumas serão barro atirado à parede, a ver se pega. Outras serão lançadas para preparar o ambiente, para desgastar… Para esbater os efeitos na opinião pública. Outras ainda para esgotar todas as reacções, combatidas desde o primeiro minuto pelos mais demagógicos argumentos e pelos mais escandalosos exemplos.
Vai ser assim até daqui a uma semana, quando o orçamento for finalmente apresentado no Parlamento. É isto o novo ciclo. É este o dedo de Paulo Portas!
Passos Coelho chama-lhe choque de expectativas. Sabe que precisa da sua máquina de propaganda em pleno, e lança-lhe por isso um desesperado apelo...
Hoje, em Portugal, governa-se assim!